Depois daquele dia Percy e eu nos tornamos como carne e unha, metaforicamente falando, infelizmente na academia Yancy não tinha dormitório junto, só de meninos e meninas,e eu só sabia que o menino que ficou no dormitório com Percy se chamava Theo,ele era bem inteligente e sempre nos ajudava no que podia.
A primeira semana já tinha se passado estávamos na sexta feira à noite, amanhã de manhã já iríamos pra casa,tínhamos passado a semana inteira juntos, e isso nunca enjoava,acho que o nome disso é amizade.
Engraçado,aqui é legal,talvez por ter algum amigo?
Crianças problemáticas,com sérios problemas em casa.
E nessa escola (prisão) só tinha uma coisa,e ela tinha nome e sobrenome.Nancy Bobofit, que garota insuportável!
Sempre pegando no meu pé, passava tombando em mim pelos corredores,Percy uma vez colocou seu pé na frente pra ela cair, assim acabou tropeçou na frente da escola inteira, nunca me diverti tanto nesse dia.
Ela sempre dava um jeito de chatear com todo mundo e ninguém fazia nada, até que nós conseguimos escrever um bilhete a ela dizendo que Percy gostava dela e que queria encontrá -la no banheiro feminino. Nunca a vi tão radiante, entrei lá e preparei algumas cocas com mentos, conseguem imaginar o que aconteceu?
Claro que tive que encher o saco do Percy por dois dias, quando descobri que Nancy gostava dele, ele disse (com a cara mais vermelha que um tomate) que nunca iria gostar dela pois suas sardas parecia cheetos líquido.
Fiquei aborrecida,pois também tinha sardas no rosto e perguntei se ele achava que parecia que alguém jogou cheetos ali. Percy rapidamente negou e o caso do cheetos nunca mais fora falado.
Anthony ligava pra mim terça e quinta, a maioria das vezes Mary sempre me perguntava como eu tava, dizia que meu pai tava com saudade, mas ele não ligou pra mim,de Cindy eu não espero nada graças a deus.
Estavamos de barriga pra cima na cama do seu dormitório, Theo já estava no quinto sono,mais se alguém nos pegasse ali seria problema.
-Vai sua vez,cor favorita?
-Preto.
- E a sua?
- Azul.
Ergui as sobrancelhas pra ele um pouco surpresa.
- Sabia que azul é a cor favorita dos psicopatas?
- Isso é mentira, não me sinto um psicopata.- ele deu ombros como se não importasse.
De repente ele se animou , uma ideia parecia ter surgido na sua cabeça. -Alguma hora dessas vou levar você pra provar os biscoitos azuis com gotas de chocolate da minha mãe! O que acha?
- Parece meio enjoativo.
- Não é não. Juro pra você, vou te levar pra conhecê -la , ela é incrível, e generosa, nunca fica brava comigo não importa o que eu faça.
Dei um sorriso triste pra ele, ter uma mãe assim deve ser incrível,claro, eu sei que tenho Mary mais não é a mesma coisa.
-Deve ser bom viver com sua mãe em casa.
Sua animação murchou um pouco talvez sua mãe, como meu pai, não fosse lá muito presente.
- E seu pai Percy?
Seus olhos ficaram vagos, como se procuracem uma explicação.
- Eu nunca conheci ele, foi embora quando eu ainda era pequeno, não sei nem o seu nome. E seu pai?
- Ele vive comigo, na mesma casa, mais as vezes nem o vejo direito, já minha mãe eu também nunca á conheci.
Percebi o rumo da conversa, não tava no clima pra coisa triste agora e mudei de assunto.
- Já andou de skate ?
Ele olhou pra mim animado.
- Ainda não.
Sorri pra ele peguei sua mão e o puxei fora do quarto,peguei meu skate no armário e o levei no Jardim da escola. Percy olhou para os lados preocupado.
-Sabe que se nos encontrarem aqui estamos ferrados ne?
- Relaxa PJ, ninguém vem aqui depois das 7.
Como se fosse uma confirmação,o grande relógio na nossa frente marcou 20 horas dando 8 badaladas.
Passamos a noite com ele tentando andar e dar as manobras mais simples, mais rindo que tentando pra falar a verdade.
Às 10 ele insistiu em me levar até a porta do meu dormitório que eu dividia com uma garota que nunca ficava lá e na porta ele parou; me olhou,parecendo decidir se perguntava ou não.
Por fim disse o óbvio:
- Posso te fazer uma pergunta?
- Pode.
-O que esse colar significa?
Aquele colar!
Com uma linha preta, e pequenos objetos parecidos com pontas de flechas ao redor,a cor igual a gelo puro brilhante, eu o sempre levava comigo, acompanhado de uma gargantilha no pescoço.
- Minha mãe deixou isso pra mim.
- Mas você disse que...
- Ela nunca voltou, eu fui deixada com esse colar nas mãos.
Eu disse isso depressa, não querendo lhe dar muitas brechas, esse assunto me deixava desconfortável.
Ele deve ter percebido porque parou de perguntar e se despediu.
Eu cheguei na minha casa mais leve, aquilo não tão ruim, agora eu tenho Percy lá, e se meu pai acha que isso é um castigo, não a muito que eu possa fazer.
Cindy subiu pro quarto, assim que cheguei, ela não tava muito afim de me buscar, mais meu pai tava lá na sentado na mesa, no mesmo lugar daquele dia da discussão. Assim que me viu ele me abraçou, demorei a devolver porque ele me pegou de surpresa,quando assustei ele falou pra mim:
- Não queria que fosse de jeito filha,mais você tem que aprender com seus erros,nem tudo na vida é tão fácil assim.
Surpreendi a mim mesma quando respondi pra ele:
- Tá tudo bem pai, eu não devia ter falado aquelas coisas e Yancy não é tão mal assim.
Ele me olhou surpreso balançou a cabeça e disse:
- Fez muitos amigos lá? Quem foi a pessoa que te mudou assim hein?É pra eu ter ciúmes?
Eu gargalhei, isso era a cara dele,mais senti que devia responder.
- Eu fiz um amigo, ele se chama Percy Jackson.- dei ombros- Ele é legal.
Ele olhou pra Mary que estava na cozinha escorada nos olhando com um sorriso no rosto e falou:
-Ouviu mulher? Temos um nome agora!
- Robert! Deixe sua filha em paz.
-Max!!
Ouvi um berro da escada, era Anthony, ele deu um pulo tão alto em mim que me jogou no chão, eu me esborrachei rindo dele, minha vida em Manhattan estava começando a entrar nos eixos.
Os meses foram passando, Percy foi a minha casa, eu na dele, sua mãe era mesmo uma mulher incrível, Anthony e ele tinham uma relação engraçada de gato e rato.
Nós tínhamos assistido METAL LORDS, e tínhamos adotado permanentemente o toque de amigos que eles têm nesse filme.
Ja estávamos no fim de março quando tivemos algumas pequenas mudanças, tínhamos um novo professor de latim chamado Sr. Bunnner que mais tarde eu iria saber que as suas aulas eram as melhores que eu podia pedir, e um novo aluno chamado Grover Underwood.
Grover era legal fui percebendo,logo ele,Percy e eu já andávamos juntos,Nancy nunca pareceu gostar muito dele e o chatiava, porque ele usava amoletas.
Confesso que já a dei um soco na cara, uma vez ela disse a Grover que ele nunca iria conseguir um trabalho digno na vida porque ele era alejado. Meu sangue simplesmente ferveu e eu não me controlei, isso rendeu que Mary fosse a escola,mais não fiquei de castigo,Grover à explicou toda a situação e eu (felizmente) não fui castigada.
De repente, no meio do ano nossa professora de iniciação a álgebra teve um colapso nervoso, ela era gente boa se não falasse tão rápido.
A sua substituta, era a pior professora que eu já vi na minha vida e se chamava Sra. Doddds.
Sempre que a gente perguntava algo ela nos olhava de cara feia, uma vez entrou com a sua moto vermelha igual sangue, apelidada carinhosamente de Harley,dentro da escola quase acertando Percy no caminho e arrancando todo o seu armário de tanta força, eu consegui o puxar antes,mais ainda tenho dúvidas sobre ser um "acidente".
Ela usava pulseiras pretas de couro que eu simplesmente às achava um máximo, quando tava nos aplicando a prova de álgebra ela deixou sua pulseira de couro cair, a peguei no chão e tentei devolver pra ela:
-Sra.Dodds?
Chamei, ela logo chegou na minha mesa.
- Sim meu bem?
- A senhora deixou cair.
Disse lhe entregando a pulseira, mais ela simplesmente a tirou da minha mão e à colocou no meu pulso.
- É sua agora.
Ela não era tão má assim, contei a Percy e Grover o que tinha acontecido.
Percy afirmou que poderia ter algum mal olhado na pulseira,disse pra me tomar cuidado porque a Sra. Dodds não parecia gente, Grover olhou pra ele com pavor e assentiu.
- Você está certíssimo!
Grover simpatizou com Théo.
Provavelmente porque lhe dava todas as suas enchiladas.
Aparentemente Théo aceitou trocar de dormitório também, agora Grover ficava com Percy.
Estávamos na aula, e o professor passou pedindo a assinatura para a excursão.
- Crianças agora a assinatura de autorização em cima da mesa por favor! Obrigada senhorita!
Ele passou recolhendo, olhei pra Percy que tinha o bilhete assinado, e pra Grover que também tinha. Merda!! Eu esqueci completamente, mais isso só era pra maio, e estamos em maio! Quer saber?
Que se ferre tudo!
Peguei meu papel e uma caneta e assinei o nome do meu pai.
Percy olhou pra mim um pouco exasperado.
-Serio Max? Você teve 3 semanas pra isso!
- Eu esqueci ok? Não me enche o saco.
O professor tava passando na hora e eu entreguei meu papel, ele não desconfiou de nada. Olhei pra Percy e ele deu ombros como dissesse "pelo menos deu certo".
Fomos para o ônibus, e tava um calor dos infernos, as janelas não estavam todas abertas e eu tava com sede,Percy tava do meu lado no banco do outro lado do ônibus estava Grover e Theo, Nancy Bobofit tava acertando pedaços de creme de amendoim e Ketchup no cabelo de Grover.
Tava me segurando muito pra não ir lá e da outro murro nela.
- Eu vou matá-la.
Ouvi Percy murmurar do meu lado e nunca concordei tanto com ele em toda minha vida. Nancy jogou mais um pedaço de amendoim nele.
- Agora já chega!
Percy levantou e eu ia logo atrás mais Grover o puxou de volta para o assento.
- Você já está sendo observado, não vai querer dar mais motivos certo ?
Eles pareceram entrar em um consenso.
Éramos 23 crianças idiotas com 3 professores. Jonh de educação física,Sra. Dodds de álgebra, e Sr Bunner de latim. Descobri que eu não tava mais aguentando de sede então pedi a Jonh.
-Professor?
Chamei esperando que ele respondesse, ele era o mais perto de nós do fundo então tentei a sorte.
Ele virou pra mim, sua careca refletindo a luz do sol que entrava pelas janelas.
- Sim, Mayfield?
- Eu preciso comprar uma garrafa d'água, e tem um posto logo ali na frente.
Ele sorriu,o que foi meio assustador pois ele não tinha os 2 dentes da frente.
- E o que eu tenho a ver com isso garota?
-Talvez o senhor queira dar uma garrafada no rosto?
Por um momento achei que ele iria me bater.
Vamos lá deixe-me explicar, estávamos na educação física e Percy me pediu para lhe dar água, então eu joguei a garrafa, que acabou acertando a sua careca e depois disso
não importa como eu aja, sempre ficava com 0 nessa matéria.
Ele era bem rancoroso,pra um velho.
Ele gritou um pouco histérico pro ônibus todo ouvir:
- Esse ônibus não vai parar até que cheguemos no Museu Metropolitano de Arte ouviram bem?!
- Mais senhor....
- Não!!
- Eu tô com...
- Shhh!!
- Me deixa falar!
- Talvez agora você entenda menina Maxine, não é pra você abrir essa sua boca, fedellha mimada!!
- Agh!! Que merda! Eu odeio esse cara!
- Aposto todo o dinheiro que eu não tenho que ele também não morre de amores por você.
Percy disse, olhei pra ele e percebi que estava tentando não rir,como a maioria desse ônibus e até Grover tava comprimido os lábios.
Que ótimo!
Meu sofrimento virou motivo de piada!
Chegamos, e Sr. Bunnner tava guiando a excursão falando sobre todos aqueles mitos gregos, ele fez umas perguntas a Percy que soube responder a maioria (amém). E nos mandou ir pra fora, mais Percy ficou.
Pouco tempo depois ele chegou e eu perguntei:
- Detenção?
- Não, quer dizer, não do Bunner, eu não sou um gênio.
- Deixe disso Percy- eu tentei o ajudar-Inteligência nós não nascemos com ela, vamos adquirindo através do tempo, com o conhecimento.
Ele pareceu um pouco melhor, a gente se virou pra Grover esperando algum comentário filosófico mais ele só disse:
- Posso comer sua maçã?
Ele acabou comendo. Nancy chegou e deixou metade do seu lanche cair no meu colo. Levantei com raiva peguei o lanche e joguei bem na cara dela.
- Qual o seu problema garota? - ela disse com a cara cheia de Ketchup
Não respondi e sai de lá correndo pro banheiro.
Não sei quanto tempo se passou mais senti como se alguém tivesse soprado algo na minha cara e lá fora, o ônibus ainda tava parado.
Minha cabeça parecia girar forte, seje pra qual lado eu olhasse.
Voltei para o ônibus esperando o Jackson voltar, e ainda me sentindo estranha.
Até que Percy entrou segurando uma caneta, o vi perguntar algo pra Nancy, pro Sr Bunner , e depois vim pra perto de nós.
- Max você viu a Sr Dodds?
Dodds, esse nome me lembrava a motos e pulseira, essa mesma que eu tava no braço.
Senti tudo girar mais rápido.
- Max?!? Me ajudem com ela!!
A última coisa que vi foi tudo ficar preto e apagar.
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Maxine Mayfield - O ladrão de raios
FantastikMax sempre morou na Califórnia ,mas uma visita na diretoria com seu pai faz a sua vida mudar completamente. Tendo que ir para Nova York ela encontra Percy Jackson, a primeira pessoa que ela vai conversar nessa cidade esquisita, juntos eles enfrent...