Elle Maxime

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- Minha filha, nunca quis saber quem são seus pais? – Dona Léa me
pergunta, eu olho para ela e fico triste.
- Hoje eu não faço mais questão...eu tenho minhas irmãs. Nem uma,
de nós três, fazemos mais questão. Lanna tentou saber para nós, os
meus sumiram do mapa, não me quiseram...e das meninas, ela não
sobe nos informar.
- Está tudo bem, minha filha. Você agora tem Wolfe e a nós somos
sua família agora. – Dona Léa fala.
- Eu agora sou muito feliz...as vezes, eu fico com medo, de estar
sonhando, e acordar naquele orfanato. Ainda acho que não sou digna
de ter Wolfe, e dele querer casar comigo
- Minha linda, não pense assim...deixa eu te contar uma coisa, em quanto Sam está no provador, verificando o seu terno novo, e as duas estão de olho naquelas pulguinhas. Eu sorrio, com apelido que ela colocou, na Deise e na Dianna. Ainda
pouco, Dianna chegou com olhos cheios d'água, sentida por ter apertado o dedo indicador na porta, Deise ficou logo nervosa, querendo chorar também. O celular da minha sogra tocou, e ela
mostrou o visor, Lucian! Querendo saber da Deise, ele sentia que ela estava chorando. Só ficou contente quando falou com ela por telefone, engraçado foi ela explicar para ele, que estava chorando porque a Dianna, também
estava. Fazendo Dona Léa gargalhar da situação. Dona Léa, acalentou um pouco Dianna, logo essa voltou a correr. Por
mais que ela seja esperta, e muitas vezes entender algumas, coisas, mas ainda é um bebê de 2 anos. Só chora, se estiver machucada, ou fizerem medo para ela, no resto é só alegria. Até esqueceram do susto que elas levaram.
- Hoje você vai conhecer mais 2 filhos meus. – Ela fala.
- A senhora tem mais dois filhos?
- São de criação: Tiger e Canon, os dois moram em Charlenne.
- Porque eles não moram com vocês?
- Tiger é casado com Vanessa, e Alfa de Charlenne, e Canon é o seu
beta, eu tenho dois netos, Arthur e Amanda. Meu Canon, que é mais
solitário, mas não larga o irmão. Eles sempre foram assim, desde
quando nós, os encontramos na estrada.
- Na estrada?
- Sim, há muito anos, ou seja, séculos... - Ainda não consigo me
acostumar que eles vivam muito. - Nós estávamos morando no
Território de Dakota, eles dois são nativos americanos, sua tribo foi
dizimada, aliás, foi a única, que eu ouvir falar, que tinham genes
lupino...quando eu os conheci, fazia dois anos que eles viviam
sozinhos, Tiger tinha 12 e Canon 10 anos.
- Eles moravam com alguém? – Eu pergunto.
- Elle, meus filhos estavam só no mundo, comiam o que
roubavam...Meu Luke, sentiu o cheiro neles. Tiger, estava para ter a
primeira transformação, os trouxe para nossa casa. No começo foi
difícil, eles não confiavam nos brancos, depois, fomos conquistandoos, pouco a pouco. Hoje meu filho, é um grande Alfa, foi para
faculdade, se formou.
- Ele é formado em que?
- Administração, e os outros cursos.
- Hã...
- Filha, vivíamos numa época, que caçadores queriam nos pegar,
vivíamos sempre mudando de região, para disfarçar, vivíamos 10 anos
naquele lugar, depois partiamos para outro, minhas crianças
estudaram muito.
- Nem quero imaginar, quantos diplomas, eles têm. - Eu falo.
- Muitos! – Ela diz sorrindo.
- Elas são Lobisomem? – Eu pergunto, acenando com a cabeça para
as, atendentes.
- Só uma, a outra é humana igual você. Muito em breve, você
também, vai sentir o cheiro, e identificar um de nós...Wolfe, explicou
para você?
- Sim Senhora.
- Então não se preocupe, estamos aqui para ajudá-la, no que for
necessário.
- É tudo novo para mim, não sei...
- Elle, para mim também não foi fácil, a única coisa que me fez, estar
nessa vida, mais de quatrocentos anos? Foi o amor que eu sinto por
Luke McDonald. Senta aqui. – Nós duas sentamos no sofá lindo, tudo
é lindo, nessa butique. – Deixa, só eu dar algo para as
minhas pulguinhas comerem, porque os homens vão demorar mais um
pouco.
Ela chama as duas, que vem correndo. As duas abraçam a Dona Léa,
que cheira a cabeças delas.
- Eu acho que não tem cheiro melhor, do que dos meus filhotes. Elle,
eu sinto que você vai ser uma grande mãe.
- Eu vou amar tantos os meus filhos...
- O que é mamãe? – Deise fala.
- Oti é mamãe? – Dianna tenta imitar a Deise. – Ola Ely me dodói. –
Ela me mostra a ponta do dedo que ainda está vermelha.
- Não fique mais perto da porta, lindinha. – Eu falo para ela.
- Tá. – Ela responde sorrindo.
- Olha que a mamãe trouxe.
Ela fala, e abre uma bolsa térmica, e tira de lá, danone, biscoito e
banana. Ela dar os danone para duas, que ficam encostadas no sofá,
comendo. Elas, tem sorte, em ter Dona Léa, como mãe. Na idade
delas só tive maus tratos.
- Elle, quando eu vi, pela primeira vez Luke, eu tinha 10 anos de
idade, minha mãe fazia meses que tinha morrido, meu pai nos
sustentava, costurando, ele era alfaiate. Naquela época, eu fui muito
maltratada pelas outras crianças, porque, era pobre, e não tinha mais
minha mãe, cresci sem os cuidados de uma mãe, se o meu pai
trabalhasse, nós tínhamos comida, se não, era só água, mas ele não me mandou para nem um orfanato, parentes não me queriam, por ser
pobres também. Um dia, meu pai recebeu duas encomendas, eu tive
que sair para ele, para comprar linha, no antigo mercado da cidade,
quando eu cheguei lá...
- Mamãe, eu terminei. – Deise, nos interrompe.
- Eu também... – Dianna fala, com a boca toda suja.
Dona Léa, limpa elas com lenço umedecido, e dar para elas, biscoito.
Pergunta se eu quero, eu faço que não. Elas vão na direção de Belle e
Hada. Dona Léa, olha elas se afastando, seu semblante é cheio de
amor.
- Você sabe, o quanto tempo, eu esperei, para ter meninas?
- Eu imagino. – Eu falo.
- Muito tempo, eu queria adotar, mas tinha medo de Luke não aceitar.
Mas quando você apareceu, eu fiquei entusiasmada em adotar Belle e
Hada. Luke é sistemático, nunca vi, ele se aproximar de crianças
humanas, ele está muito feliz, pelas nossas filhas, você vê, o jeito
deles com as minhas pulguinhas? Fora que ele não vai facilitar para
Sam e Liam. Vai proteger Belle e Hada, até dos filhos! Vocês
chegaram para transformar um clã de Lobisomens.
- Eu que o diga! Não consigo ver, minha vida, sem Wolfe e vocês.
Eu ganhei um abraço dela, bem apertado. Nossa! Ela tem muita força!
- Sam já terminou, vamos lá!
Nós nos levantamos, eu fui ficar com as meninas, minha sogra foi
conversar com o filho. Ele fala alguma coisa para ela, que sorri. A
moça que estava atendendo não disfarça, a fascinação por Sam, que
nem dá bola, para garota.
- Ele vai ficar mais bonito. – Belle fala.
Ele escutou, o que ela falou, porque olhou para nós, e deu uma
piscada para Belle. Essa corou até a raiz do cabelo.
- Belle! – Hada diz sorrindo.
- O quê?! – Ela fala.
- Isabelle Palmer, está me saindo...
- Eu sou surda, não cega! – Belle fala, e Sam olha sério para ela.
- Nós já conversamos sobre isso Belle, você não é surda! – Eu falo.
- Para com isso Belle. – Hada fala. – Sam, não gosta, quando você
fala assim, ao seu respeito.
- É difícil para mim, meninas, eu sempre escutei pouco com um lado,
faz só alguns dias, que eu estou usando o aparelho...
- Tudo bem, mas não fale mais assim de você.
- Está bem.
De repente, escutamos um barulho, quando olhamos, Deise com as
mãozinhas na boca, assustada. Ela se encostou em um manequim,
caindo em cima dos outros. Ela olha assustada para Dona Léa.
- D-Desculpa M-Mamãe..n-não f-fiz q-querendo ... – Ela fala chorando.
– M-Me d-desculpa...
Dona Léa, pega ela no colo, abraçando-a, consolando, falando que
está tudo bem. A dupla das pulguinhas são demais! Olhamos para
Dianna que começa a virar os lábios, Sam pega ela no colo, falando
algo no ouvido dela, que começa, rir. Dona Léa, passa o seu celular
para Sam, ele olha para visor, ele abre um sorriso.
- Aló, Lucian...
Ele fala, da onde eu estou, consigo escutar a conversa perfeitamente,
incrível, a minha audição...está acontecendo! Como Wolfe falou!
- Elle? O que foi? Está se sentido mal novamente? – Hada pergunta.
- Está...tudo bem...
- Foi um acidente de percurso, mas ela não está machucada, mamãe
estar dando água para ela. Daqui nós vamos para livraria e papelaria,
e almoço! Como está por aí?
Eu escuto a resposta de Lucian, e fico assustada. Meu deus! Será que
foi a mesma fêmea que invadiu a casa está madrugada? Dona Léa,
pega na mão da Deise, que está mais animada. Conversa com a dona
da butique, passa o cartão. Só os homens que não vieram hoje, vão
ter que vim experimentar os paletós, que foram separados. Wolfe não
vem sozinho!
Eu morrendo de sede, eu peço para uma das atendentes, que rápido
vai providenciar. Estou com muita saudade de Wolfe. Nem acredito
que eu vou casar.
- Vamos meninas! Para nossa outra missão! – Dona Léa nos chama.
Saímos da Butique, com Sam carregando a caixa enorme, com meu
vestido de casamento, e algumas sacolas. Colocamos as coisas no
carro, e atravessamos a rua.
Quando nós entramos, fomos recebidos por uma jovem, na idade da
Belle e Hada, cumprimentou Sam e Dona Léa, com respeito, quando
ela me olhou, foi nítido, ela curvou a cabeça para mim, que sorri do
gesto dela.
Ela pegou, as duas listas da mão da minha sogra. Belle olha,
fascinada para os livros, fazendo Sam olhar para ela encantado. Como se tivesse, ímas nos, livros, ela foi na direção das estantes de
livros.
Minha sogra se aproxima e pede para Hada, dar uma olhada nas
pulguinhas, porque o Sam, está tendo um ataque de ciúmes. Quando
eu olho na direção da Belle, ela estava conversando com um rapaz,
sobre os livros.
- Quem é ele? – Eu pergunto.
- É um jovem professor da escola da cidade.4
- Ah...
- Homem em si, já é possessivo, imagine um Lobisomem, que é
quatro vezes mais. Meu Sam, puxou ao pai, aliás os três. – Dona Léa
diz sorrindo.
- Estou curiosa.
- Com o quê?
- Dona Léa, a senhora nem terminou de contar sua história.
- Ah sim, onde eu parei?
- Quando a senhora viu Luke McDonald.
- Quando eu entrei naquele mercado, Luke estava de costa para mim,
algumas vezes, de longe, eu já tinha o visto andando pela cidade,
como eu era muito curiosa, eu notei que ele sempre mexia o nariz,
como se estivesse cheirando algo, tipo um cachorro farejando. Eu não
percebi, quando eu me dirigir ao balcão, ele estava me olhando. Bem
baixo, eu escutei um rosnado, eu me virei pensando que eu tinha
pisado no rabo de algum cachorro...Luke me olhava espantado, e o
amigo dele, estava rindo.
- Ele sentiu o cheiro da companheira dele...
- Sim...mas eu fiquei com medo dele, eu não sabia, naquela época, eu
não sabia o que ele era, só tinha dez anos. Eu fugir, só deu tempo deu
pegar a encomenda e correr. Passou alguns dias, meu pai começou a
receber encomendas de um Senhor, uma pessoa que trabalhava para
ele, sempre vinha encomendar, que sempre pagava direitinho,
começamos a melhorar de vida um pouco. Só depois eu descobrir que
era Luke nos ajudando....
Passaram 8 anos, eu estava no café, eu tinha acabado de entregar
uma encomenda. Quanto eu sentir o cabelo da minha nuca se
arrepiar. Eu vejo o meu amor sentar na minha frente, todo educado,
eu fiquei assustada, ele não envelheceu nem um pouco. Naquele dia
nossa ligação se completou.
- UAU! – Eu falo.
- Ele primeiro, tornou-se meu amigo e sumia alguma vezes. Um dia,
eu levei uma encomenda para uma madame, na volta, peguei o
caminho mais longo, para olhar as vitrines, não percebi, mas estava
sendo seguida por dois homens. Eu corri tanto e entrei em um beco,
infelizmente não tinha saída, eu estava tão desesperada, que não
percebi, que tinha algo atrás de mim, que assustou aqueles homens.
Seu rosnado era de uma criatura furiosa, eu estava tremendo tanto.
A fera acabou tão rápido com aqueles homens, seu uivo era tão forte,
que quase estourou meus tímpanos, quando chegou perto de mim, eu
acabei, desmaiando. Acordei no meu quarto no outro dia, sem nem
um machucado.
- Era o seu Luke, a criatura?
- Sim...na cidade só falava, da criatura, que muitos escutavam seus
uivos a quilômetros. Luke retornou, e estava estressado, chamou a
minha atenção: por andar na rua, naquele horário. Foi aí, que eu
lembrei, que não tinha contado nada a ele.
- Comecei a encaixar as coisas, o jeito dele mexer o nariz, os
rosnados que ele fazia. Eu sabia, o que ele era, mas tinha medo de
falar...e ele sumir de vez. Um dia estava cansada de fingir, porque eu
já estava apaixonada pelo meu Luke.
- Os homens na cidade se reuniram para pegar o cachorro grande,
que alguns moradores, tinham visto. Eu sabia que toda noite, ele me
vigiava e as vezes...eu escutava os choramingo dele...numa noite, um
dos homens acertou um tiro, nele.
- Eu fiquei desesperada, passei a madrugada em claro, pela manhã,
ele apareceu, com se nada tivesse acontecido. Eu o abracei, olhando
onde o tinham se machucado e comecei a chorar, e ele ficou tentando
me consolar, foi quando eu me declarei para ele e disse que eu sabia
o que ele era. Luke ficou assustado, perguntou se eu não tinha
medo...resumindo: Lobisomens se curam rápido, bala não mata.
- Ele se declarou, casamos, meu pai ficou doente, ele sabia o Luke era
um Lobisomem e disse que não se importava, quando meu pai
morreu, eu aluguel a casa. Luke me transformou, me contou sua
história, sua idade, o quanto ele tinha me procurado e esperado.
Nunca vou esquecer, o rosto do meu marido, quando pegou Wolfe,
pela primeira vez no colo.
- Quando eu tive o Liam, começamos a ser perseguidos, foram anos
sofrendo. Mas vencemos, hoje somos muito felizes, não trocaria
minha vida, por nada no mundo.
- Elle, assim como você, eu já fui humana, tive medo, em não ser
suficiente para Luke. Mas Wolfe, é todo o pai, sempre vai estar do seu
lado; amando, protegendo, cuidando, ensinando...muitas vezes, vai
ser ciumento, possessivo, mas seu amor vai ser para sempre, então, é
só tirar as dúvidas com ele. Ok? Você será a grande mulher do Alfa de
Blue Mountain!
- Assim, eu espero...
- Venha! Vamos verificar o material escolar das meninas...o que não
tiver, compramos em Santorin. Eu preciso fazer uma visita a minha
amiga Luna.
- Quem é ela?
- Mãe de Lucian e Enzo. Ela vai amar conhecer vocês!

Elle Maxime, nunca conheceu sua família, foi deixada ainda bebê na porta de um oOnde histórias criam vida. Descubra agora