𝐓𝐢𝐦𝐞 𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐢𝐦𝐞 | 𝐄𝐝𝐝𝐢𝐞 𝐌𝐮𝐧𝐬𝐨𝐧

capítulo 26: Foto mental.

“E eu perdi você, aquele com quem eu estava dançando em Nova York, sem sapatos. Olhei para o céu, e era marrom.” – Maroon, Taylor Swift.

Os dois haviam chegado no apartamento de Nova York há poucas horas, mas agora, estavam em um bar tradicional de Manhatthan porque Eddie teve a ideia de que eles deveriam sair em um segundo encontro, para comemorar.

Pela primeira vez, ele se sentia realmente e genuinamente feliz. Não apenas por estar com ela, mas por sentir que estava em um momento decisivo, onde tudo poderia acontecer. Definitivamente precisava ter uma noite com a sua garota antes da reunião mais importante da sua vida.

E bem, naquele momento, vendo Matilda, ele teve uma sensação de deja vú de quando ficou bêbado pela primeira vez aos dezesseis anos, durante uma festa no porão de um dos caras do jornal da escola. Ficou tão tonto que sentiu como se tivesse vomitado todos os seus órgãos no dia seguinte – algo que ele certamente não recomendava. Quando chamou Matilda para um segundo encontro, não pensou que justamente ela ficaria bêbada.

Ela o olhava com seus grandes e bonitos olhos castanhos que estavam perdidos agora, enquanto puxava Munson pelos braços para que dançasse mais uma vez com ela. Já haviam dançado tanto juntos que seus pés doíam, os dela também, mas estava consumida demais pelo álcool para sequer se importar.

Eddie estava achando engraçado, mas ao mesmo tempo se preocupava. Não deveria ter deixado-a beber tanto.

— Linda, vem, vamos sentar. — disse perto do ouvido dela, a segurando pela cintura.

— Nãoooo... — jogou a cabeça para o lado, manhosa. — Vamos dançar? Eu amo essa música! — fez beicinho para ele, praticamente implorando enquanto os primeiros acordes de Waiting for a Girl like You do Foreigner ecoavam.

Era difícil dizer não para ela, e ela sabia disso. Eddie poderia admitir o fato de que ela ficava diferente bêbada. Era como se ela soubesse o poder que tem sobre ele, coisa que não sabe – na verdade, finge não saber – quando está sóbria e aquilo definitivamente o deixava maluco.

— Você não vem? — ele apenas negou com a cabeça, o que a fez sorrir. — Eu danço sozinha, então. — deu de ombros, dando as costas para ele.

E ele realmente não queria ir até a pista de dança novamente. Havia dançando tanto que o suor estava começando a pingar de seu rosto, mas era impossível apenas não fazer o que ela queria.

Matilda tinha uma força magnética e aquilo era claro para todas as pessoas daquele bar. O jeito que ela se movimentava, seu olhar, as ondas de seu cabelo e seu batom borrado tornavam impossível não olhar para ela. Eddie estaria mentindo se não dissesse que sentiu ciúmes ao perceber os olhares depositados nela e por isso caminhou até a garota, se sentindo derrotado.

Matilda sentiu as mãos dele em sua cintura, o que automaticamente iluminou o rosto da garota e a fez comemorar internamente.

— Pensei que não queria dançar comigo. — colocou os braços ao redor dos ombros de Eddie, sorrindo convencida para ele.

Ela estava absurdamente bonita, ele sentia que poderia listar todas as vezes que quis entrar em um quarto com ela naquela noite.

— Mudei de ideia. Mas só uma dança, tá? Você precisa comer alguma coisa, já está ficando tarde e...

— Shhh, relaxa... — colocou o indicador sob os lábios dele, o interrompendo enquanto aproximava seus rostos. — Eu estou me divertindo.

Aquele contato era o necessário para fazer o corpo do rapaz se arrepiar por inteiro. Ele apenas suspirou pesadamente, criando forças para responder qualquer coisa com sentido.