A moda da concubina

109 10 0
                                    


Alguns dias se passaram desde a primeira vez que Joanna planejou maltratar suas damas. No entanto, a capital estava muito diferente do cotidiano...


Tanto nobres quanto plebeias, todas usavam os famosos vestidos da concubina real. Os vestidos sem espartilho, volumes nos quadris e todo aquele aperto acabara de virar moda em Vaster!


De tanto a concubina usar vestidos tão diferentes que davam um ar muito mais elegante do que os costumeiros, as donzelas passaram a mandar os estilistas fazerem igual.


Não era o simples fato dos vestidos serem lindos, o que era uma justificativa muito grande, mas somente a história da concubina fizeram todos a olharem com outros olhos. É claro que os aristocratas não apoiavam uma escrava como concubina, mas saber que uma simples escrava sem qualquer família ou bens encantou o príncipe herdeiro que declarou em público o quanto a amava foi justificativa o suficiente para qualquer mulher sonhar com o mesmo fim, seja nobre ou plebeia.


_ Fazemos vestidos sob medida do estilo da concubina real! _ Disse uma vendedora, entregando cartões-folhetos para as garotas que passavam nas ruas de Vaster.


Em sua maioria eram plebeias, que não se importavam muito com o verdadeiro status social da concubina e sonhavam em encantar algum nobre da mesma forma. Porém, as donzelas nobres vinham escondido até as lojas de estilistas para encomendar vestidos parecidos.


As nobres entre elas comentavam:


_ Você ficou sabendo do baile de máscaras?


_ Sim, sim! Também encomendou um vestido na Estilista Carpenter?


_ Mas é claro! Espartilhos e volumes agora é fora de moda!


_ Também quero encantar um homem rico dessa forma!


Elas olharam para as plebeias que também vestiam o mesmo estilo de vestido da concubina.


_ O que essas plebeias pensam que vão arrumar vestindo o estilo da concubina real?


_ Ah! Devem achar que tem alguma chance com um homem rico.


_ São tão idiotas!


Com o passar das horas, o baile se aproximava e os nobres começaram a entrar no grande salão, todos mascarados para encobrirem sua identidade.


No entanto, o rei e a rainha foram os únicos anunciados pelos nobres. Subiram às escadas e se dirigiram ao trono real para entreterem-se com as apresentações.


Cada Lady que entrava no salão vestia os famosos vestidos de seda justos ao corpo e, em sua maioria, de cor única. Como todas estavam mascaradas, ninguém revelava a sua identidade.


O objetivo desse baile de máscaras era, como em temporadas sociais, conhecerem pretendentes para serem cortejados. Mas, diferente do cotidiano, ninguém podia revelar seu status social, confiando apenas na atração física.

De madame à escravaOnde histórias criam vida. Descubra agora