junho, 1985.
Um táxi estacionou em frente da casa dos Henderson ás duas horas e trinta e cinco minutos da tarde, pontualmente. Sra. Henderson caminha animada até a porta e quando vê a linda menina parada em seu jardim, com duas malas ao seu redor, corre para abraça-la.
— Maudie, como está crescida! — fala apertando seu corpo. Matilda ri, já que a senhora Henderson nunca havia a visto pessoalmente antes.
— Obrigada por me receber, tia. Não tenho palavras para agradecer... — fala com sinceridade.
— Oh, imagina, querida! Você é da família. Venha, Dustin está louco para te conhecer, convidou até seus amiguinhos... uma fofura! — pegou na mão da garota enquanto a guia-va para dentro da casa.
Matilda nunca tinha se sentido tão acolhida antes. Se sentia sempre como uma inconveniente e intrusa em todos os lugares, como se estivessem fazendo um favor a ela por simplesmente deixa-la entrar. Ela estava decidida que nesse capítulo de sua vida, não deixaria que ninguém a diminuísse.
Quando entrou, logo foi surpreendida por confetes cor de rosa que jogaram em todo o cômodo, a sala estava decorada com mini bandeiras da Argentina e um grande cartaz escrito Bem-vinda a Halkins, Matilda:
— Bienvenida a Hawkins, Maudie! — um coro de crianças em completa (des)sincronia gritou, Matilda presumiu que aquele fosse o melhor sotaque espanhol deles, o que não estava nada mal.
— Gracias! — respondeu tímida, entrando na brincadeira. — Você... deve ser o Dustin, certo? — apontou para o garoto que logo confirmou com a cabeça, ela o envolveu em um abraço caloroso. — Estava animada para te conhecer, sua mãe me contou varias histórias.
— Meu Deus, não quero nem imaginar essas histórias... — colocou a mão no rosto, envergonhado. — Maudie, esses são meus amigos: Max, Lucas, Will e Mike.
— Oi, Maudie — falaram um de cada vez, ela sorriu amigavelmente para todos eles.
— Quer ajuda com as malas? — perguntou a ruiva.
— Claro, obrigada Max — as duas pegaram uma em cada lado da mala.
— O seu quarto fica no final do corredor, querida. Ao lado de Dustin — Sra. Henderson avisou, enquanto as duas meninas levavam a mala para o local.
Enquanto Matilda caminhava até lá, uma súbita vontade de chorar invadiu todo o seu ser. Não sentia saudade de casa, mas sentia culpa por estar ali. Esperava apenas que seu verão fosse tranquilo e sem emoções em uma cidade onde ninguém a conhecia para julga-la.
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𝐓𝐢𝐦𝐞 𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐢𝐦𝐞 | 𝐄𝐝𝐝𝐢𝐞 𝐌𝐮𝐧𝐬𝐨𝐧
Fiksi Penggemar"Desde que eu te conheci você foi esse desvio fora da curva, você me tirou dessa distopia que criaram pra mim. Você foi... você é, na verdade, minha possibilidade, Eddie." Matilda Flores chegou em Hawkins no verão de 1985 para passar as férias na ca...