A frieza de um nobre

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>Alerta gatilho!

Narrações de muita violência.<


Aquele veredito repentino tinha acabado com qualquer expectativa que Joanna tinha de sobreviver e ter sua vida tranquila novamente. Sentimentos de desespero e amargura passavam pelo coração daquela jovem menina e a fazia questionar a humanidade desse homem.


_ Vocês não podem fazer isso com meu pai, ele não fez nada de errado! _ Ela gritou por justiça.


Por mais que aquele homem a quem conviveu por longos 8 anos não chegasse aos pés da soberania de Stanley Walton, dono da companhia Star, ele a deu algo que Joanna nunca conheceu: amor paterno. Quando em sua vida antiga Stanley teria tempo para ouvir os choros de sua filha? Era só contratar empregados e dar dinheiro para ela que tudo se resolveria devidamente.


Mas como Joanna poderia deixar o único homem que não hesitou em ser seu pai e estaria disposto a sacrificar-se pelo bem de sua amada filha?


_ Fica quieta, escória! _ O barão Bethencourt cospe no rosto da menina.


_ Ele será decapitado, sr. Bethencourt? _ Um dos guardas pergunta ao desembainhar sua espada.


_ Decapitado? _ O barão gargalha._ Você acha que o pai de uma criança que desrespeitou o meu filho merece uma morte tão rápida assim?


Os guardas se entreolham esperando uma resposta, então o próprio barão dá a sugestão.


_ Ponham-no na roda da tortura!


Todos os escravos que estavam no lugar dão um passo para trás de medo. Joanna não tinha conhecimento sobre essa roda, mas sabia que o pior estava por vir.


No fundo do seu coração, lembrara da época em que esteve fazendo campanhas de caridade em um país subdesenvolvido. Quando sentou-se naquele chão imundo para tirar fotos com as crianças, uma delas encostou em seu ombro de maneira ingênua, porém o suficiente para aquela arrogante mulher sair daquele lugar, lavar seu corpo com os antissépticos mais famosos do mundo e ordenar a sua empregada que jogasse sua roupa no lixo.


Temeu que o destino estivesse brincando com as suas atitudes passadas. Agora estaria passando por algo similar.


_ Eu só encostei no seu filho. Deixe o meu pai sobreviver! _ Ela implorou incansavelmente para o barão, mas em uma tentativa falha.


O barão leva todos os seus empregados e cavaleiros para a arena de treino, era lá que o simples escravo seria executado. Sua família toda sentou-se em cadeiras elegantes para presenciar a tal cena, mas a menina Joanna tentava fugir daquele lugar desgraçado.


_ Você ficará aqui, garotinha porca! _ Ordena o barão, pegando-a pelo braço e a levando para a parte alta da arena. _ Veja perfeitamente o que vai acontecer para você aprender a nunca mais encostar em um nobre.


A menina foi levada à força para presenciar tal cena. Por mais que não tivesse a mentalidade de uma criança, ainda julgava desumano o tratamento que aqueles soberanos faziam à pobres crianças.

De madame à escravaOnde histórias criam vida. Descubra agora