- Bom... Não! Que dizer... Eu não vou ficar aqui com ele assim, tá parecendo um maluco.
Eu concerteza não podia negar isso.
- Você vem?
- Não, vou ficar com ele, alguém tem que dar alguma explicação certo?
Sorri pra ele, que devolveu o sorriso mas pareceu ter ficado triste.
- Isso é o fim?
- De que?
- Da nossa amizade, de se encontrar, de tudo?!
- Claro que não bobão, talvez você possa encher meu saco na minha casa essa verão, o que acha?
- Seria incrível.
Percy disse com um sorriso no rosto, fizemos nosso toque e ele saiu apressado do ônibus.
Depois de muito tempo Grover saiu do banheiro e entrou no ônibus, fiquei parada, tentando manter casualidade.
Assim que Grover
chegou ele olhou ao redor e se sentou do meu lado assustado.
- Cadê Percy?
- Ue Grover, ele foi pra casa, por que?
Jurei que se ele pudesse me bater, pularia em mim agora mesmo.
- Max! O que você entende de: Vamos ficar juntos?
- Que você tá ficando biruta!
Agora tínhamos que descer, depois daqui era outra viagem pra uma cidade que eu não conhecia.
- Você não sabe no que acabou de deixar acontecer!! Eu não posso...
Ele travou o maxilar.
- Isso não vai acontecer de novo!!
Olhei pra ele com tédio enquanto me arrastava, segurando meu pulso pelas ruas de Manhattan.
- Continuo sem saber do que diabos você está falando.
- Certo, comida é uma das coisas essências nesses casos.
Paramos em frente a uma lanchonete, velha, sem nenhum freguês, ao redor de nós a rua não parecia movimentada, aquilo já parecia uma história grotesca de terror, então eu falei meio sem jeito:
- Ah...Grover? Sabe cara, não sei se andar por essas bandas é uma boa ideia.
Ele olhou pra mim, eu nunca tinha o visto tão sério.
- Quanto mais discrição, melhor. Vem!
Ele me puxou pra lanchonete bizarra quase abandonada, onde tinha 2 mulheres de aparência faminta, com ossos aparentes na pele, pareciam gentis, mais algo nelas me fez lembrar as 3 senhoras que achei.
Grover assim que entrou parecia ter se arrependido.
- Mudei de ideia, melhor a gente ir em outro lugar.
- Nem vem Grover, suas respostas sem sentindo já tá chato, pare de me encher está bem?Olá!
Cumprimentei as senhoras elas olharam pra mim com tédio, mais depois pareceram perceber algo,seus sorrisos apareceram, seus dentes parecidos com navalhas.
Me assustei confesso, queria ter ido embora, agora eu e Grover estávamos aqui com essas velhas parecendo psicopatas.
- Oi querida, que bom recebe-la aqui, o que você deseja?
Pelo canto do olho vi a outra mulher indo para trás, mais não enxerguei no que ela foi mecher.
Me virei pra Grover que parecia que ia surtar ( isso vem acontecendo com as pessoas ao meu redor) respondi:
- Só uma água por favor,moça.
Seu sorriso se alargou ainda mais.
Aquilo era demais para um dia, aproveitei que ela se virou pra pegar a água segurei o braço de Grover e o puxei indo embora daquilo.
Assim que nos viramos a moça que tinha ido para trás nos parou.
- Aonde vão meus amores? Podemos oferecer muitas coisas grátis pra vocês.
Grover por incrível que pareça me puxou mais e disse:
- Desculpa moça, mais sempre me disseram pra não aceitar nada de estranhos.
Antes que pudéssemos avançar mais,ela trancou a porta, observei horrorizada ela pegar a chave e a engolir LITERALMENTE.
A senhora esquisita nos explicou a situação, o que a fez ficar mais estranha.
- A muito tempo não temos alguém como você querida, uma aura tão forte.-ela lambeu os beiços finos e rachados. - Aposto que será deliciosa, veio de brinde até um sátiro! A quanto tempo não temos essa sorte não é Mandy?
Sa o que?Daquela situação só sabia de uma coisa,eu tinha que ir embora dali e tomar uns 6 calmantes.
Assim que nos viramos para a direção contrária, a Mandy parecia ter outros planos,tinha uma faca enorme em sua mão e um sorriso com muitas cáries na boca.
- Aonde pensam que vão , meus amores?
Por pouco uma faca não atravessou a droga do meu rosto, Grover gritou algo e me puxou pela loja, as moças gargalharam.
- MERDA!!! Grover o que caramba tá acontecendo?
- Max, sua curiosidade é incrível, mais agora NÃO, É,O,MOMENTO!!!
Corremos pela loja com as loucas atrás, entramos em um armazém fechei a porta assim que passamos e avistei outra no fim do corredor.
- Ali!-apontei-Deve dar pra rua.
Tentei abrir mais não deu certo.
- Vai logo Max! Isso é sério!
Olhei pra ele e lhe dava um soco se a situação não fosse extrema.
- Ah sério Grover? Se você não tivesse falado nem sei o que seria de mim.
- Aposto que estaríamos melhor se você e Percy tivessem um pingo se senso nisso que vocês chamam de cabeça.
Forcei a porta com mais força.
- Então agora é nossa culpa?! A gente não estaria nessa espelunca se não fosse você!
Não sei quanto tempo ficamos discutindo mais não ouvi o barulho da porta pela qual a gente entrou se abrir, era a louca com a faca, MERDA!
- TSK,TSK, querem escapar bobinhos? Tem que fazer mais silêncio!
Ela passou a língua nos dentes e avançou com a faca, Grover me olhou e pareceu decidir algo, ele avançou na moça a derrubando no chão a faca rodou um pouco da sua mão.
Olhei para os lados a procura de algo, senti que chutei algo no chão, era uma pedra, que foi colocada pra segurar a porta caso ficasse aberta, sem pensar muito peguei essa pedra, bati até quebrar a fechadura,depois dei um chute e ela abriu.
De onde tirei essa força?
Não soube dizer, mas a luta com a mulher não estava indo bem, ela estava em cima de Grover o estrangulado com as mãos, a pedra que usei tinha se despedaçado.Eu tinha que ajuda-lo, olhei em volta , vi uma garrafa de vinho do meu lado a peguei e quebrei na sua nuca.
Vinho e caco de vidro se espalhou em todo lugar, ela caiu no chão, se tinha desmaiado ou não, eu sei lá , mas agarrei a mão de Grover e corri como nunca na vida.
O que eu não sabia era que ela se erguia do chão, pegava seu pescoço torto com as duas mãos, e o virava para o lado certo. Sua irmã psicopata entrou no armazém e viu a porta aberta.
- Espertinhos não?
- Eu... Vou pega-los de volta irmã, e traze-los para nós.
Sua irmã a olhou de cima a baixo avaliando.
- Não me decepcione Mandy.
Mandy saiu correndo atrás de duas crianças duronas por aí.
Max sentia seu coração pular pela boca, seu cérebro estava processando tudo aquilo ainda, as velhas no trânsito, as moças agora, a faca, a chave que a doida tinha engolindo.
Eles estavam parando de correr aos poucos, Grover parecia mal mas conseguiu dizer:
- Vamos descansar um pouco nesse beco.
Olhei pra ele encabulada.
- Tá falando sério? Seria burrice entrar aí poderíamos ser facilmente encurralados, nem pensar!
- Olha Max, precisamos descansar e bem na frente desse beco tem um ponto, podemos pegar um táxi, o que acha?
Olhei para um ponto laranja atrás dele e arragalei os olhos.
- Nossa Grover,acho que essa é uma das piores ideias que você já teve, mais da pro gosto!
Peguei sua mão e entrei no beco, que estava vazio. Grover olhava pra mim desconfiado.
- Nunca vi você concordar tão...
Ele não terminou a frase porque uma risada aguda se ouviu no ar, no início do beco, a moça louca tava com a mesma faca na mão,mas felizmente ( eu acho) ensopada de vinho.
- Vocês são bons demais pra dividir com alguém!!
E deu mais uma risada horrível antes de partir pra cima de nós, me abaixei um segundo antes da faca cortar o ar onde antes era minha cabeça Grover tentou ir de novo nela,mas ela o pegou pelos cabelos e o jogou perto de uma lata de lixo, ele bateu a cabeça e desmaiou.
Ótimo, eu tava sozinha agora, só a doida e eu. Ela me atacou e eu corri, na sua direção.
Meio estúpido vendo que ela tava com uma faca, mais peguei seu braço que tava com a faca e torci como vi na televisão uma vez,sempre quis lutar Karatê sabiam? (Assunto para outra hora).
Ela gritou de dor e largou a faca, a doida me deu um murro na boca, senti gosto de sangue na mesma hora, depois um chute no estômago e fui jogada no chão, estava zonza,um líquido escorreu pela minha cabeça,eu devo ter batido quando caí.
Estava de costas pra rua, se eu tivesse no meu melhor estado era só dar um chute nessa cara feia dela e sair correndo, mais não tinha força pra isso e Grover ainda estava desmaiado no chão,e sentia por algum motivo estúpido, meu colar arder.
Ela subiu em cima de mim e forçou a faca contra a minha garganta, sabia que não ia segurar por muito tempo, Mandy começou a sussurrar coisas pra mim.
- Você vai ser incrível meu amor!A tola de minha irmã não usa a inteligência as vezes, sabe?
A cada frase ela aumentava mais a força.
- Me deixa em paz...
Sussurrei fraca atordoada de dor, meu colar ardendo tanto que chegava a fazer um pouco de fumaça na minha roupa. De repente senti como se recebesse uma carga elétrica por todo o meu corpo.
- Vou ficar com você só para mim...
- Eu disse :ME DEIXA EM PAZ!!
Berrei pra ela, parece que uma força invisível a empurrou contra parede, ela estava paralisada, com os olhos arregalados.
Arranquei meu colar, que já estava me dando nos nervos, mais quase deixei o colar cair, ele não era mais um colar,ela uma espada, cor de gelo brilhante, com algo parecido com um floco de neve da Tinker Bell no meio,olhei para a espada abismada.
- Mais que merda é....
- Vai Max! Pegue a espada e mata ela!!
Grover me interrompeu,ele tinha acordado, e apontou para a doida que ainda estava na parede, cheguei perto dela com espada, antes ela disse parecendo assustada:
- Você não é uma meio sangue comum, o que você é?
- Moça, eu não sei, e pretendo continuar assim.
Enfiei a espada na sua barriga antes que pudesse falar mais alguma coisa, ela se transformou em um pó brilhante.
Juro que a qualquer momento, EU estava a ponto de surtar mais me virei para ele e tentei parecer calma com a situação.
- Agora você pode ir falando algumas coisas, senhor Underwood!
Grover estava olhando para meu rosto como se estivesse algo de extraordinário nele mais conseguiu dizer:
- Vamos para sua casa Max, lá eu te explico tudo.
Pegamos um táxi e estávamos indo pra casa, a coisa eu mais queria depois de hoje.
Grover tava quieto do meu lado, parecendo processar algo, assim que chegamos paguei o taxista e descemos, toquei a campanhia e foi Anthony que atendeu me olhou ,depois seu olhar foi pra Grover, e berrou pra casa, e a vizinhança toda ouvir.
- Mãe !!! Max tá em casa e trouxe o Grover junto!!
- Anthony!!Da pra não falar tão alto? Céus!
Reclamei com ele, minha cabeça ainda tava latejando.
- Senhora Mayfield.- disse Grover para Mary.
Meu irmão revirou os olhos pra mim, teria feito o mesmo se não doesse.
- Anthony, Cindy já foi?-perguntei
- Já, e me dão licença que eu vou pro meu quarto.
Ele tá tão antisocial ultimamente,tá aprendendo comigo, e a Cindy, bem...
Todos os anos ela viajava, pra algum lugar que eu não podia saber, quando a gente conversava ela nunca nem mencionou, por um tempo, esse foi o único segredo entre nós, mais aposto que tem algo a ver com algum namorado pra ela, tudo tem sempre que se relacionar com garotos.
Mary cumprimentou Grover e me deu um abraço apertado, ela parecia nervosa ao ver ele ali.
- Max! Está tudo bem, querida?
Meu pai disse descendo as escadas e estendendo os braços pra mim como ele sempre fazia, o abracei embora ainda fraca, ele como Mary,ficou tenso ao ver Grover.
- Senhor Mayfield e Senhora Mayfield, preciso conversar com os senhores.
Mary ficou mais nervosa e disse pra gente se sentar.
- Chegou a hora, termos que levar ela para o acampamento.
- Mais já? - Mary lamentou- Achei que iríamos ter mais tempo!
- Ela já sabe?-meu pai perguntou.
Eu tava olhando de um lado para outro, aparentemente todo mundo sabia o que tava havendo, menos eu.
- Do que vocês estão falando? Que acampamento é esse ? Grover! Você me prometeu respostas.
Grover olhou para meu pai e ele pareceu assentir.
- Eu estou falando do acampamento meio sangue Max, um lugar para pessoas como você.
- Pessoas como eu ?
- Meio sangue é claro!
- E o que significa meio sangue ?
Dessa vez meu pai respondeu:
- Significa uma pessoa meio humana, meio deusa.
Ergui as sobrancelhas pra ele.
- E como o senhor sabe disso ?
Ele não respondeu, Grover voltou a falar:
- Iremos ser perseguidos, sua aura é forte, mais temos que ir atrás de Percy.
- Percy?-Mary perguntou.-Ele é um também?
- Ah ele é, os dois juntos tem uma aura fortíssima.
- Oi? Então é por isso que o tempo todo você ficava falando aquela baboseira de vamos ficar juntos ?!
Fui completamente ignorada, isso tava começando a me estressar.
- Esse é meu trabalho, eu tenho que proteger vocês.
Mary e meu pai não pareciam chocados, só tensos, como se esperassem o pior.
Eles pareceram ter uma conversa mental.
Por fim Mary suspirou.
- Se é o que tem que ser feito.
Eu parecia ter alguma importância de novo,porque Grover se virou pra mim pra perguntar:
- Max você tem alguma ideia de onde o Percy pode ter ido? Tenho que levar vocês em segurança até o acampamento.
- Pense bem querida, é questão de vida ou morte.- meu pai fez pressão como se fosse necessário.
Forcei minha mente, e na hora me veio a resposta,eu disse:
- Acho que sei um lugar.
Me despedi de Anthony com um beijo na bochecha e um abraço (ele pareceu entender que a situação era mais complicada que o normal).
Meu irmão também disse que iria encher seus pais de perguntas, reclamando que eu mal cheguei e já estava indo embora.
Abracei também Mary e meu pai de novo, que parecia que estavam prestes a chorar, e logo antes de sair, Grover disse pro meu pai:
- Precisamos de dinheiro, pro táxi.
Depois de um tempo chegamos a uma zona, que tava com uma tempestade das piores.
Durante o carro, Grover terminou de explicar sobre Deuses gregos, monstros, sátiros e outras coisas.
O taxista nos olhou engraçado, teria rido se não fosse trágico a ideia por algum motivo não parecia absurda pra mim, era como se eu soubesse que tudo isso existia o tempo todo, só não quisesse ver.
Decidi que se hoje fosse um sonho eu queira acordar nesse momento. Descemos do táxi, porque tinha muito vento e o taxista disse que não queria seu carro derrapando por aí, carinha bem escroto, não quis pagar ele.
Mas Grover tomou o dinheiro da minha mão e pagou o cara, logo já estávamos molhados pela chuva.
Em algum momento Grover arrancou suas calças com a desculpa que corria mais rápido, e quase morri de susto, eu sabia que ele é um sátiro claro, ele mesmo me disse, mas era meio esquisito ver ele assim, parecia que estava usando uma calça felpuda.
Olhei para o único chalé ali e corri até lá, e fiquei esmurrando a porta, pareceu uma eternidade.
Mas finalmente Sally atendeu, só de camisola, Grover quase me atropelou pra entrar, falando:
- Procurei a noite toda - arquejou ele. - O que você estava pensando?
Sally olhou para nós e percebeu o que estava acontecendo mais rápido que eu, ela se virou para seu filho.
- Percy - disse ela, gritando para se fazer ouvir mais alto que a chuva. - O que aconteceu na escola? O
que você não me contou?
O bóco não se mecheu, estralei os dedos na sua frente, mas ele só conseguia encarar as "não calças" de Grover chocado.
- O Zeu kai alloi theoi! - gritou ele. - Está bem atrás de mim! Você não contou a ela?
Ele tinha acabado de
praguejar em grego antigo, e eu tinha
entendido perfeitamente, isso tava cada vez mais caótico.
Percy disse que sua mãe era legal e gentil, mas eu não queria estar recebendo esse olhar dela agora.
- Percy. Conte-me agora!
Ele gaguejou algo sobre velhas senhoras na banca de frutas e a sra. Dodds, me botou no meio, tive que ajudar ele a falar alguns detalhes.
Ela olhou assustada pra mim e Percy, como se escolhesse as flores do nosso caixão.
- Vão para o carro. Vocês três. Vão!
Grover correu para o Camaro, fui logo atrás e me sentei no meio do carro, com ele de um lado e Percy do outro.
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Maxine Mayfield - O ladrão de raios
FantasyMax sempre morou na Califórnia ,mas uma visita na diretoria com seu pai faz a sua vida mudar completamente. Tendo que ir para Nova York ela encontra Percy Jackson, a primeira pessoa que ela vai conversar nessa cidade esquisita, juntos eles enfrent...