EU ODEIO OS DEUSES

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- Percy, corra! - gritou Annabeth para ele
Mais ele não correu, e de algum modo conseguiu fazer a água levar a criatura embora.
- Vai lutar comigo agora? - disse Percy para Ares - Ou vai se esconder atrás de algum outro bixinho de estimação?
Assim seguiu- se algumas outras provocações.
Eu olhava para Percy e o achava um pouco burro de chamar um deus para lutar consigo, mas no fundo eu estava orgulhosa. Ares era um otário! E merecia aprender uma lição.
- Percy, não faça isso- disse Annabeth-Ele é um deus.
- Ele é um babaca! - eu disse a corrigindo
Eu estendi minha não para Percy que vinha de aproximando,fizemos nosso toque, e ele me puxou para um abraço.
Quando estávamos próximos eu sussurei algo em seu ouvido.
- O que... O que foi isso? - ele me perguntou
- Você verá. - disse sorrindo para ele
Como Annabeth viu que ele realmente iria lutar com Ares, tirou seu colar e o colocou no seu pescoço.
Observei, prendendo minha gargalhada o rosto de Percy ficar vermelho como um tomate.
Grover o deu uma lata de alumínio, que parecia estar sendo guardada a um trilhão de anos.
- Já se despediram? - disse Ares caminhando em nossa direção - Eu sou invencível, não posso morrer e venho lutando a mais de mil anos. O que você tem, garoto?
Um ego menor, com certeza.
Começou a luta, Percy tentou investir um golpe que acertaria sua espinha mais Ares conseguiu prever o golpe.
- Nada mau. - disse ele antes de ir pra cima
Percy tentou mais uma vez, mas sua espada foi jogada no chão.
Ares o chutou e ele saiu voando uns 5 ou 10 metros antes de cair na areia fofa.
Ares parou do seu lado,e disse antes de enfiar a espada no seu peito.
- Eu te disse, garoto. - ele se aproximou mais - Você é fraco!
- Não!! - gritou Annabeth
Mas a espada simplesmente se desviou dele, como se algo a puxasse para o lado.
- Mas o que...- Percy murmurou
- Ora... sua piralha filha da puta! - Ares esbravejou apontando a espada para mim - Você é igual a sua mãe!! Sempre com truques sujos na manga não é?
- Você só pode estar maluco! - gritei de volta para ele
E isso deu Percy tempo suficiente para se levantar de novo, e os dois cravaram uma luta novamente.
Ao nosso redor, a polícia e várias viaturas paravam na praia.
- O que você fez? - Grover perguntou para mim
- Foi algum feitiço,não foi? - a loirinha perguntou
- Bom... - sorri para eles - Vamos apenas dizer que a biblioteca do acampamento não tem apenas livros sobre os mortos.
- Vamos! - diziam os policias - Larguem as espingardas!
Espingardas? Olhei para Percy e Ares que estavam mais perto do mar agora .
A mente dos mortais era algo interessante.
Uma onda surgiu e Percy conseguiu ferir Ares. Daqui, eu conseguia ver a incredulidade em seu rosto.
Ele veio em direção a Percy mais algo o deteve e ele abaixou a espada para dizer:
- Você fez um inimigo, filhote de deus.-disse ele a Percy - Você selou o seu destino, e a cada vez que levantar o sua lâmina em batalha; sentirá o peso da minha maldição. Cuidado. Perseu Jackson. Cuidado.
Ele começou a brilhar em uma luz dourada.
- Desviem os olhos! - Annabeth gritou
Eu desviei o olhar a tempo da claridade absurda ultrapassar minhas pálpebras fechadas.
Uma nova onda surgiu, dessa vez trazendo o elmo de Hades.
Percy o pegou e vejo trazendo até nós, de longe eu ouvi o barulho de asas se chocando. As fúrias.
- Nós vimos tudo - silibou uma delas - Então realmente não foi você?
- Devolva isso ao senhor Hades - ele jogou o elmo para ela - Diga para ele a verdade,e o faça cancelar a guerra.
Ela hesitou e depois disse:
- Viva bem, Perseu Jackson. E se torne um bom herói, porque se não... adorarei o ter em minhas garras de novo.
E depois saiu voando com suas irmãs.
- Percy...- disse Grover- Aquilo foi tão incrivelmente...
- Aterrorizante. - disse Annabeth
- Legal - corrigiu Grover
- Foda pra caralho!! - eu exclamei dando um soco fraco no seu ombro.
Ele sorriu pra mim e disse
- Aquilo lá da magia foi bem legal.- me disse Percy
- Como Ares disse.- eu falei arrumando a postura - Tenho meus truques!
Nós quatro caímos na risada.
- Pessoal...- disse Percy - Temos de voltar para Nova York. Esta noite.
- Não tem como, cara. - eu o disse
- Bem a não ser que... - começou Annabeth
- Fossemos voando - Percy completou
- Voando, tipo em um avião.Coisas que pediram pra você não fazer - disse Annabeth, arregalando os olhos - Com o raio-mestre, sendo mais forte que uma bomba nuclear?
- É mais ou menos isso. - disse ele.
Antes de pegar o avião, fomos dados como coitadinhos pela mídia.
Percy deixou de ser um delinquente procurado e tudo ficou bem.
Com uma história convincente, conseguimos nossas passagens para Nova York de graça.
Percy estava dizendo para nos separar, mas de jeito nenhum eu o iria deixar sozinho.
- Max! - ele me dizia - Eu tenho que completar essa última parte sozinho.
- Você teria!! - o encarei irritada - Se estivesse começado isso sozinho. Coisa que não aconteceu. Então eu vou!
Ele não me contestou mais, Annabeth e Grover foram para o táxi que levava para o acamapamento, e nós dois fomos para Manhattan.
Chegamos ao Edifício Empire State.
Tinha um cara, aparentemente entediado na recepção.
Na sua mão estava o livro: Harry Potter e a ordem da Fênix. Certo, bom gosto ele tinha.
- Seiscentésimo andar. - disse Percy pro cara
O livro devia estar bom porque ele demorou para levantar os olhos.
- Esse andar não existe, garoto.
- Precisamos de uma audiência com Zeus. - continuou Percy
O cara deu um sorriso vago.
- O que?
Estava começando a me irritar com essa cara.
- Você ouviu - eu disse pra ele
- Sem hora marcada nada de audiência, crianças. Senhor Zeus não atende sem aviso prévio.
Pedi a Percy a mochila e sorri para o cara, perdendo um pouco da minha restante paciência.
- Acho que ele vai abrir uma exceção.
Os olhos dele arregalaram-se.
- Isso não é...
- Ah é sim. Você quer que eu tire e...
- Não, não!
Ele se levantou desengonçado da cadeira,e pegou um cartão entregando a Percy.
- Ensira com cuidado e certifique que ninguém, além de vocês dois entrem no elevador.
- Tanto faz - resmunguei passando por ele
- Sua amiga é um pouco atravessada, não é?
O ouvi perguntar a Percy atrás de mim.
Entramos no elevador, e eu estava cansada demais para falar alguma coisa. Mas Percy interrompeu o silêncio para dizer:
- Obrigado.
O olhei, desconfiada.
- Obrigado pelo o que, garoto?
- Por estar aqui, Max.
- Eu não iria te deixar vim sozinho.-expliquei novamente, me sentindo um pouco constrangida
- Por tudo, eu quero dizer. Desde o primeiro dia de aula, nos estamos juntos. - ele parou um pouco, se virou para mim e disse:
- Você é a melhor amiga que alguém pode ter.
- Você é meio cabeça dura . - disse eu dando um meio sorriso - Mais foi a melhor coisa que me aconteceu desde que cheguei aqui. Obrigado também... eu acho.
- Nossa - ele dramatizou colocando uma mão no peito - Essa foi a coisa mais legal que você já me disse,em todos esses meses convivendo com você.
A gente olhou um pro outro e começou a gargalhar no meio do elevador.
Chegamos ao último andar e eu soltei um suspiro. Era um lugar incrível.
Paramos em frente as portas do Olimpo.
- Bem... é isso- disse Percy pra mim
- É . - concordei com ele e estendi minha mão para bater na porta.
O que não foi necessário, porque ela se abriu sozinha.
Lá estavam três deuses. Na verdade, tinha uma mulher entre eles, um homem que eu supus ser Zeus,pelo seu jeito engomadinho e do outro lado um homem com cara de que vendia peixe na praia; esse devia ser Poseidon.
No meio estava a minha mãe, quando a encontrei no meu sonho não reparei muito na sua aparência, mais agora eu podia ver melhor.
Ela tinha o cabelo tão vermelho que se você olhasse depressa, poderia imaginar que estivesse pegando fogo. Seus olhos eram azuis como o céu, mais tinha um tom roxo ali também.
Sua espada estava embutida ao seu lado, com uma cor bonita de gelo e parecia brilhar a uma certa distância.
Como se representasse o sobrenatural, seu olhar transmitia só uma coisa: poder.
Eu não sabia o que fazer, devíamos jogar o raio-mestre em Zeus e ir embora?
Percy se ajoelhou diante do vendedor de peixe, e eu olhei pra Hécate,
Ela apenas assentiu com a cabeça, afirmando que era pra eu me ajoelhar.
O que, por algum motivo me deixou irritada.
Mas eu me ajoelhei.
Ouvi Zeus questionar Percy .
- Está certo - disse Poseidon - O garoto deve dirigir-se primeiro ao seu pai.
- Então você o reclama como seu? - perguntou Zeus indignado- Mesmo depois de furar o juramento?
- Ah claro, porque o senhor nunca descumpre as regras que você mesmo propõe. - disse Hécate para eles
- Você - disse Zeus a ela - Não devia nem ter precisado fazer o juramento, não é?
- Vamos lá - disse Poseidon os acalmando, antes que Hécate falasse alguma coisa - Eu admiti minha transgressão, e vou ouvi-lo falar.
Eu me levantei, não conseguindo mais ficar de joelhos.
- Garota! - Zeus chamou a minha atenção pra ele - Te demos permissão para levantar?
Precisa pedir permissão pra mandar você ir se fuder também? Quase soltei essa frase, mas me controlei apenas mantendo meu olhar firme nele.
- Meus joelhos estão doendo- eu o disse e senti os olhos dos três em mim
Ótimo, quis gritar para que parassem de me encarar mais não o fiz.
- Tá tudo bem, querida. - disse Hécate
- Agora, expliquem- se - mandou Zeus
Eu e Percy o contamos toda a história sem ocultar nenhuma parte. Terminamos e eles cochichavam entre si, conseguir ouvir a palavra " pai" e "erguir".
Poseidon tentou argumentar, Zeus o cortou.
Hécate também tentou dizer alguma coisa, mas também foi cortada.
- Não falaremos sobre isso- disse Zeus para os dois
Zeus nos agradeceu e deu uma leve ameaçada, algo sobre meter o pé logo.
Assim que ele se foi,Hécate moveu-se graciosamente do seu trono e se virou para Poseidon e Percy.
- Senhores, se me dão licença. - disse ela e se virou para mim - Vamos conversar, querida?
Ela me empurrou gentilmente com o ombro para fora da sala do trono, não me dando opção a não ser ir com ela.
Antes de sair mandei um olhar de socorro a Percy, se eu morresse;que ele vingasse minha morte mandando minha mãe ir a merda por mim.
Paramos em uma fonte de água do lado da porta.
- Sei que está um pouco nervosa, Max.
Ela sorriu se aproximando de mim e por extinto eu me afastei, aquela era uma estranha. Eu nunca a tinha visto na vida real e a vi uma vez em sonho.
O que era mais esquisito ainda.
- Certo - ela suspirou - Só quero dizer que estou orgulhosa de você.
Senti a raiva borbulhar dentro de mim.
- A é mesmo, querida? - a disse sendo sarcástica- Eu provei o meu valor, não foi? Afinal eu estou aqui, bem viva na sua frente.
Ela olhou para mim e vi que tinha conseguido a tirar do sério.
- Você não entende, criança! Isso é algo maior que você.
- Claro que é. - disse a ela- Sempre foi.
- Sabe - eu falei me aproximando - Na minha escola, as mães ficam orgulhosas  por causa de notas boas, ou merdas assim. Mas você, fica ligeiramente contente por eu não ter a merda da cabeça cortada fora por algum monstro qualquer.
- Eu não sou comum - disse ela, com a voz firme ,e eu me assustei com o quanto ela se parecia comigo naquele instante- E o quão antes você perceber isso, mais fácil vai ser.
Ela se aproximou de mim e se abaixou para ficar do meu tamanho. Eu me lembrei de Ares e fiquei mais estressada ainda.
Podia sentir meu rosto ficando vermelho.
- E eu acho melhor você medir seu tom comigo, mocinha. Eu ainda sou sua mãe!
- Ah é, o que você vai fazer? - a questionei - Me matar você não pode, porque aí eu não conseguiria provar "meu valor" para você. Mamãe.
Seu rosto assumiu um tom vermelho, assim como o meu quando ficava com raiva.
Finalmente, vi Percy sair pela porta.
- Vamos dar o fora - eu disse pra ele, e depois fui na frente indo chamar o elevador
Ele passou rapidamente por Poseidon e Hécate, indo atrás de mim.
- É. - disse Poseidon encarando Max, até ela ir para o elevador - Ela realmente é sua filha.
Hécate suspirou encostando a cabeça na porta do Olimpo.
- Nem me fale!

Maxine Mayfield - O ladrão de raios Onde histórias criam vida. Descubra agora