Um Rei Perverso

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Passaram-se alguns dias desde que a escrava começou a morar no palácio real. Desde então, o príncipe não tinha dado suas caras para vê-la, o que a fez ficar um pouco apreensiva, mas descansou o quanto pôde, já que uma confusão se tornou os corredores do palácio.


_ Você ouviu? Parece que ela morreu envenenada! _ Disse uma das empregadas, enquanto passava pelo corredor.


_ O príncipe deve estar muito ocupado, agora que se envolveu com um noivado e um enterro ao mesmo tempo. _ Respondeu a outra.


_ Bom, o príncipe terá apoio o suficiente com a morte da marquesa? Ela era um grande nome nos bailes!


_ Sem contar que o marquês não tem aparecido ultimamente. Parece que a saúde dele anda frágil, mas estão escondendo do público.


Ao ouvir essas palavras, Joanna não pôde deixar de sorrir. Pelo menos uma notícia boa desde os últimos dias em que esteve separada de Dianne, e, pelo que parecia, Dianne tinha feito um ótimo trabalho.


_ Está rindo à toa. _ Marina apareceu no quarto das servas. Ela sempre aparecia para vigiar Joanna._ Parece que o palácio está um caos atualmente. Vista-se apropriadamente, pois Sua Majestade, o rei Alexander Knýtlinga, solicita a sua presença.


Joanna olhou para a empregada completamente surpresa. Jamais imaginaria que o rei a veria, logo ela, uma mera escrava que foi recentemente jogada fora, além de que nem o próprio príncipe não a tinha visto desde então.


_ O rei? Por que ele-


_ Espero que não faça vergonha na frente de Sua Majestade, mesmo sendo... _ Ela olha para a garota de cima à baixo, mas mantém um sorriso._ uma serva real. Venha, se precisar de uma aula básica estarei à disposição.


Joanna suspirou baixo. Sabia que nunca teria um tratamento digno enquanto fosse reconhecida apenas como escrava, mas, apesar de tudo, Marina parecia se importar realmente com a garota, mesmo mostrando de uma forma rude.


_ Estou bem, eu sei me virar. Não se preocupe comigo e... obrigada!


Assim que a empregada saiu, Joanna apressou os passos. Era uma surpresa, de fato, o rei querer vê-la, mas não deixaria essa oportunidade passar. Assim, olhou em seu armário para verificar os vestidos que tinha para a ocasião, mas não encontrou muita coisa, afinal, era apenas uma escrava sem qualquer roupa ou bem material.


Vestiu os simples vestidos brancos de escrava e prendeu o seu cabelo em um coque, para não dar a impressão de falta de higiene. Quando prendia seus cabelos, seus olhos azuis marinhos ganhavam tanto destaque que era impossível não notá-los. Finalmente, a mais serena e sublime mulher ela parecia.


Na companhia de Marina, empregada-chefe, desce as escadas até o salão principal, o qual o rei se encontrava.


O rei Alexander era um homem já de meia idade, aparentava por volta dos seus 50, já que tinha muitas rugas. Seu aspecto era similar ao príncipe Claude; pele pálida, cabelos escuros e olhos azulados. Embora a meia idade já havia o alcançado, ainda não deixava de ser um homem tão charmoso.

De madame à escravaOnde histórias criam vida. Descubra agora