Lua Imortal - Dezessete Encarnações 《1° Livro》

Capítulo 42 - Máscaras

Encontrávamos em uma quinta feira, faltando apenas três dias para a chegada de Asher.

O beijo se prendeu em minha mente, lembrava-o a cada intervalo de segundos.

Aguardava ansiosa o fim da semana, pois já tinha a escolha em minha mente. Seguiria seu conselho, pela primeira vez.

A estufa se tornou novamente meu refúgio. Quando estava nela me encontrava com um dos irmãos Mikkelsen.

Nem eu mesmo me entendia, sentia falta de algo, de alguém.

Mesmo não conversando, ou não o olhando eu não sentia tanta falta dele quanto agora, pois saber que ele estava ali tornava tudo mais seguro para mim.

Espantei meus pensamentos ruins ao ver William sentando-se no banco ao meu lado.

- Então é aqui que você se esconde?! - ele pergunta admirando a paisagem.

- Sim. Se eu pudesse eu moraria aqui - ele sorri.

- Quem sabe um dia?! - minha vez de sorrir.

Ele parecia realmente feliz.

- Qual o motivo dessa felicidade toda? - ele me observa.

- A ausência de Asher. Ele é meu irmão, e eu devia gostar muito dele, porém sinto que ele me tira tudo. Posições, honras, méritos, e até pessoas. Mas sinto que desta vez ele não conseguiu tirar uma pessoa de mim - ele olhava no fundo de meus olhos.

O brilho em seu olhar o deixava ainda mais belo.

- Quem? - me atrevi a perguntar.

Ele se aproxima e se vira para mim.

- Você! - sua mão se prende em meu pescoço juntando nossos lábios.

Estava começando a ficar ridículo isso. Já havia beijado três dos irmãos Mikkelsen.

O beijo foi calmo mas logo deu ritmo e se aumentou.

Richard havia sido descartado de minha lista,não havia quimica entre nós. E William acabara de ser descartado junto ao irmão.

Estava em uma espécie de teste físico, precisava saber qual deles poderia sentir algo.

Desgrudei nossos lábios e vi um belo sorriso se formar em seu rosto.

Olhei para ele que parecia estar esperançoso.

- William sinto muito, mas nós... nunca existiu e nunca existirá - digo serena e saio da estufa.

...

Estava caminhando pelo corredor de cristais quando sinto alguém me puxar pela cintura.

- Richard?! - ele se aproximou para beijar-me, mas o afastei.

- O que foi? - ele parecia chateado com minha atitude.

- Sinto muito Richard, não quero engana-lo. Eu não sinto nada por você - digo a ele com sinceridade.
Saio correndo para não olhar em seu semblante abatido.

Os beijos serviram como constatação do que havia previsto.

Já no corredor de meu quarto, Vena vem até mim.

- Princesa Ardena, deixaram um presente para a senhorita.

- De quem?

- Não sabemos!

Apressei meus passos pois estava curiosa em relação ao presente.

Uma caixa branca desenhada vom letras não muito grande, continha um laço vermelho ao seu redor, estava em cima da minha cama.