_ Execução? _ A marquesa ri_ Não acho que deve levar a este ponto. Tenho uma solução melhor para o caso.
Ana olha para as garotas atordoada. Tinha dado a ela uma tarefa impossível de ser feita em tão pouco tempo, mas, por mais que tenha sido falha, cumpriu o seu dever. Mesmo assim a marquesa estava disposta a ouvir a sua filha de tão pouca idade?
_ M... minha senhora... _ Ana tenta justificar-se, mantendo sua cabeça abaixada_ eu.... eu não... não tive a intenção de falhar! Mas o tempo que a senhorita Amélie me deu era... impossível para qualquer pessoa!
_ Está vendo, mamãe? Por isso ela é defeituosa! _ Amélie, mesmo pequena, aprendera a zombar de outros seres humanos.
_ Claro, querida Amélie! _ Antonieta se vira para a pobre escrava acusada_ Como ousa dizer que minha filha não sabe dar desafios possíveis de serem cumpridos? Ela é a herdeira deste marquesado! Tenha mais respeito por ela!
Era evidente que Amélie não passava de uma criança que não tinha muita dimensão dos limites humanos ainda e também, convenhamos, ela não era esperta para aprender tal coisa, nem se o marquês quisesse ensiná-la. Porém, toda essa falta de habilidade de Amélie mexia com a marquesa de tal forma que ela jamais diria que sua filha está errada. Até porque Amélie nunca teve o apoio do pai, já que este só pensava em um herdeiro homem.
Naquela casa uma família perfeita não existia, mas Antonieta faria de tudo para que sua filha herdasse todas as terras e títulos do marquesado.
Estava claro que o marquês queria um menino como herdeiro, mas o que tinha o impedido de tentar então? Já era evidente e mais que claro a infertilidade do marquês após o nascimento de sua não tão querida Amélie. Obesidade, tabagismo, varizes testiculares (essa ele não sabia) e diabetes, esses eram fatores que, em partes, ele sabia e o médico já havia o alertado. Praguejou tanto contra a sua falta de sorte nesses últimos anos que tentou ter seu herdeiro com as empregadas, concubinas e até mesmo a condessa de Orleans (Por sorte Antonieta não soube sobre isso).
Antonieta, no entanto, não podia inventar de engravidar, já que a infertilidade do marquês era conhecida publicamente. Mas, ela nunca perdia a chance de escapar das garras do marquês.Essa era a família de Fontainelles, uma família de nobres que prezava sempre pela boa reputação.
_ Eu não queria... desrespeitá-la, minha senhora! _ A pobre Ana se ajoelha perante a marquesa.
Joanna permanecia calada. Tinha medo de enfrentá-las? Sim e não. Para Joanna, tentar se pronunciar naquele momento seria perda de tempo se quisesse ganhar o favor da marquesa. Estava de coração partido pela sua amiga, mas reconhecia que não tinha poder nenhum naquele momento para conseguir enfrentá-las.
_ Apenas cale a sua boca! _ Antonieta leva sua mão para o rosto da menina, dando-lhe um tapa forte e ardente._ Vamos, Amélie! Vamos soltá-la nas ruas da capital! Quero ver essa garotinha sobreviver em um lugar que nem plebeus ousariam entrar.
Dianne não aguentou ver sua pequena amiga sendo levada. Era crueldade demasiada no coração daquelas mulheres para com indefesos seres humanos! Ela tentou levantar sua voz contra aquelas mulheres, mas Joanna a interrompeu.
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De madame à escrava
Viễn tưởngQuando uma pessoa se encontra no topo hierárquico, mediante a tanto poder, quais são suas atitudes? Dentro de uma ideologia que prega a importância do ter em relação ao ser, algo mudará na vida desta jovem. Se antes liderava o capital, hoje não tem...