12 | O figurino.

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S U N G H O O N

É curioso como, às vezes, a vida nos surpreende de maneiras inesperadas, não acha? Há aproximadamente três dias, eu me peguei fantasiando sobre como seria interagir com Sunoo e conseguir engajar uma conversa interessante com ele

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É curioso como, às vezes, a vida nos surpreende de maneiras inesperadas, não acha? Há aproximadamente três dias, eu me peguei fantasiando sobre como seria interagir com Sunoo e conseguir engajar uma conversa interessante com ele. No entanto, agora me encontro relaxando na minha cama aconchegante, com o próprio jovem de cabelos cor-de-rosa ao meu lado. Kim repousa serenamente, exibindo uma expressão encantadora, com seus lábios levemente franzidos e alguns fios de cabelo espalhados pela testa.

Por um momento, a ideia de acariciar sua face e depositar um beijo carinhoso me passou pela mente, mas prefiro não tornar minhas intenções tão evidentes.

Levantei-me silenciosamente, fechando cuidadosamente a porta de madeira do quarto. Havia uma pilha de trabalho me esperando, e embora minha paixão estivesse dormindo pacificamente em minha cama, ainda restava um projeto universitário a ser concluído, o que me obriga a manter um equilíbrio entre minha vida pessoal e acadêmica.

Preparei meu material de costura e o tecido que utilizaria, visualizando mentalmente a peça finalizada, apenas aguardando para ser trazida à realidade pelas minhas mãos.

Cerca de dez ou quinze minutos depois, já havia avançado significativamente na confecção da peça. No entanto, como a sorte de um estudante universitário é frequentemente efêmera, acabei me ferindo com a agulha. Tentei manter a calma, especialmente ao ouvir os passos de Sunoo no piso da sala, acompanhados por um suspiro suave.

── Eu sei que você está aí, Sunoo-ssi, ─ declarei ao perceber sua intenção de permanecer à porta, observando-me trabalhar.

Kim aproximou-se, seus olhos brilhando de curiosidade sobre a peça em meu colo. Encontrava-me em uma situação um tanto quanto caótica, com o dedo na boca tentando estancar o sangramento causado pela agulha.

── Uau, você fez isso em quanto tempo? Pelo que me recordo, você ainda não tinha começado ontem, ─ ele expressou, visivelmente impressionado.

── Consegui fazer bastante em pouco tempo, ainda faltam alguns ajustes. Acordei bem cedo. O que você acha? Está ficando bom? ─ perguntei, ainda com o dedo na boca e uma ansiedade palpável, dada a minha falta de confiança no próprio trabalho, sendo Kim a primeira pessoa a ver a peça.

── Bem, só poderei dar um veredicto definitivo quando eu ver a peça em você, ─ respondeu o jovem de cabelos rosados, sentando-se à minha frente. ── É impressionante como uma peça de roupa pode ter mais privilégios do que eu.

Sorri discretamente, retirando o dedo da boca, e nesse momento, ele notou o vermelhidão em meu dedo indicador.

── Meu Deus, Sunghoon, o que você tem de talento, compensa em acidentes, ─ Sunoo brincou, levantando sua blusa volumosa para enrolar um pedaço do tecido ao redor do meu dedo, expondo suas coxas fortes e definidas.

Nossos olhares se encontraram, após eu ter lhe lançado um olhar indiscreto. O ambiente estava totalmente silencioso, exceto pela minha respiração ofegante e a calma de Sunoo.

── É uma bela vista, não é, hyung? ─ ele provocou.

Mantive-me calado enquanto Kim Sunoo se dirigia à cozinha para pegar uma pequena caixa de curativos, sabendo exatamente onde ela estava guardada.

Observava-o em silêncio enquanto fazia o curativo em meu dedo com toda delicadeza e atenção.

── Obrigado, ─ murmurei, um tanto envergonado.

── Mostre sua gratidão vestindo esse figurino. Preciso dar meu veredicto final, gatinho.

E assim, a situação voltou ao seu curso habitual: eu tomado pela vergonha e Sunoo, transbordando provocação.

Apesar de a peça não estar completamente finalizada, decidi vesti-la para ter uma ideia de como ficaria. Corri para o quarto, coloquei a peça e, claro, dei uma última olhada no espelho antes de sair. Apesar das minhas inseguranças, era inegável que aquela era a criação mais esplêndida que eu havia concebido.

Ao retornar ao local onde Sunoo me esperava, seus olhos examinaram atentamente o figurino e, mais importante, minha expressão reservada.

── Você está deslumbrante, Hoonie. Meu Deus, está absolutamente radiante; estou sem palavras, ─ ele exclamou, suas ações refletindo plenamente suas palavras. Parecia a ponto de saltar e celebrar, demonstrando genuíno apreço pela peça.

Seu entusiasmo era tão evidente que nem hesitou ao se aproximar, pulando levemente e me dando um rápido selinho.

── O que foi? Já é um lucro ter sido apenas um selinho. Por um momento, cheguei a imaginar te empurrando para o sofá e me acomodando no seu colo, ─ ele disse com uma naturalidade surpreendente, enquanto voltava para a cozinha para pegar um copo d'água.

── Não se iluda, Kim Sunoo. Você só está assim porque estou permitindo, ─ retruquei.

── Ah, Sunghoonie! A única razão pela qual seu espetáculo de provocações funcionou ontem foi porque eu estava exausto. Eu que deixei você se divertir, ─ ele respondeu, mantendo o tom de brincadeira entre nós.

Nossa troca de farpas e provocações, misturada com momentos de cuidado e admiração mútua, desenhava o contorno de nossa relação única. Mesmo nos momentos de trabalho e concentração, a presença um do outro trazia uma leveza e um calor que tornava qualquer tarefa mais agradável.

Continua...

i n t e r a ç ã o!

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i n t e r a ç ã o!

vocês têm algum animalzinho de estimação? se sim, qual?

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Kiss with Gloss  ─  Sunsun. Onde histórias criam vida. Descubra agora