36. 𝒟ℯ́𝓈𝒾𝓇

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- SAUDADES-



— Leia isso. — Will jogou uma pilha de livros na mesa, levando a garota a suar frio. Deveria ser uns dez livros? Ártemis queria enfiar a cabeça em um buraco. Observava os títulos. Tudo envolvia estratégias, planos de guerrilha ou então sobre a magia de feiticeiros e magos. Ler obrigada era ruim, preferia mil vezes poder escolher, mas, sabia que isso era o melhor para ela.

Will lhe deixou na biblioteca. Os livros eram a companhia da feiticeira que deveria quebrar a sua maldição. Não conseguiu se encontrar com Félix e quando perguntou ao duque, sua teoria de que ele estivesse em missão foi confirmada. Esperava que nada de ruim o acontecesse.

Ártemis já lia a metade dos livros, com a vista cansada dado as mais de quinhentas páginas que deveria ler em cada um. Já se passara uma semana desde que o duque lhe deixara no comodo.

Um suspiro saiu de seus lábios ao terminar de ler um trecho de uma carta que Will lhe falou sobre um amigo que o escreveu, com o título "A Arte da Guerra", porém, estava incompleto ainda.

Entretanto, um parágrafo escrito lhe chamou atenção.

"A arte da guerra é de vital importância para o Estado. É uma questão de vida ou morte, dela depende o caminho para a segurança ou para a ruína. Desse modo, trata-se de assunto a ser pesquisado e que não pode, de jeito algum, ser negligenciado"

Ártemis leu com atenção, pensando na situação que o amigo dele deveria estar ao escrever e como o que ele escreveu poderia ser interpretado até os dias atuais.

Vida ou morte. Segurança ou Ruína.

São decisões que tomados no nosso dia a dia, decisões que as autoridades podem fazer e mudar a vida das pessoas, tanto para o bem quanto para o mal, ou seja, para a segurança ou a ruína, como o próprio trecho diz.

Em sua situação, a feiticeira sabia que estava na vida ou morte. Ela poderia criar uma guerra apenas para quebrar a maldição dos Krystall', a "Maldição de Érebo", e poderia libertar a sua própria, mas, para isso, sangue é o risco que pode ser derramado.

Pessoas podem morrer.

Ela pode morrer.

A menina tateava seus dedos na mesa, descansando depois de uma longa leitura de estratégias. Bolar um plano para se salvar e aparentemente descobrir mais sobre a outra maldição era cansativo.

— Está fazendo sua lição de casa direito?

A voz do loiro mais velho e duque de Annecy foi escutada e a vampira sobressaltou sem esperar. Ela virou seu rosto e notou os olhos azuis do mais velho fixados nos livros que já estavam concluídos em leitura.

𝐁𝐔𝐓𝐓𝐄𝐑𝐅𝐋𝐈𝐄𝐒 - Vanitas no CarteOnde histórias criam vida. Descubra agora