Harry P'O'VSentir as mãos de Malfoy deslizando meu corpo me trazia uma sensação nova, e não estou dizendo que não gostei.
Estar com alguém do mesmo sexo sempre parecia mais fácil pra mim, talvez pelo fato de eu ser bisexual assumido, mas de uma forma estranha, ficar tão próximo de Malfoy agora era diferente, parecia que eu estava quebrando regras e me envolvendo com o maior criminoso do estado.
E talvez ele fosse.
Não criminoso do jeito que todos nós conhecemos, mas igualmente perigoso quando se tratava da tensão sexual que saía dele.
Não havia como não corresponder aos seus movimentos, nem retribuir suas atitudes, ele era quente como o inferno.
E porra, como eu o queria.
"Um dia vocês ainda vão acabar na cama", lembrar do comentário de Rony há quase três anos atrás me fez rir e tirando os lábios do meu pescoço, Malfoy me encarou de cenho franzido.
— O que foi?
— Nada.. – respondi com a voz baixa e apenas sorri quando sua mão desceu até minha bunda e a apertou me fazendo fechar os olhos e morder os lábios.
— Tava louco pra fazer isso.. – ele acariciou a área antes de apertar de novo, dessa vez, me fazendo gemer baixinho. — Eu nunca tinha reparado no volume dela.. Só preciso vê-la agora pra elogiar de novo e com mais segurança.
Engoli seco.
— Malfoy.. – ele revirou os olhos.
— Draco – pediu — Prefiro quando me chama de Draco... – assenti meio inseguro — O que ia dizer?
— Porquê não deixamos isso... – ele negou e juntou nossos lábios por vários minutos tentando, talvez, acabar com meus argumentos fajutos.
Estava claro que eu estava a mercê dele e meu corpo me denunciava descaradamente.
Porquê fazer cu doce, então?!
Coloquei uma perna ao redor da sua cintura enquanto ele me deitava no sofá; não tínhamos coragem de sair dali, ou talvez o medo de tombarmos nas escadas pela bebida, fosse grande. Sendo assim, eu coloquei meu pescoço pro lado, dando total liberdade para que explorasse qualquer área que quisesse ou desejasse. Eu não tinha bebido o suficiente pra me considerar bêbado amanhã quando nós acordássemos, e o que eu podia fazer então?! Aceitar que tanto Malfoy quanto Eu, estávamos sedentos por aquele momento há dias.
Ele apoiou a mão em minhas costas e abaixou a minha perna, deixando-me com o corpo reto enquanto ele me olhava por completo e atentamente. Ele de fato estava bêbado, mas o seu jeito de me olhar e me tocar, diziam o contrário.
Ou talvez o efeito da bebida o deixasse assim, mas atrevido e com movimentos precisos.
— Não podemos nos esquecer dessa noite.. – ele lembrou e eu ri — Sei que da última vez, bebemos tanto que acabamos nos casando e acordando aqui.. – ele sorriu e inclinou o rosto sobre o meu, mordiscando meu queixo antes de me olhar outra vez. — Eu sei o que está pensando, e talvez, eu também tenha pensado nisso, mas precisamos aproveitar, Potter, sem nos importar com um arrependimento que talvez nem aconteça.. – eu respirei fundo quando ele pôs uma mão em minha barriga, descendo até o volume entre minhas pernas — Eu quero sentir você, eu preciso ter você nem que seja por uma única noite.
— E o que acontece de manhã? – não evitei a pergunta porque era óbvio que quando nós dois acordássemos, um de nós não diria 'bom dia' ou se encararia por mais de cinco segundos. E por mais que eu não me importasse com isso ou ter algum tipo de proximidade com Draco Malfoy, eu não podia deixar de saber qual seriam as atitudes futuras dele.
— Tomaremos café?! – perguntou em deboche e eu revirei os olhos, ouvindo-o rindo. — Eu sei do que está falando, e não pense que deixarei de falar contigo ou me afastarei.. – ele fez uma pausa — Não construímos muita coisa mas eu sei que ao menos ficar no mesmo ambiente um do outro, será mais fácil daqui pra frente. Pelo menos, nossos amigos nos deixarão em paz...
— Se você não estragar tudo na volta pra casa..
— O que está insinuando, Potter?! – dei de ombros tentando levantar do sofá, quando ele me puxou, fazendo com que eu sentasse em seu colo agora.
— Você sempre fala demais, assim como seu irmão.. – ele riu — Não temos nada, então não quero que comente isso com ninguém, vamos evitar os comentários dos nossos amigos e principalmente da Pansy. – ele concordou sorrindo.
E droga, porque ele tinha que sorrir?!
— Por mim, tudo bem. Nosso caso ficará em segredo.
— Você sempre inverte as coisas.. Não temos um caso, Malfoy. – ele desdenhou e pôs as duas mãos em minha bunda, fazendo com que eu me inclinasse ainda mais pra perto dele. O hálito quente do whisky soprou em minha pele e mordendo o lábio, Draco me encarou fixamente antes de puxar minha camisa pra cima e passar a língua entre meus mamilos.
— Não vamos mais perder tempo falando. – rosnou — Vamos aproveitar o máximo que conseguirmos, Potter.
Assenti beijando-o com vontade porque sim, eu o queria mais do que minhas palavras poderiam dizer e foda-se nossa rixa sem motivos, nossas faíscas trocadas e tudo o que poderia acontecer daquele momento em diante. Atingiríamos um novo nível de intimidade, nível que talvez fosse perigoso demais pra ser enfrentado, mas eu não me importava, de forma alguma, eu queria pensar no que podia ou não acontecer na manhã e em todos os dias seguintes.
Eu transaria com Draco Malfoy e fodam-se as consequências.
Com nossas roupas no chão, a única coisa que nos impedia de uma intimidade completa, eram nossas boxers, mas nenhum de nós dois parecia se importar com isso, pelo contrário, um pequeno impecílio deixava tudo ainda mais excitante em vários angulos diferentes. Draco segurava em minha cintura, me fazendo rebolar em seu colo enquanto nos beijávamos e gemíamos com os movimentos; ele sabia onde pegar e apertar, parecia muito mais experiente embora nós tenhamos a mesma idade e aparentemente, nunca vimos ele sair com garotos.
Eu não queria saber onde ele tinha aprendido aquilo, desde que ele me deixasse louco e sem ar.
— Eu preciso sentir você, Potter... – ele ofegou, colocando a mão dentro do tecido preto e puxando meu membro pra fora, deixando-o ainda mais duro e inchado por seus toques. Eu fechei os olhos e gemi enquanto ele me masturbava, sem tirar os olhos do meu pênis. E aquilo podia ser constrangedor em diversas outras situações e com qualquer pessoa, mas eu simplesmente não conseguia sentir aquilo estando com Malfoy, pelo contrário, era delicioso ver ele atento aos seus movimentos, aos meus sons e na resposta que meu corpo dava. — Deite no sofá.
Assim que o fiz ele tirou nossas cuecas e se debruçou sobre mim fazendo com que nossas intimidades se tocassem e causasse uma combustão dentro de nós; eu nunca tinha visto aquele olhar no rosto de Malfoy, mas confesso que estava adorando, o jeito dele me beijar e tocar meu corpo ao mesmo tempo, os inúmeros palavrões usados e o suor que começava a escorrer por suas costas, trazendo o cheiro do álcool e do perfume em algo que eu poderia chamar de mistura do diabo.
Que tesão nesse homem, pelos deuses!
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Mᥲrrᥡ Y᥆ᥙ ~Drᥲrrᥡ~
Fanfiction(FINALIZADA) E se depois de perder uma aposta, você tivesse de ficar preso na mesma casa com uma pessoa que você detesta. Pior, descobrir após horas de bebida na noite anterior, que estava casado?! História de minha autoria, personagens pertencem a...