Acordei em meu quarto e sorri por tudo não ter passado de um sonho. Meu coração se preencheu em um alívio inimaginável, não conseguiria sem Brain.
A porta se abre mostrando-me um Asher preocupado e agitado.
- Acordou?! Graças à Deus - ele sentou-se a beira da cama de frente para mim.
- Por que diz isso? - pergunto-lhe meio sonolenta.
- Porque você está dormindo já faz 23 horas. É uma pena que perderá o veló...
- 23 horas? Nossa não me lembro de nada noite passada. Tive um pesadelo horrível.
Ele fez uma pausa.
- Não foi um pesadelo Ardena - ele olhava-me triste.
- Como assim?
Outra pausa.
- Brain faleceu...
- Não. Não...não...não...naoooo. Por favor me diz que não é verdade?! - as lágrimas desciam descontrolavelmente.
- Eu sinto muito - ele disse passando os braços ao meu redor me pressionando contra seu peito.
- Eu não consigo sem ele - eu fazia uma mancha em sua camisa preta.
- Vai ficar tudo bem - ele acariciava meus cabelos.
- Não é justo. Perder mais alguém - ele me apertava mais a cada segundo como se pudesse tirar a dor de mim e transferir para ele. - Estou sozinha de novo - eu chorava muito, o desespero me consumia.
- Não, você tem sua avó, Rodolfo, sua tia, primas, primos...primo - corrige-se. Choro mais em lembrar-me de Brain - Desculpe, falei sem pensar. Mas você não está sozinha, têm sua família antiga e a nova e...e...eu - meu coração se acelerou e percebi que o dele também pois ouvia as batidas fortes em seu peito.
- Obrigado - digo ainda abraçada a ele.
- Alteza. Eles chegaram - uma voz grave soa pelo quarto.
- Obrigado - diz o Príncipe ao que suponho que seja o guarda.
- Quem chegou? - pergunto-lhe.
Sentir sua respiração me acalmava, nossos corpos estavam em uma sincronia perfeita.
- Mandei buscarem seus avós. Britta e Rodolfo então no jardim, acabaram de c... - antes de ouvir-lhe saí correndo pelo palácio em um desespero incontrolável. Eu corria entre corredores e escadas, ouvia a voz do Príncipe chamar-me mas estava ocupada demais para prestar a atenção, eu corria ao máximo mas estava fraca, não havia comido nada dentre as 23 horas desacordada, me faltava ar mas não me limitava a diminuir o ritmo, xinguei mentalmente o palácio por ser tão grande, a cada vez que respirava sentia meus pulmões arderem, mas não podia desistir agora. Mais parecia um predador atrás da presa. Avisto a claridade vinda do jardim principal, meu coração se preencheu de esperança a medida que me aproximava da porta, mas ao cruza-la paro bruscamente, vejo os cabelos grisalhos de minha avó e Rodolfo. Não consigo respirar, ao ver minha vó a minha frente parada olhando-me calorosamente. Ela lembrava-me minha mãe, o mesmo olhar e o mesmo sorriso.
Junto as forças que me restaram, corro para seus braços que se encontram abertos, me senti com apenas 6 anos naquele momento. Ao sentir ela junto a mim, deixo me livre, desabamos no chão de joelhos. Ela segurava-me com toda a força enquanto eu chorava a morte de Brain. Eu gritava desesperada, como se minha vó libertasse tudo que me impedia de desabar.
Asher vem correndo até nós. Ninguém chorava além de mim e Theodore e Jane. Encontravam todos no jardim, Brigith, Rachel e Adrian permaneciam cabisbaixos. Loriana retocava a maquiagem e tia Meredite lixava as unhas. As duas caminharam em nossa direção, conseguia ver o veneno nos olhos de Loriana.
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Lua Imortal - Dezessete Encarnações 《1° Livro》
FantasyEM PROCESSO DE REESCRITA. SUJEITO A ALTERAÇÕES!!!!⚠️ Uma Garota. Um Alfa. Uma Maldição. O que eles têm em comum? TUDO. Após a morte súbita dos pais, a jovem Ardena se vê obrigada a mudar-se para Dundeya, um reino pequeno e muito rígido. Acostumada c...