Capítulo XXIV (Último)

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Emily Jones

Quando Thomas terminou, Emily sentiu lágrimas brotarem em seus olhos.

Ainda pensava em como teria sido a infância dos irmãos Shelby. Thomas tinha apenas cinco anos quando ouviu barulhos de tiros pela primeira vez. Por quantas mais coisas aquele menino havia passado, mesmo tão pequeno?

Emily, antes que pudesse dizer algo, ou deixasse Thomas falar, encarou os olhos azuis do homem à sua frente, o abraçou.

- Obrigada - ela deixou as lágrimas que mantinha nos olhos caírem livremente. - Por me contar tudo isso, obrigada.

- Você precisava saber - Thomas lhe abraçou de volta, segurando suas costas. Em sua voz, havia alívio. Tinha sido a melhor coisa aos dois. - Emily, - Thomas a chamou, voltando o olhar para ela - me perdoe por não ter te contado isso antes... Não poderia ver você derramar lágrimas por minha culpa - o rapaz levou uma das mãos ao rosto da jovem, limpando com o polegar as lágrimas que desciam de seu rosto.

- Mas não foi culpa sua - Emily respondeu, pressionado a mão em seu rosto. - Você era uma criança, Thomas. Ora, como saberia que aquele seria o meu pai?

- Talvez, mas... - Thomas abaixou os olhos. - Me culpo por não ter te contado antes. Quando te conheci... Descobri que você era a filha dele. Eu poderia ter falado, mas não falei...

- Você teve medo, só era um pouco mais velho que eu - Emily abriu um sorriso acolhedor. - Não conseguimos segurar todo peso do mundo sempre.

Thomas sorriu junto à mulher. Lhe fixou o olhar, até gravar em sua mente a exata cena que acontecia. Seu sorriso, os olhos verdes, as maçãs do rosto coradas, os cabelos negros descendo como ondas em seus ombros.

- Olha, acho que nunca amei tanto alguém como você, Emily Jones - Thomas segurou seu queixo.

Emy voltou a ter lágrimas nos olhos, mas desta vez não eram de tristeza.

- Digo o mesmo, Thomas Shelby.

O mesmo que ainda tinha a mão em seu rosto, se aproximou, com carinho, até seus lábios se tocarem num beijo suave, até se tornar urgente.

Os dois tinham nítida certeza de que precisavam daquilo. Daquele amor, numa trocs, como a relação de um casal - exatamente o que se deveria ser.

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Thomas Shelby

Thomas sentiu o coração palpitar de repente, como de um garotinho assustado. Já tinha pensando naquela pergunta a muito tempo, desde garoto, mas sempre em uma brincadeira pura, pensando por pensar.

Contudo, naquele momento, começou realmente a pensar naquilo. Só tinha a dúvida se deveria mesmo falar. Tantas coisas, tantas...

Thomas suspirou.

- O que houve? - Emily o olhou atentamente.

O Shelby abaixou a cabeça, mas sorriu.

- Acho que estou ficando louco.

- Por quê?

- Quer se casar comigo?

Emily arregalou os olhos. Ficou sem reação por alguns segundos, fazendo Thomas tremer de medo da resposta - perguntando se estava certo - até a mesma apoiar o rosto nas mãos e dar uma risada gostosa. Thomas se aliviou.

- Você realmente está ficando louco, sabia?

- Só se for por você, definitivamente - Thomas sorriu como a muito tempo não fazia.

Seus músculos se tensionaram. Só havia um resposta.

- Sim, Thomas - Emily riu e sorriu. - É claro que aceito.

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𝙊𝙨 𝙄𝙧𝙢𝙖̃𝙤𝙨 𝙎𝙝𝙚𝙡𝙗𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora