Capítulo Trinta e Oito

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Queridos leitores, voltamos.. E com pique total para a reta final da nossa linda história...Deliciem-se..


Ester

Quando vi Eduardo na sala aos prantos pedindo a Deus pelo nosso pequeno, eu não me aguentei e me desmanchei em lagrimas também e ali eu vi que não poderia mais ficar longe dele, que não poderia mais deixar a magoa falar por mim, precisava lutar pelo que eu queria e eu só queria ficar com ele, ser amada por ele e lutar pela vida do meu filho ao lado do seu pai.

Passamos aquela noite coladinhos em seu quarto como antigamente, só não teve sexo por conta do meu resguardo, mas vontade não faltou, porém estávamos cansados dos dias de agonia e preocupação que estamos vivendo e só nos permitimos dormir mesmo nos braços um do outro. Quando amanheceu, nós arrumamos para ir até o hospital ver nosso bebê, depois de um café da manhã reforçado feito pela Lourdes e parecíamos um casal de adolescentes que acorda pela primeira vez juntos, saímos do apartamento dele ainda cedo e no caminho em seu carro ele recebeu uma ligação da empresa e teria que ir até lá com urgência, então nem poderia passar o dia todo no hospital como tínhamos combinado.

Chegamos e fomos direto ver o pequeno, literalmente ele era tão pequenino e magrinho eu queria tanto pega- ló em meu colo, nina-lo e amamenta- ló com meus seios cheios de leite, mas não deixaram, é claro, eu teria que ser mais forte e esperar a hora certa para fazer tudo aquilo. Ninguém iria ao hospital naquele dia, estavam cheio de coisas para resolver e ninguém sabia que Edu e eu tínhamos reatado, tinha uma pessoa que eu queria que soubesse antes de todos, pela consideração e admiração que tenho, foi justamente essa pessoa que apareceu no hospital quando Eduardo já tinha saído, Edu estava todo preocupado em me deixar sozinha no hospital e triste por não poder ficar um pouco mais com o filho, mas foi preciso porque pelo que ele soube o problema na empresa era sério. Enquanto eu admirava meu bebe do outro lado do vidro, fora da UTI, com um sorriso bobo no rosto, senti uma mão firme em meu ombro e eu reconheci na hora, me virei e vi o Joe com aquele sorriso lindo dele.

- Como está a mamãe do ano e o bebe mais lindo que já vi? – pergunta ele todo carinhoso.

- Eu estou bem, mas nosso Pimpolho... - abaixo a cabeça triste por não conseguir falar que meu filho estava sofrendo naquela incubadora.

- Ei! - Joe se abaixou na minha frente segurando minha coxa, levantou minha cabeça e continua. - Ele vai sair dessa Ester, só precisamos ter calma. – meu amigo diz com segurança.

- Eu sei, só que me dói tanto vê-lo assim Joe. – digo triste.

Enxugo minhas lagrimas que caíram sem que eu me desse conta, olho Joe dando um meio sorriso e continuo.

- Prometi ao meu bebe que ficaria bem, que seria forte por ele e eu serei.

- É assim que se fala, gostei de ver mamãe do ano. – diz Joe sorrindo.

Joseph me deu um beijo na bochecha, se levantou e eu me levantei do banco que estava sentada, meu filhote dormia tranquilamente e parecia sereno. Eu precisa contar logo ao Joe, ser sincera e não sabia se teria outras oportunidades com o Edu ciumento daquele jeito, então aproveitei a chance.

- Preciso falar com você, mas não aqui nesse clima de hospital. Topa tomar um café comigo na cafeteria aqui perto?

- Claro! Vamos lá. – ele aceita na hora.

Ao chegar na cafeteria eu escolhi uma mesa afastada das outras para nos sentarmos, queria privacidade e tranquilidade, queria usar as palavras certas para não magoa-lo. Peço um suco de laranja para mim e ele um café, então crio coragem e começo.

Armadilhas do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora