Capítulo Um

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 Pessoal enfim chegamos definitivamente, nos prestigiem também no grupo sobre o nosso livro para darem sugestões, tirarem dúvidas, conhecerem mais personagens e saber das novidades em primeira mão:
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Eduardo

  Nunca mais vou beber! Estou com uma tremenda dor de cabeça, graças a noitada de ontem.O que posso fazer? Sou um dos solteiros mais desejados de São Paulo, e com certeza uso e abuso desse meu status. Não me olhem assim! Nenhuma mulher me rejeitaria, sou o tipo de homem que qualquer uma desejaria entre suas pernas...Posso comprar tudo que quero e isso me deixa extremamente superior, gosto das facilidades que o nome da minha família me dá, sempre consigo tudo e isso eu adoro.

  Ah!! Que gafe é a minha, esqueci de me apresentar, me chamo Eduardo Bittencourt. Sou herdeiro de uma das empresas de engenharia mais bem sucedida do país. E é claro que as mulheres caem matando, mas todas são somente fodas ocasionais, pois sou um homem comprometido. Sim!! sou noivo e ela se chama Valentina Dornelles, não é feia, mas acho que a pressão da minha família com esse casamento, não me ajuda a ter muito interesse nela. Tenho-a na minha cama sempre que eu quero, mas não é o suficiente. Pois não consigo extravasar os meus desejos sexuais com ela, pois Valentina não tem aquilo que todos falam, “chave de coxa”, como posso dizer, ela é muito fraca e cheia de frescuras na cama, e isso pra mim é fundamental, pois adoro um sexo selvagem.

 Tenho certeza que ela não está nessa só pelo dinheiro como eu, e isso é uma pena pra ela, já que eu não me importo em nada com a minha suposta noiva. Por que eu me importaria? Já que estou nessa só pra unir a fortuna das famílias, que já trabalham juntas, eles fazem a assessoria jurídica da nossa empresa, pois todos da família da minha “querida” noiva são advogados, inclusive ela. Pois com a crise financeira que passamos, perdemos vários contratos importantes e com isso nossos pais resolveram unir forças contra essa maldita crise. E sobrou pra mim o sacrifício de me casar. Apesar que isso não muda em nada. Em um resumo bem claro, se alguma mulher me quiser, me terá. Serei dela a noite inteira, e só por uma noite, não espere que eu ligue no dia seguinte, ou procure em outra hora, isso nunca irá acontecer. Enfim estou entrando na minha sala em plena segunda de manhã, pois não tenho quem adiante o trabalho para mim, graças a uma maldita assistente que comi, e tive de mandar embora, pois ela queria um relacionamento concreto. A substituta começa hoje, e com alguma sorte e dinheiro, eu conseguirei transar com ela sobre a minha mesa também, sem que ela se apaixone e continue me servindo de todas as formas.

Pego jornal e, porra! Estou no jornal de novo!

Ester

  Entrei no elevador e marquei o 32 º andar, no qual agora vou trabalhar. Acredita? E se falta luz? Terei que subir ou descer 32 andares, ou pior ficar presa nesse elevador. Tenho pavor disso... Pelo amor de Deus!

  Mas claro que uma empresa como essa, famosa, moderna e linda com vidros espelhados do início ao fim e com esses mármores italianos esverdeados, tem um belo de um gerador de energia, né? Espero que sim!

   Chego ao meu andar e é bem bonito aqui também, aliás que lugar nessa empresa não é bonito, minha sala é em frente a sala do Sr. Eduardo Bittencourt, neste andar só tem a sala dele, a da assistente que até o momento sou eu e a mesa das secretárias,que são duas. Não sei para que, se ele é só um? Para mim esse andar é um matadouro, é aqui que ele come as assistentes dele, já que a antiga pelos boatos que ouvi, ele comeu e depois despediu a moça. Bom deve sobrar até para as secretárias, ascensoristas, faxineiras e qualquer outra funcionária que use calcinha, além das outras oferecidas aí fora. 


   Mas bem feito para essa assistente oferecida, quem mandou se dar ao desfrute com o chefe, que por sinal é um conquistador barato e muito do safado. Para a sorte dele, espero que ele não venha de graça para o meu lado, não sou dessas, respeito é bom e eu gosto. O cara é um galinha, pelas notícias que saem nos jornais, com certeza não presta e o pior é que ele tem uma noiva muito bonita por sinal, porém, comprovadamente é a maior chifruda de São Paulo. Tadinha, quer dizer, tadinha nada, não sei porque uma moça tão bonita, fina e rica aceita uma coisa dessas, eu não aceitaria nem pelo maior amor do mundo.

  Bom chega de falar dele porque tenho trabalho a fazer. Entro na minha sala e vejo que na minha mesa já tem uma pilha de projetos para analisar, e depois levar ao Sr. Eduardo Bittencourt. Cara! será que ele não faz nada, as assistentes analisam os projetos e ele só assina como dele? Comigo não vai ser assim não, quero meu reconhecimento, porque foi para isso que estudei durante tantos anos.

  Já deu pra ver que ele não é muito educado,nem para vir me cumprimentar, dar boas-vindas, já foi logo me enchendo de trabalho. Nossa! com a empolgação do primeiro dia e com esse tanto de trabalho, nem vi a hora passar. Já está quase na hora do almoço e parte do meu trabalho já está finalizado. Então resolvo ir ao banheiro e dar uma ajeitada no visual. Quando volto vou até a sala do Sr. Bittencourt, para me apresentar e fazer uma social. Quando entro me deparo com uma sala, que pelo que eu vejo é maior que meu apartamento. Os móveis são modernos e sofisticados, no centro há uma grande mesa de madeira com  tampo de vidro e no canto direito tem um sofá preto de couro, a sala é linda e requintada, mas é um lugar onde se pode sentir a frieza e a prepotência do dono. Percorro a sala com o olhar para ver se o encontro, mas está vazia, ele não se encontra. Deve ter saído para almoçar, saio da sala e decido por não almoçar, vou ficar e terminar a parte que falta do meu trabalho. Assim, quando ele chegar já estará tudo pronto e com isso não achará que eu sou uma lerda incompetente. Pois não admito que as pessoas pensem isso de mim, porque eu sempre fui esforçada e dedicada nas coisas que me competem.

Armadilhas do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora