MAIS QUE UM EX, UM INIMIGO

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Parei ao lado da Ruby, e vi que o dispositivo de abertura para a linha do tempo estava finalizado, faltando somente acoplar na nave que estava cem por cento montada.

— Acho que podemos testá-lo, e sei exatamente como fazer isso. 

— Dar para testar sem colocar na nave?

— Sim. Os comandos estão todos no meu tablet. 

— E qual teste iremos fazer?

— Vamos enviar um objeto ao passado, um objeto que possamos encontrar nesse tempo. 

— Mas, que o Mon-El não possa desconfiar de que estamos tentando ir para o passado.

— Eu sei o que podemos enviar. Mas, ele precisa chegar até a mamãe. — Lins falou e seguiu até uma bancada para escrever um bilhete. E após alguns minutos voltou com um pequeno envelope vermelho e entregou a Ruby. — Não, vocês não podem ver o que é.

Olhei para Lins e soube exatamente o que estava no envelope, eu só não fazia ideia do que estava escrito no bilhete.

— Para qual momento enviamos? — Ruby perguntou a minha irmã, que desviou o olhar para pensar. 

— Para a noite após a morte do Jack Spheer. A mamãe ficou muito abalada com a morte do ex, isso vai ajudar ela a entender que tudo acontece como tem que acontecer.

— Você não fala no bilhete que a ieiu é a Supergirl, ou fala?

— Claro que não. Eu só faço um pedido a ela.

— Mas, como vamos saber se deu certo? Vamos ter que falar com a mamãe?

— Vamos enviar o envelope? — Lins perguntou a Ruby, que concordou e colocou todos os dados necessários para o objeto seguir direto para as mãos da mamãe na sala da L-Corp na noite após o Jack morrer.

— A ieiu visitou nossa mãe nessa noite, e se ela ainda estiver na sala quando o envelope chegar?

— Isso não vai acontecer, não pelo horário colocado pela Ruby. 

— Posso prosseguir?

— Pode! — respondi com ansiedade para saber o resultado. 

Segundos após o envelope ser enviado, vi Ruby sentir um mal estar e me aproximei para ajudá-la a sentar, e enquanto eu fazia isso, notei o colar da Lins no pescoço da Ruby. 

— Deu certo. Agora precisamos conversar com a mamãe, entender se mudou algo nela. 

— O que tinha no bilhete, Lins? 

— Eu pedi à mamãe para entregar o colar a Ruby, porque somente através dela eu o teria de volta. Mas, acho que não o quero de volta, ele combina com os olhos da Ruby.

— Claro que combina Lins, você comprou ele por causa da pedra do pingente que tem o mesmo tom dos olhos da Ruby. — Lins revirou os olhos e se afastou. — Onde você vai?

— Conversar com a mamãe. E dar um remédio para dor de cabeça a Ruby, esse colar provocou mudanças na vida dela, e isso vai provocar uma enxaqueca.

Lins saiu com tanta naturalidade, que eu realmente me questionei se a mudança foi somente na mente da Ruby.

— Você está bem?

— Um pouco tonta. — Ruby fitou-me com atenção. — Estou me sentindo estranha, não somente com as lembranças após ter recebido o colar da tia Lena, mas ao lembrar do momento que vi esse colar no pescoço da Lins, quando os conheci. Eu pensei que eles eram apenas iguais. Não que era o mesmo colar.

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