Lua Imortal - Dezessete Encarnações 《1° Livro》

Capítulo 13 - Aparências Enganosas ✔

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✴ Pov Asher ✴

Estava a andar até o Salão Principal para ver minha irmã que machucara ao cair de uma fonte, quando me aproximava da porta de tal, ouvi a voz de Richard.

- Mas os americanos não fazem reverência. Ela disse que é um gesto de subordinação! - disse em seu estilo divertido a de sempre.

Richard às vezes tinha menos maturidade que meu irmão Chace.

Já a porta vi que ele se referia a moça que estava ao lado de Joe, ela se encontrava de costas a mim, não pude vê-la. Mas sabia de quem se tratava, era a sobrinha de Meredite. Loriana havia me dito que sua prima veio morar consigo, disse-me que ela era uma ruiva insinuosa e promíscua.

Senti-me na obrigação de interromper.

Quem esses americanos pensavam que são para virem ao meu Reino e ainda dizerem que não o acham justo e que não seguirão as leis do meu país?!

- Mas ela não está na América. Está na Inglaterra. E como tal, terá de seguir as leis inglesas impostas como qualquer outro. Então já podemos começar, aqui vai uma ordem de um dos mais importantes ingleses desse país, terá de fazer a todos dessa sala, sem exceção...uma reverência - deixei transparecer toda a minha arrogância e frieza em minha voz. Já estava acostumado a usá-la sendo eu, o futuro Rei de Dundeya.

Só assim ela se virou em minha direção, e por um segundo perdi o fôlego, sua beleza me deixou imobilizado. Seus cabelos vermelhos davam-lhe um charme junto aos seus olhos extremamente azuis. Sua pele branca fez-me desejar toca-lá.

Balançei a cabeça para voltar-me do transe.

A vi respirar fundo, e piscar os olhos várias vezes, em seguida limpar as mãos em sua calça, sinal que a havia causado o mesmo efeito.

- Sinto muito, não irei fazer isso! - uma voz macia, porém gélida saiu de sua boca delicada.

Ela acabou de me afrontar? Quem essa garota pensa que é para tal audácia? Ninguém em toda minha vida havia me afrontado daquela forma, deveria a colocar em seu devido lugar.

- Não é uma escolha, é uma ordem! - a encarei com um olhar felino.

- Não vou cumprí-la. Não mesmo! - respondeu olhando fixamente em meus olhos.

- É o que veremos! Você não está ciente da minha reputação, mas não demorará muito a descobrir. Tenho poder suficiente para acreditar que irá fazer o que estou lhe mandando fazer! - a ameacei.

- Qual é o problema dos ingleses? Todos tem de ser arrogantes e prepotentes? Será que não tem um que salve? Prefiro americanos ocupados a ingleses arrogantes! - ela revirava os olhos constantemente.

- Duvido muito. As americanas tem a má fama de pegarem qualquer um que seja cientificamente homem! - a provoquei.

- Para toda regra há uma exceção. E posso lhe garantir que sou uma delas. Não devia formar uma opinião em cima de notícias difamatórias! - continha orgulho em seus olhos. Sabia que não se tratava de Loriana e sim de propagandas de televisão.

- Creio que você não se encaixa no grupo das exceções. E não foram notícias difamatórias que me fez ter tal opinião e sim na fé que tenho em meus conhecimentos sobre países libertos, Repúblicas para ser exato! - minha expressão séria a fez ficar ainda mais nervosa.

- Quem é você para julgar meu caráter através da forma de governo do meu país? Não me conhece, então não me inclua nisso! - sua raiva confirmou que havia acertado em seu ponto fraco, a moralidade a construía, apesar de me lembrar perfeitamente das palavras de Loriana ao definí-la.