Armadilhas do coração

Capítulo seis

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Eduardo

Quando ela entrou, sentir me pulsar por dentro. Inferno de mulher para mexer com meus instintos! Ela está divina parecia que tinha se vestido especialmente para mim e seus lindos cabelos estavam soltos.

"Eu estou aqui para pedir minha demissão", foi apenas isso que ouvi e a alegria que senti em ver aquela que me arrancou o sono esses dias, foi embora no mesmo instante em que ela me fez esse comunicado. Fiquei perdido, pois teria que pensar em mil maneiras de convence-la a ficar. Que diabos essa mulher está fazendo comigo?

- Não Ester! Você não pode fazer isso. - foi só o que consegui formular e tenho certeza que meu desespero era nítido.

Mas ela não mudava a sua decisão de pedir demissão para se afastar de mim, então percebi nesse momento, que não poderia deixa-la ir embora. Só de pensar nisso já me sentia frustrado e foi nesse momento que tive que recuar e jogar as cartas na mesa.

- Ester, se você quiser ir embora por causa daquilo que aconteceu eu te prometo que de agora em diante isso não vai mais acontecer, a não ser que você queira. Não vou mentir, como te disse antes, sinto uma forte atração por você, mas não posso permitir que perca essa grande oportunidade por minha causa.

Um silêncio terrível toma conta do ambiente. Esse silêncio estava me matando e esse olhar dela me encarando, eu não sabia se era coisa da minha cabeça ou não, mas aparentava uma mistura de tristeza e frustração. Parecia que não tinha gostado das coisas que eu tinha dito. Preciso de uma resposta agora ou vou acabar enlouquecendo.

- Ester fala alguma coisa! Preciso saber sua decisão, mas por favor, pense e não seja precipitada. - digo num desabafo.

Por fim ela desvia seu olhar de mim, toma postura e fala:

- O Senhor não tinha direito algum de fazer o que fez. Não sou uma de suas conquistas e nem sua noiva para que tomasse aquela atitude insensata.

- Sei disso e por isso peço desculpas por ter feito aquilo. Mas não me arrependo de ter te beijado, pois sei que você também gostou. Mas se quer ser somente a minha assistente é isso que será. Mas tenho certeza que chegará o dia em que você é quem vai querer me beijar, mas até lá eu espero e prometo que vou manter distância.

Ester deu uma gargalhada alta que me incomodou e eu estava nervoso nem sei porque, já cansado dessa situação perguntei.

- Então Ester, vai ficar ou vai embora? Tenho que resolver muitas coisas hoje e não posso perder tempo. -se ela acha que vai me ter em suas mãos, está muito enganada.

Nenhuma mulher fez isso comigo. Nunca fui rejeitado, pelo o contrário, eu que fazia esse tipo de coisa, mas se ela quer ser somente a minha assistente, eu serei Eduardo Bittencourt, o carrasco. (Risos)... Depois de um tempo que me pareceu uma eternidade ela vem se aproximando de mim e fala bem concentrada.

- Se você tocar em mim... - ela chega ainda mais perto e meus olhos se arregalaram de surpresa, minha respiração acelerou e ela na minha cara continuou a falar com a voz mais sexy do mundo. -Se você encostar em mim, arranco suas bolas e dou de comer aos cachorros de sua noiva, se é que ela tem algum a não ser você. - falando isso ela inclinou em minha mesa, pegou alguns papéis e saiu do meu escritório me deixando paralisado.

Quando ela me disse que me arrancaria as bolas, meu parceiro aqui em baixo logo deu sinal imaginando suas mãos delicadas e deliciosas nele. E aí percebi que essa mulher vai me matar com esse seu jogo. Merda! Que mulher do cacete que me deixa com um tesão da porra. Sentei em minha mesa com as pernas bambas. Por Deus! Que esse jogo não acabe antes comigo.