Capítulo Nove

376 21 7
                                    

Ester

 Neste momento estou discutindo com meu irmão, ele quer saber por que eu sumi com o Edu e que segundo ele não foi para termos uma conversa sobre trabalho, eu entendo a preocupação do Vitor com relação ao Eduardo, afinal ele é meu chefe e é comprometido, "ainda". Estou tentando inventar alguma desculpa bem convincente para ele, mas com o Edu beijando e roçando essa barba nas minhas costas está impossível, então para conseguir falar algo empurro esse homem lindo para longe de mim, ele se afasta com um sorriso safado e pega o telefone de serviço do hotel, pede algo que não entendo, porque o Vitor não me deixa falar. Tento ludibriar meu irmãozinho dizendo que saí para conversar com meu chefe e que depois fui para casa da Karina, que é onde estou agora. Só espero que ela tenha desaparecido também e não tenha atendido o telefone se um dos meus irmãos ligaram, senão tô ferrada e meia, o Vitor não acredita muito e diz que vai ligar para a casa da Ka, eu digo que se ele fizer isso vou contar para o papai que ele está igual a um carcereiro em meu encalço e desligo o telefone na cara dele. Mando uma mensagem resumindo a situação para minha amiga e cúmplice, para que ela possa me ajudar na desculpa que vou ter que dar e coloco o celular no silencioso para não ser interrompida novamente. Quer saber, não vou ligar para o que ele tá pensando ou o que ele está supondo, vou aproveitar minha noite com Edu e me permitir ser feliz só hoje.

 - Deixa eu adivinhar, seu irmão quer que você vá embora imediatamente? - Edu fala rindo.

 - Acertou em cheio! - sorrio para ele e volto engatinhando para a cabeceira da cama que é onde se encontra o meu lindo.

- E o que você disse? - ele me puxa e me vira de barriga para cima tão depressa que não consigo reagir, ele fica em cima de mim e começa a beijar meu pescoço.

- Eu simplesmente desliguei na cara dele. - dou livre acesso ao meu pescoço e continuo falando. - Não quero pensar em nada agora, só quero curtir esse momento com você. - ele solta um gemido gostoso no meu pescoço.

- Não sabe como é maravilhoso ouvir isso, meu amor.  – ele diz todo carinhoso.                                                                                                                                      

  Ai Deus ele me chamou de amor, vocês já devem imaginar a festa que está dentro de mim.

  - Me beija... - ele não espera nem um segundo e seus lábios estão devorando minha boca.   

  Quando já estamos sem fôlego pelo beijo e preparados para iniciar uma nova rodada de sexo quente a campainha do seu quarto toca e meu sangue gela. Será que meu irmão veio atrás de mim aqui? O Edu se levanta para atender mas eu o puxo, ele cai de volta na cama vira para mim e fala sorrindo.

- Eu sei que eu sou gostoso sua tarada, mas só vou ali atender a porta e já volto para gente retomar de onde paramos.

  - Seu palhaço, não é isso. E se for meu irmão? Não atende, deixa eu me esconder antes. – falo preocupada e envergonhada por ele me chamar de tarada.

  - Minha linda fica calma, não é seu irmão. É só o serviço de quarto que veio entregar o meu pedido. – ele faz um carinho em meu rosto me dá um selinho e sai rindo da minha cara e com apenas um lençol enrolado na cintura. Nossa como ele ficou mais gostoso assim.

  Já aliviada eu volto a me deitar na cama e começo a pensar, que se me dissessem há uma semana atrás que eu estaria na cama com Eduardo Bittencourt, eu mataria essa pessoa, estou até agora tentando assimilar tudo isso, toda essa paixão e todo esse desejo. Sem falar que o cara é perfeito na cama, nunca senti tanto prazer com um homem, ainda estou um pouco confusa com tudo que aconteceu nas últimas horas, mas de uma coisa tenho certeza, é de que quero ficar com o Edu, isso nem está em questão. Quero curtir esse momento com ele sem me preocupar com noiva, família, emprego e com todo o resto. Não vou mentir, que não estou me sentindo a outra e que em certos momentos isso me dá raiva de mim mesma, porém ele deixou claro que não ama e muito menos suporta a Valentina, mas mesmo assim me sinto incomodada e quando voltarmos para a "realidade" será ela ou eu. Edu volta me tirando dos meus pensamentos, ele está com um balde de gelo com uma garrafa de champanhe dentro, duas taças, uma travessa com morangos e uma cara de tarado, ele vem se aproximando e eu digo.

Armadilhas do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora