Winter's pov:
Mantenho todas as luzes desligadas e me esgueiro pelo interior, vistoriando todos os cômodos. Jimin já examinou o apartamento, mas achei que não faria mal algum dar uma nova olhada. Depois que tive certeza de que ninguém estava escondido sob os móveis, atrás do box do chuveiro ou nos armários, visto uma calça jeans e um moletom. Encontro o celular de emergência que minha tia mantem no estojo de primeiros socorros e disco o número dela.
Ela atende no primeiro toque.
— Alô? Minjeong? É você? Onde você está? Estou morrendo de tanta preocupação!
Respiro fundo, rezando a fim de encontrar as palavras certas para me livrar dessa situação.
— Eu preciso explicar... — começo a falar com minha voz mais sincera e lamentosa.
— As vias próximas a principal foram inundadas e ficaram fechadas. Precisei voltar e ficar no escritório, que é onde estou agora. Tentei ligar para casa, mas aparentemente os telefones estão mudos. Tentei seu celular, mas você não atendeu.
— Peraí. Você estava no seu escritório o tempo todo?
— Onde você achou que eu estivesse?
Solto um suspiro de alívio inaudível e me abaixo para sentar na beira da banheira.
— Eu não sabia — exclamo. — Também não conseguia falar com você.
— De que número você está chamando? — Pergunta Taeyeon. — Não estou reconhecendo.
— Do celular de emergência.
— Onde está seu telefone?
— Carregando a bateria.
— Ah, entendo. Ligo para você assim que abrirem a estrada — ela diz.
Em seguida, ligo para o celular de Ningning, mas ela não atende.
Enfio o telefone no bolso, tentando me convencer de que minha amiga está segura já que estava com Aeri. Mas eu sei que é uma mentira. O fio invisível que nos une vem me avisando há horas que ela está em perigo. Para falar a verdade, a sensação cresce a cada minuto.
Na cozinha, vejo um frasco com comprimidos de ferro sobre a bancada e vou direto pegá-lo, abro a tampa e engulo dois com um copo de água. Fico quieta por um momento, esperando surtir efeito, sentindo a respiração se aprofundar e se acalmar. Eu estou devolvendo a garrafa de água a geladeira quando o vejo postado no portal entre a cozinha e a lavanderia.
— Jong Seong? — Pergunto.
Ele inclina a cabeça para um lado, demonstrando ligeiro ar de diversão.
— Parece que cheguei em uma boa hora.
Recuo até a pia, aumentando a distância entre nós. Jong Seong não se parece nada com o garoto que um dia chamei de amigo. Os olhos parecem mais agressivos, com um toque negro dentro deles.
— O que você quer? — Pergunto.
Ele ri.
— Muitas coisas. Esperei lá fora antes de entrar, até que sua namoradinha partisse. Mas acredito que a essa altura ela já não é mais um problema.
Meu coração acelera dentro do peito e apoio uma das mãos na bancada para me manter estável.
— Sei que você andou me espionando.
— É tudo o que você sabe sobre mim? — Ele pergunta com olhos penetrantes.
Lembro-me da noite em que encontrei alguém dentro do meu quarto.
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Dark Prelude - WinRina
Fiksi PenggemarEm Seul - Coréia do Sul, sem que o restante da humanidade saiba, desenrola-se uma intensa guerra, entre caídos e celestiais. Vivendo às sombras da sociedade, ninguém deseja mais que esse conflito chegue ao fim do que Yoo Jimin, alguém que carrega co...