Lua Imortal - Dezessete Encarnações 《1° Livro》

Capítulo 12 - Reverência ✔

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✴ Pov Ardena ✴

Ao acordar com o barulho de panelas, levei um tempo para similar onde estava, e tudo veio à tona de uma vez só, minha mente estava bagunçada e confusa.

Levantei-me e fui em direção ao barulho, onde sabia que me levaria a cozinha. A medida que caminhava pela casa mais pessoas eu via, só podiam ser empregados do palácio.

Me deparei com um amontado de pessoas nervosas e agitadas no que supus que fosse a cozinha. Uma fumaça branca se fez no ambiente, quando o trigo foi ao chão, fazendo-os ficar ainda mais nervosos que nos dias anteriores.

Eu não fazia nada o dia inteiro. Os dias se arrastavam lentamente. Já havia se passado uma semana que estava ali.

Resolvi ir a outro lugar para não perturbá-los, entrei junto a sala e lá está Joe, ele esboçou um sorriso ao me ver.

- Dormiu bem querida? - perguntou a mim se levantando.

- Dormi sim. - menti. - Eu poderei ir para escola hoje?

- Hoje não, precisa aprender algumas coisas ainda, antes de sair do palácio. Mas então... A cozinha está um pouco cheia pois hoje é o Grande Banquete, mas daqui a pouco ela se esvaziará. Será que poderia limpá-la apenas hoje? - perguntou com cautela.

- Sim claro. Sem problemas. Já ía até lhe perguntar se não havia nada para fazer. - disse a ele com um sorriso amigável.

Odiava arrumar a cozinha, mas seria melhor do que não ter nada para fazer.

- Poderia dar uma volta ao jardim enquanto eles se retiram.

Fiz o que me sugeriu. Saí da casa e um vento fresco bateu em meu rosto. Segui em frente pelo jardim da lateral do palácio. Caminhei por alguns minutos avistando uma fonte do outro lado de um corredor grande e estreito. Decidi passar por ele, e pus-me a caminhar.

Me peguei pensando em Brain, mas não o americano e sim o Embaixador da paz. Nos últimos dias havíamos nos aproximamos consideravelmente, já que ele era meu segurança particular, me seguia para todo lado, não irei negar que gostava de tê-lo por perto sempre.

Será que ele sentia a minha falta? O que será o que tia Meredite disse a ele em relação mim? Será que ele sabia que estava no palácio? Ah meu Deus estou indo a loucura...

Sons fortes e rápidos tiraram-me de meus pensamentos. Me virei em direção ao barulho, cascos de cavalos a bater no cascalho, dobraram a esquina. Me apavorei ao perceber que o tamanho do corredor não iria ser suficiente para nós, onde os cavalos passavam apertados. O pavor me tomou e comecei a correr desesperadamente se não seria atropelada pelo primeiro a frente. Não consegui ver quem os galopava, já que minha preocupação estava em outro assunto. Havia metros suficientes antes de se chegar ao final, até que fui ao chão em um segundo, percebi que havia tropeçado em uma maldita pedra. O som foi se tornando mais perceptível aos meus ouvidos, o que significava que estavam mais perto a mim, me recusei a olhar para trás apenas abaixei-me mais e fechei os olhos com força pelo medo que sentia.

Não era possível que eles não haviam me visto ali.

- Abaixe-se! - uma voz grave gritou a mim. Por algum motivo a obedeci. De repente um vento forte passou sobre mim. E ao meu ver o cavalo que o tinha causado.

Percebi que o dono da voz pulou com o cavalo por cima de mim fazendo-me de obstáculo. Por mais inacreditável que seja, ele continuou a correr como se não houvesse acontecido nada no segundo anterior.