O inesperado

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Han saiu irritado de dentro da clínica, não teve um bom dia.

— Aí. – Esbarrou numa criança .

— De-Desculpa não me bate por favor. – Tremeu, Jisung analisou o menino, estava sujo e com a roupa toda rasgada, deveria ter uns 8 anos talvez.

— Não foi nada, cadê seus pais? – Tentou entender.

— Eu... Estão trabalhando senhor , preciso ir. – O menino se arrastou para longe , o mais velho nem teve muito tempo de pensar, entrou em seu carro.

...

— Que foi Han? – Seokjin olhou estranho para o cunhado que estava em sua casa.

— Não sei, tô com uma sensação bem estranha, esbarrei numa criança hoje lá perto da clínica e não consigo não deixar de pensar no quanto ele parecia assustado.

— Creio que esteja sensível. – Colocou um pedaço de bolo na frente do omega .

— Não vai comer?

— Tô indisposto hoje, tô fugindo de doce. – Fez uma cara feia.

— Isso sim é estranho, e o Taehyung tá bem?

— É só um resfriado, aí já viu né fica mil vezes mais manhoso...

— E como tá indo às sessões dele na doutora ? – O menino passava na psicóloga uma ver por semana.

— Ela diz que temos que ocupar a mente dele com atividades, começar a deixar ele ser mais independente, ela não recomenda que ele estude numa escola que seja período integral só vai deixar ele mais agitado ainda.

— Então ele vai para escola que o Jimin e o Hoseok estudam? – Os omegas estudavam em integral dois dias da semana e nos outros três saiam da escola e iam para as aulas de dança

— Talvez não, ainda não sabemos...

— Tá bem? – Estranhou o jeito do cunhado.

— Só cansado, não dormi por conta do Taehyung.

— Quer que eu busque os meninos amanhã na aula de dança também? Você e o Nam deveriam sair um momento romântico.

— Precisamos mesmo, mas vou ver se os papais ficam com o Taehyung.

...

Tinham passado dos dias que tinha encontrado com o menino na rua, mas não deixava de pensar nele.

— Você vai ficar bem. – Fez carinho nas costas do cachorro. Era seu dia de fechar a clínica então ficaria até tarde.

Assim que saiu viu o menino outra vez, só que dessa vez ele estava encolhido num canto do estacionamento chorando, foi até ele.

— Você tá bem? – Ele não se mexeu continuou chorando.– Olhe para mim por favor.

Se assustou assim que o menino o encarou, o rosto dele estava cheio de hematomas, a roupa estava rasgada, e estava descalço.

— O que aconteceu? Meu Deus.

— Nada... Pode ir eu tô bem.– Gemeu de dor.

— Cadê seus pais? Vou te levar para o hospital, e ligamos para eles.

— NÃO, NÃO POR FAVOR. – Se encolheu.

— Não quer ir ao hospital ? – Tentava se manter calmo.

— NÃO.

— E seus pais?

— NÃO, POR FAVOR, não quero ir para lá, não , não não.

Apresentando Nossa Família - Namjin - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora