XXIII

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Olha eu aqui no meio da semana pra postar um capítulo promissor pra vocês!!!

Espero que gostem, e aposto que vocês vão amar o final, a história tá dando uma boa evolução a partir desse cap!

Beijo, amo vocês! 💜

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Alguns dias são mais difíceis aqui na prisão, hoje está sendo um deles, me sinto sozinha e sem ninguém por mais que eu não esteja, eu sei que não estou. Mas a cada dia que passa, estar aqui se torna mais difícil, não poder sentir o abraço das pessoas que eu amo e o simples detalhe de não poder dormir na minha cama, faz com que tudo se torne impossível e insuportável de passar.

Mais uma vez me encontro escrevendo nesse maldito caderno, é o que venho fazendo desde que a psicóloga me deu ele, e apesar de estar sendo meu refúgio, nada me ajuda na dor que eu sinto. Só me faz sentir mais medo de sair desse lugar e encarar a realidade de não ter mais a minha família por perto.

- Sou eu... - sussurro ao falar quando atendem o telefone - Não fala nada... Só me escuta - Estava com um nó na garganta que eu precisava tirar de mim - Hoje está sendo difícil pra mim e eu não imagino o quanto está sendo difícil pra você aí fora... Não tenho ideia do que está acontecendo, não consigo pensar no que está rolando e o que vocês estão fazendo pra me tirar daqui, pelo menos tentando, porque sinceramente... - rio sem humor - Não sei se vai conseguir... Eu me sinto cada vez mais me afogando em um mar que não entrei, na verdade, minha vida é como Titanic, estava tudo bem... Até bater em um iceberg tão grande que conseguiu fazer um estrago... Me sinto sentenciada à morte como todos naquele navio, estou me afogando aos poucos nesse mar... Não sei se consigo ficar tanto tempo aqui.

- Olivia...

- Não! Deixa eu falar! O que eu quero dizer é que se nada der certo, não quero que lutem por mim, eu estarei aqui até morrer, você não, ninguém vai estar aqui contigo, ninguém está aqui comigo... Não quero que nadem contra a maré.

- Olivia, o que está acontecendo? Alguém fez ou falou alguma coisa com você? - sua voz era preocupada, eu sei que havia deixado tanta preocupação com essa ligação inesperada, mas eu precisava fazer com que as pessoas entendessem que elas não precisam criar expectativas da minha saída da prisão, ela pode não acontecer.

- Lembra do seu aniversário? - sua voz agora era tranquila e calma - Me lembro tão bem daquele dia - soltou uma risada nasal antes de continuar - Ver o seu sorriso tão lindo quando percebeu que era uma festa surpresa... Naquele dia, eu tive a certeza de que te amava, confesso que queria ter falado quando te vi naquele quarto terminando de se arrumar, estava tão linda - Sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto e um soluço escapa, fecho meus olhos e continuo escutando tudo o que ele tem pra me dizer - Queria te beijar e não sair daquele quarto até que você pudesse entender que eu te amava e era mulher da minha vida, mas... Era cedo demais pra gente, te ter por perto como amiga era melhor do que te perder pra sempre. Quando estava bêbada e disse que queria me beijar, juro que meu coração falhou uma batida e eu perdi o ar por alguns segundos, mas nunca seria babaca e me aproveitaria desse momento.

- Chega... Por favor, não faz isso, Harry...

- Escuta, Olivia... Quero que se lembre que nada vai me fazer desistir de você ou da gente, nem mesmo se você quiser que isso aconteça, quero que saiba que eu te amo e que é tudo pra mim, tudo bem? - concordei mesmo sabendo que ele não poderia me ver - Preciso que consiga se cuidar mais um pouco, só por mais um tempo, faz isso por mim, Liv, sei que consegue - suplica.

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