capítulo 1

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ELLE MAXIME

Estou arrumando minhas únicas peças de roupa, chegou o dia se sair desse lugar, que foi minha casa por 18 anos...Orfanato de Santa Inês, onde muitas vezes chorei e sorri. Os únicos momentos bons que eu passei, foram com minhas amigas, aquelas que eu considero minha família, minhas irmãs Isabelle Palmer e Hadassa Lix, elas também não sabem quem é seus pais, eu sou mais velha alguns meses. Quando completamos 14 anos, eu fiz uma promessa para as duas, quando eu completasse a idade de sair e arranjasse um emprego, voltaria para busca-las e viveríamos todas juntas. Lanna Viux, a cozinheira, uma das poucas pessoas que eu confio. Disse que tinha vagas de emprego em uma cidade a três horas de viajem, e como estão construindo uma represa, tem muito emprego disponível nos hotéis da cidade. Eu não sou formada em nada, então qualquer coisa me serve, eu só preciso encontrar moradia, e emprego. Lanna saiu para comprar minha passagem, daqui algumas horas vou deixar o orfanato para sempre.. - Elle? - Sim.

- Você vem nos buscar? - Isabelle me pergunta ansiosa. - Eu venho! - Você, não vai esquecer ? - Hadassa pergunta com semblante triste. - Não. Eu prometo que vou ligar todos os dias para o celular da Lanna, para falar com vocês duas.

_____

Minha despedida foi tão triste com as meninas, eu prometi, eu vou cumprir! Dentro de um mês eu venho busca-las.

- Elle?

Está tudo aqui meu bem. Toma isso, é para você. - Lanna, me entrega um envelope. - É para as despesas. - Eu abro e tem dinheiro.

- Lanna, eu não posso aceitar! É muito dinheiro. Tirou de suas economias para me dar?

- Elle, não tem problema, não vai me fazer falta. - Ela está tão feliz. Estou dando a você. Vai precisar pagar algumas coisas como, alimentação, hospedagem...é de coração! Custa fazer o coração dessa velha feliz. Eu só não vou com você, porque eu quero reparar aquelas duas, para você.

- Eu nunca vou esquecer o que você está fazendo por mim! No orfanato, era a única que nos tratava com carinho. Sempre nos dava fatias de bolo de chocolate. - Eu falo chorando. - E nunca nos batia, como eles, sempre foi bondosa.

- Não chore! - ela também derrama lágrimas. - Eu sei que você será muito feliz, naquela cidade. Quando chegar lá, procure a lanchonete da cidade a Dona é Vera, ela é minha prima, diga que foi eu que lhe mandei, ela vai me ligar para confirmar, quem sabe ela não arranja um emprego para você lá, mostre seus dotes culinários, ela adora quem cozinha bem. OK? Aqui está o endereço. Não esqueça, fale o meu nome. - anui, abraçando-a.

A hora do embarque se aproxima, eu dou outro abraço nela, eu subo os degraus no ônibus, procuro minha cadeira, eu sentei perto da janela. Eu nunca fui tão longe, em mina vida, apenas saía de vez em quando para o supermercado com a Lanna.

Se não fosse as meninas, eu seria uma garota muito solitária, depois do primeiro lar adotivo que eu fui espancada com apenas cinco anos, e só descobriram pela visita da assistente social, eu fui devolvida para o orfanato, passou vários meses, para que eu desejasse um adulto se aproximar, e foi nessa época que as meninas que tinham quatro anos se aproximaram de mim, assim criamos um laço de amizade muito

grande. Quando era noite de tempestade, com trovoadas e relâmpagos, nós dormíamos as três na mesma cama.

Isabelle é surda de um ouvido, não há quiseram devido o seu problema físico e ninguém se interessou em comprar um aparelho auditivo para ela, é a primeira coisa que vou fazer quando ganhar meu primeiro salário é leva-la a uma consulta e comprar um aparelho para ela.

Hadassa é a pimentinha do trio, na primeira vez em que foi adotada, quase colocou fogo na casa dos seus pais adotivos. Foi devolvida e nunca mais ficou na lista da adoção, eu surtava, só de pensar que alguém poderia fazer mal para mim, quando mais me adotar.

Elle Maxime, nunca conheceu sua família, foi deixada ainda bebê na porta de um oOnde histórias criam vida. Descubra agora