Armadilhas do coração

Capítulo Vinte e Oito

Mais um capítulo para se deliciarem...Lembrando que o desafio continua essa semana, DEZ comentários de DEZ pessoas diferentes, no capítulo de hoje e terão um capítulo novo de prêmio...

Ester

Quando saí daquela sala, fiquei totalmente sem rumo, as palavras do Eduardo não saíam da minha cabeça, "Tire esse filho ", essas foram as que mais me doeram, por isso causaram raiva e revolta em meu coração. Como eu pude me enganar tanto com um homem, será que esse desgraçado não vê que esse bebê é nosso, que será o nosso pimpolho ou pimpolha, que todo esse tempo que passamos juntos ele não viu o quanto eu o amo e que eu seria incapaz de trai-lo? Meu Deus! E a burra, idiota aqui ainda correspondeu ao beijo daquele infeliz, tô com ódio de mim nesse momento por achar que ele cairia na real e veria que tudo isso que ele acha que fiz é uma mentira, mas o Sr. babacão nunca vai querer ver a verdade, ele acredita em qualquer um menos na minha palavra. E por mais uma vez eu fui uma inocente indo até sua sala achando que ele assinaria aqueles benditos papeis e me deixaria ir sem ofensas, sem mais brigas, agora me resta recorrer as meninas para falarem com esse idiota que assine aquela merda para que eu possa sumir daquele escritório e da vida daquele miserável para sempre.

Enxugo minhas lágrimas e vou andando pelo corredor em direção a minha sala, até que sinto uma pontada na barriga muito forte que me faz inclinar meu corpo para frente, é uma dor insuportável que me apavora na hora. Será que estou perdendo meu bebê? Ai Deus, isso não pode estar acontecendo.

- Ester você está bem? - ouço uma voz e a reconheço na hora, era a Ágata com o tom de voz já nervoso e preocupado, ela vem até mim, afaga minhas costas enquanto eu ainda estou debruçada gemendo de dor.

- Não Ágata. Minha barriga dói demais, por favor me ajude não me deixe perde meu bebê. – digo desesperada.

- Calma você não vai perder meu sobrinho, tente respirar fundo, a gente já está indo para o hospital, só vou pegar a sua bolsa e a minha, vou pedir a um segurança que te busque aqui, fica calma Ester, pelo amor de Deus. – diz Ágata angustiada.

Ela sai correndo pelo corredor sumindo de minhas vistas, eu respiro fundo e sinto a dor amenizar mas não muito. Não demora muito e vejo o segurança do andar vindo em minha direção praticamente correndo, ele me pega no colo e sai correndo comigo para fora do corredor, entramos no elevador e descemos para a garagem às pressas, de longe ouço a voz de Ágata mais uma vez indicando a ele onde estava o seu carro, ela nos alcança, destrava as portas e o William, que acabo de reconhecer, me coloca no banco da frente. Ágata vem logo depois deixando nossas bolsas no banco de trás e dando partida no carro cantando pneu.

Quando chegamos ao hospital, Ágata me disse que era o hospital onde Fernando e o Lucas trabalham, minha dor já tinha amenizado bastante e eu consegui andar até lá em passos lentos. Nem esperamos muito, minha amiga mandou chamar seu marido e ele veio correndo nos levando ao consultório, que acredito ser dele, Lucas me examinou e disse que se demorasse mais alguns minutos as consequências seriam ruins, me passou um remédio para aquela dor insuportável e um calmante natural, depois de medicada ele fez uma ultrassonografia para ver meu pinguinho de gente e eu ouvi e o vi pela primeira vez, claro que eu e Ágata caímos no choro. A coisa mais emocionante foi ouvir o coraçãozinho dele ou dela e ver que estava saudável e bem, Lucas disse que estou com 10 semanas e que logo, logo poderia saber o sexo. Após todo esse procedimento, fui levada a um dos quartos para ficar em observação por algumas horas, o doutor tinha outras pacientes então deixou a gente ali e saiu do quarto, então Fernando apareceu, se aproximou de mim e me deu um beijo na testa.

- Como está se sentindo agora? - ele pergunta indo pra frente da minha maca e colocando as mãos no bolso do jaleco.

- Bem melhor Fernando, obrigada por perguntar. - sorrio para ele.