❧ Capítulo (006)

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Subtítulo: A minha primeira vida

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Subtítulo: A minha primeira vida

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Se passou apenas um dias dês de que voltei para casa dos meus irmãos, e que cortei meu cabelo, eu adorei muito meu visual, estou me sentindo bonita e mais leve comigo mesma, foi uma boa ideia mudar um pouco, mesmo que não seje muita coisa oque eu fiz.

Mas focando no futuro, agora estou estudando alguns tipos de possíveis fragrâncias que poderei fazer, já que amanhã começa o meu curso de perfumaria, eu irei voltar a fazer oque eu tanto amei...

Isso é um desejo que tinha na minha primeira vida. A minha mãe morreu, mas ela deixou uma enorme fortuna doque ela tinha conquistado. Ela era uma perfumista famosa, e tinha uma boutique, eu tenho poucas lembranças dessa época. Minha mãe se chamava Ghawata Soulei, o marido dela, vulgo meu pai, a deixou antes de eu nascer.

Mas isso não a desanimou, ela continuou fabricando seus perfumes, e cada vez mas sua fama ia crescendo. Até que em um dia a minha Tia Ghawata Murin foi morar conosco, ela era uma mulher desprezível, obviamente tinha muita inveja de minha mãe, fora que sempre abusava de mim, e falava que se eu contasse para minha mãe ela iria matá-la.

Eu passei um bom tempo em silêncio, e isso acabou piorando ainda mais, quando a minha mãe descobriu que estava com câncer. No tempo que eu nasci não tinha muitos avanços tecnológicos como hoje em dia, e o câncer que minha mãe tinha era bem complicado, então ela acabou morrendo depois de alguns meses.

O dinheiro que ela tinha, a boutique e nossa casa foram para a minha Tia, e iria ficar com ela até que eu fizesse meus 20 anos, já que no Japão a maioridade é apartir desta idade, eu poderia apenas adquirir os meus diretos quando completasse esta maldita idade!...

Um ano se passou e a minha Tia Murin vendeu a boutique, a única lembrança que restou de minha amada mãe. Eu fiquei furiosa, eu tinha apenas 12 anos, foi aí que eu fui internada em um hospital pisciquiatrico pela primeira vez. Ela contou a todos os parentes que eu estava agressiva, que eu a chingava constantemente, que eu ameaçava bater nela várias vezes.

No começo a minha família duvidou, mais tudo piorou em um almoço de família, ela me provocou, e eu caiu na sua armadilha, eu gritei com ela. Foi quando a minha própria avó se levantou, eu achei que ela ia me acolher, mais ela me deu um tapa na cara, e disse que eu realmente estava histérica, que isso deve ter sido pela morte da Soulei, por isso eu estava me tornando uma "louca".

E no dia seguinte fizeram uma reunião de família, onde estava meus avós, tios e tias, incluindo a maldita da Murin. Mas no final de tudo, todos decidiram me internar, para ver se eu melhorava, e não acabar matando a Murin, coisa que eu devia ter feito, porém não fiz.

Na época eu só queria o perdão da minha avó e da minha família, então eu pensei que se fosse calada e tivesse um comportamento bom, todos iriam voltar a me amar no final, mas eu fui muito burra e isso não aconteceu, eu queria ter um amor impossível...

Porém eu não contava que eu não iria só essa vez para ser internada, eu fui mais quatro vezes, e isso aconteceu pela mesma pessoa que sempre me pós para baixo, Tia Murin. Ela contratou um falso terapeuta, ele inventou que eu tinha "Transtorno Explosivo Intermitente", e uma doença real, porém eu não tinha ela.

Basicamente ele contou aos meus parentes que eu não tinha capacidade de gerenciar meus impulsos agressivos, que era levado a ter ataques de fúria, completamente desproporcionais. Que também era normal eu me arrepender depois de ter meus ataques. Mas isso era uma grande mentira, nunca tive um único ataque de raiva em toda minha vida, e oque mais me doeu, e que todos eles acreditaram, principalmente a minha avó.

Ao invés de um ano internada, eu fiquei por dolorosos quatro anos naquele inferno. Sendo obrigada todo santo dia a tomar calmamentes, a ser dopada frequentemente pelo médico que cuidava de mim, e esse mesmo médico quase me estrupou, só não fez isso porque meu colega de quarto não deixou, mas depois disso foi expulso e foi para um reformatório.

E esse mesmo médico sempre passava a mão em mim, ou nos meus seios, ou na minha bunda...Eu tinha tanto nojo do meu próprio corpo, tinha nojo de ser como eu era.

...Quando eu finalmente sai daquele maldito inferno, eu tinha me decidido, eu iria seguir o mesmo caminho que a minha mãe. Comecei a fazer terapia, para me livrar dos traumas que passei no hospital pisciquiatrico, contei dos abusos que eu sofri, e melhorei um pouco. Mais a Tia Murin sempre estava ali para fazer o inferno na minha vida, ela não me deixava em paz.

Porém eu não deixei isso me abalar, até que teve um dia de mais um jantar em família. Eu estava tão feliz, o motivo e que eu estava fazendo um curso de perfumaria as escondidas, e queria falar para a minha avó, eu pensava que ela ficaria feliz. Mas oque me quebrou foi quando ela olho para mim, e disse que eu nunca seria uma perfumista melhor que minha mãe, que eu não teria nenhum futuro bom, que eu era uma louca que ia surtar com meus clientes.

Todos que estavam presentes riram de mim, principalmente a Tia Murin, eu fiquei quebrada de um maneira surreal. Foi quando eu me decidi, eu não iria mais sofre nas mãos daquela família, eu iria fugir daqueles que tanto me desprezaram!

Sai correndo com todas as forças que eu tinha, meus tios vinham atrás de mim, me chamando de louca, que eu tinha endoidado de vez. Eu realmente não tava nem aí, eu me sentia livre, mas enquanto eu atravessava a rua, por um momento eu olhei para trás, acabei me descuidando e não vendo o carro que vinha em alta velocidade em minha direção.

Eu tinha sido atropelada, não sentia minhas pernas, minha respiração falha, e nós meus últimos momentos da minha primeira vida, a pessoa que eu vi antes de partir era minha Tia Murin. Seu sorriso vitorioso em seus lábios, no final ela ganhou oque ela tanto desejou, o dinheiro que minha mãe deixou para mim antes de falecer.

Eu sinceramente tenho muitos arrependimentos, eu não era tão forte e decidida como sou hoje, na minha vida passada eu era uma molenga. Eu queria o amor da minha família, mais recebi pedras e uma morte trágica, e eu sinceramente espero que todos eles queimem no inferno!...

Talvez seja por isso que me transformei numa Anissa que queria sobreviver a qualquer custo. E engraçado, no começo eu estava assustada por está em uma segunda vida, mais agora eu agradeço muito, pois eu pude evoluir, e me tornar alguém forte. A antiga eu, a Ghawata Nagime estaria orgulhosa doque eu me tornei, pois virei a Anissa Kawata, que achou pessoas incríveis, e que vai construir um futuro mais incrível ainda...

~Continua~

Palavras: 1236.


↝ Para aqueles que se perguntavam como foi a primeira vida de Anissa, fiz este capítulo para lhes contar oque ela passou. Sim a nossa protagonista nunca teve muita sorte, mas talvez isso melhore? Ou será que não?...

MY SOUL MATE..OR NOT? | Ran Haitani Onde histórias criam vida. Descubra agora