𝙴𝚙𝚒́𝚕𝚘𝚐𝚘

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3 anos e 7 meses depois 










          Bato a porta do carro vermelha e antiga, xiando baixo quando meu dedo mindinho prende de leve na porta. Me fazendo gemer de dor.

Ponho ele na boca, segurando as pastas com certo esforço nos meus braços. Sentindo-as pesadas e olhando para o meu carro.

Depois de um certo tempo, tive que trocar as duas rodas da moto por quatro de um carro. Agora, com família, era urgente ter um automóvel.

Caminho em passos apressados pelo meu jardim, batendo as botas no tapete preto e sujo que precisava ser lavado com certa urgência. 

Com o molho de chaves na mão, abro a porta vermelha de casa. Entrando em seguida e fechando-a com dificuldade devido as coisas em meus braços. 

Rapidamente jogo as pastas na mesinha do hall, jogando as chaves junto e levando minhas mãos ao meu casaco grande e felpudo que ganhei de presente de Rosé no nosso terceiro aniversário de casamento.

Minha gatinha Lily, como se soubesse que era eu, logo aparece no corredor. Miando e me olhando de longe. Sorriu para ela.

Pendurei o mesmo no pequeno apoiador na parede, antes de me encostar na própria parede e tirar as botas pretas dos meus pés. Jogando-as no chão com um baque.

Descalça, balanço a cabeça e ando pelo corredor. Indo para a sala. 

A TV na parede está ligada, e quando chego perto o suficiente da poltrona desgastada e inclinada para trás, vejo a cabeleira vermelha e longa.

Sorriu.

Paro em frente a Rosé, que estava de olhos fechados e adormecida. Descansando. 

Seu rosto estava sereno, e ela estava com uma agulha de crochê na mão esquerda e o tecido de crochê em outra. 

Me ajoelhei em sua frente, observando com cuidado o que ela estava fazendo antes de cair no sono.

Um sapatinho de bebê. 

Um lindo sapatinho azul de bebê. 

Peguei a agulha e o tecido da sua mão, assim como o sapatinho e deixei na mesinha do abajur que ficava bem ao lado.

Toco em sua barriga de oito meses de grávida, sorrindo ao sentir sua pele quente e macia sobre o tecido fino da blusa branca que vestia. 

Mais de três anos haviam se passado, e eu não poderia ser a mulher mais feliz do mundo. Nossa vida, mesmo que cotidiana, era algo perfeito e incrível. 

Com o passar dos meses, só tive a concreta certeza de que Rosé era a mulher da minha vida. A que eu amo, e sempre amarei.

Desço o olhar para sua barriga, meu coração aquecendo e se alegrando ao se lembrar que em breve seríamos em quatro. 

𝗚𝗢𝗡𝗘 ☄ (𝐂𝐇𝐀𝐄𝐋𝐈𝐒𝐀)Onde histórias criam vida. Descubra agora