Lua Imortal - Dezessete Encarnações 《1° Livro》

Capitulo 14 - Riscos ✔

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✴ Pov Ardena ✴

Já se encontrava de manhã, e ainda não havia dormido. Minha mente se encontrava no Salão Principal, e se perdeu em lindos olhos verdes.

Aquele garoto balançou meu coração, por algum motivo me senti ligada a ele. Mas apesar de tudo que ouvi, apesar do tapa que lhe dei, ainda sim estava em meu pensamento.

Era como se todos os meus dias fossem planejados para aquele momento. Seus olhos cor de folha pareciam guardar meus maiores segredos, e meus piores demônios.

Apesar disso eu sentia falta dos Brain's. Principalmente do americano, já que nunca havia ficado tanto tempo sem nos falar. Hoje faríamos 2 ano e 7 meses de namoro. Sentia a falta de seu cheiro, de seu sorriso, sentia falta da sua presença.

Atualmente eu me sentia assim... Sozinha. Como se todos tivessem me virado às costas e tivesse que lutar apenas comigo mesma.

Um barulho me tirou de meus pensamentos. Meu celular estava a tocar. Peguei-o em minhas mãos e vi através do visor que Brain estava a me ligar.

Meu coração entrou em um desespero contido, percebi pelas batidas aceleradas. Respirei fundo, e decidi atender.

Ligação on

- Alô?

- Ardena? É o Brain. - sua voz saiu contente.

- Ei. - foi apenas o que consegui dizer.

- Estou com saudades. Sabe que dia é hoje? - perguntou-me alegrimente.

Idiota. Estava com saudades?! É, com certeza.

- Dia 12 de janeiro? - pergunto-lhe sarcástica.

- Sim. 2 anos e 7 meses. Esqueceu da nossa data?

- Não. Está enganado! Parece que foi você que se esqueceu que não estamos mais juntos. Tenho que ir agora.

- Ardena! Espera! Eu amo você. Sempre vou amar - disse-me com uma voz triste.

- E a garota que você estava se apaixonando? Liga para ela e vê se me deixa em paz! - estava pronta para desligar quando o ouvi dizer.

- Eu menti! - um silêncio se formou entre nós. - Eu menti para tentar ter meu orgulho de volta. Sim, eu conheci minha vizinha, ela é super divertida, mas não sinto nada por ela, apesar de a ter beijado para provar que conseguia lhe esquecer, mas... Mas... Mas falhei. - não podia vê-lo, mas sabia quando Brain estava a falar a verdade.

Não disse absolutamente nada, não poderia dizer que também o amava, as palavras não me vinham a boca.

- Volta. Nós enfrentaremos tudo, juntos, eu e você. Te protegerei sempre. Só prometa me amar, e prometo não lhe abandonar. Eu vou para Inglaterra, comprei a passagem ontem. Me espere. Eu cometi um erro.

- Brain não. Não quero lhe ver. Quando deixei Boston as lembranças também permaneceram aí. Acabou, eu não sei se voltarei, mas por agora só sei que não quero voltar.

- ARDENA... - desliguei o telefone. Ele me disse que se eu fosse embora estava tudo acabado. Então acabou. Não podia desistir de tudo. Nem mesmo podia ficar com ele.

Algo estranho se formou em meu interior, foi tirado um peso de minhas costas. Estava aliviada, e todo amor que sentia por ele se transformou em carinho em um instante. Apesar de tudo estava me sentindo... Feliz.

Estava alegre por Joe ter me deixado ir à escola, não sem antes ter de tomar um gole de um remédio azedo. Joe havia me explicado que o remédio controlava minhas emoções fortes, e não me deixava explodir em raiva se algo acontecesse. De acordo com ele, eu poderia fazer estragos inimagináveis a uma pessoa. O medo me perseguiu enquanto o ouvia falar, o que me fez tomar o remédio por livre e espontânea vontade.