O Caminho Para As Estrelas

Capítulo 35 (Final).

Alguns dias se passaram,apesar dos imprevistos foram dias calmos,pude passar um tempo com meu pai e conhece-lo melhor,também tomei coragem para falar com meus amigos...apesar de ter sido um pouco ignorado por eles foi bom saber que estavam bem. Meu relacionamento com David ia decolando a cada dia,tínhamos química e isso não dava para negar,nós tiramos um tempinho para treinar nossas habilidades e agora as fortes emoções não nos tiram do controle.

Sobre a proposta de Amélia,nós demoramos um pouco para responde-la,porém estávamos certos de que era isso que queríamos. Tivemos uma breve conversar com sua mãe,uma das cientistas da instituição,pela webcam ela nos deu uma nova perspectiva sobre como as pesquisas poderiam ajudar a gente.

...David e eu não passaríamos a vida toda lá,mas foi legal conhecer toda a estrutura do lugar...

...

...e naquela madrugada,durante um sonho,acordo meio atordoado. Estava tudo escuro,me concentro um pouco fazendo meu corpo brilhar,a luz intensa iluminava todo o quarto,David dormia na beliche de cima e antes que eu pudesse acorda-lo ouço um barulho vindo do lado de fora.

Minha curiosidade me força a verificar o que poderia ser,ao sair do quarto a luz em meu corpo se funde com a estrutura da casa iluminando-a completamente. Estranho,mas em momento nenhum tive medo,assim que chego na sala vejo meus avós sentados no sofá.

— Vocês... — Me empolgo — O que fazem aqui?.

Os velhinhos não dizem nada,ao invés disso ambos sorriem,o gesto me enche de emoção. Depois de uns segundos eles desaparecem,mas o barulho lá fora ainda acontecia,então decido segui-lo. Ao abrir a porta tudo que pude ver foi um céu estrelado e uma mulher sentada na varanda da casa...

— Oi estrelinha. — Ela fala.

...seu corpo também brilhava assim como o meu...

— Mãe?. — Me aproximo.

— Sim?. — Ela se vira e me observa com o olhar doce.

— Eh... — Tento dizer algo.

— Como você está?.

— Bem.

— Da para perceber. — Ela sorri — Você cresceu muito.

— Obrigado. — Falo meio constrangido — Eu tenho tantas perguntas.

— É claro que tem.

— Ao invés disso só quero aproveitar o momento. — Me sento ao seu lado — É estranho,mas eu gosto do jeito que está.

...ela apenas sorri...

— Mãe... — Chamo sua atenção — Eu não estou pedindo nada de mais,só gostaria de saber se estou no caminho certo.

— Se não estivesse seu coração não ia bater tão interessante assim.

— Eu só tenho medo de estar cometendo um erro.

— Bom,erros existem para serem cometidos,o que fazer com eles é o que importa. — A mulher encara o céu — Você está no indo na direção correta e se um erro vier eu garanto que saberá como concerta-lo.

— Acho que entendi.

— O céu está tão bonito.

— Mãe,de onde vem esse poder?.

— De dentro de você.

— Eu sei disso. — Reviro os olhos.

— Não é óbvio?. — Ela faz um gesto engraçado — De onde mais viria?.

— Enfim... — Encosto a cabeça em seu ombro — Ao menos eu posso relaxar aqui.

Ao fechar os olhos me concentro apenas na minha respiração,minha mãe me abraça,seu toque foi mais real do que qualquer outra coisa e de onde ela estiver eu sabia que estaria torcendo por mim...

...

No dia seguinte,seguida-feira,acordamos bem cedo para o café da manhã. Hoje iremos ao centro de pesquisa pela primeira vez,Amélia viria nos buscar a qualquer momento então não tínhamos muito tempo para perder. Enquanto David estava no banheiro eu organizava em sua mochila tudo que iríamos precisar...

— Vão levar só isso?. — Meu pai questiona.

— Pai,serão só algumas semanas. — Respondo — É mais do que suficiente.

— E eles vão me deixar manter contato com vocês?.

— É claro que vão,não precisa se preocupar.

— E eu vou poder saber que tipos de pesquisas irão fazer?.

— Só serão alguns testes. — Movimento os ombros — Não sei mas,tenho a impressão de que eles já lidaram com esse tipo de caso antes.

— Será?.

— Eu sempre confio na minha intuição.

— Nisso eu tenho que concordar. — David aparece.

— Vocês tiveram a audácia de vir até aqui,não os vejo mais como garotinhos assustados,acho que já é o suficiente para mim. — O homem solta um suspiro.

...do lado de fora ouvimos uma buzina,Amélia havia chegado,logo meu pai nos acompanha até a varanda...

— Eu ligo assim que chegarmos lá. — Me empolgo.

— É,vamos trazer uma lembrancinha. — David sorri.

— De um laboratório?. — O homem faz uma expressão confusa.

— Tchau pai,a gente se vê daqui à algumas semanas.

— Se cuidem...

Eu não parava de olhar para trás quando fomos caminhando até o veículo,por mais que isso possa parecer assustador sinto que era o certo a se fazer. Claro,era uma ideia arriscada nos expor dessa maneira para algo que a gente desconhecia totalmente,mas eu não tinha medo,pelo contrário,isso só me enchia de determinação.

Obviamente nossa jornada não acabaria aqui,ainda iria acontecer muita coisa,talvez boas ou ruins. David e eu estávamos juntos nessa,não havia força maior que isso...

...FIM...

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(Obrigado a todos que acompanharam essa história do início,desde já quero me desculpar pelos erros ortográficos e coisas do tipo. Talvez não tenha sido um fim que muitos estavam esperando e entendo perfeitamente,mas foi o melhor que eu pude fazer. Se você tiver interesse tenho outras histórias,basta dar uma olhadinha...um forte abraço e até a próxima história)