Srta Luthor

ELE NÃO TEM ESPAÇO NESSA FAMÍLIA

O silêncio já estava ficando constrangedor, e antes que a Lins resolvesse deixar a sala por causa da postura da ieiu, eu resolvi falar. Mas, a mamãe foi mais rápida.

— Ok! Assim vocês vão assustar os meus filhos. E por mais que não tenha nem uma semana que me tornei mãe, eu já sou uma mãe bem protetora.

— Desculpa, Lena, mas o garoto é a sua cara. 

— E a menina é a cópia da Kara. — por que a tia Alex foi falar aquilo? 

— Pra mim é um elogio ser idêntico a Srta Luthor, e quanto a Lins se parecer com a Kara, que eu imagino que é a loira de óculos a nossa frente, aposto que a minha Irmãzinha também vai considerar como um elogio. Apesar de que ela é a cópia da nossa mãe de sangue.

Kara se aproximou e estendeu um presente a Lins, um cachorro de pelúcia que continha o símbolo da casa de El na coleira. Enquanto eu ganhei uma camisa também com o símbolo da nossa família.

— Acho que alguém aqui é fã da Supergirl. — falei e ganhei um sorriso tímido da loira, que naquele momento ajeitava o óculos sem precisar.

— Ou do Superman. — tia Alex falou enquanto se aproximava e nos estendia sua mão para um cumprimento. — Eu sou Alex Danvers, e elas são Kara Danvers e Samantha Arias.

— Lenny e Lins Luthor. E eu prefiro a Supergirl como heroína ao Superman. Ela é mais forte. Ouvimos falar que o Superman levou uma surra da Supergirl durante a invasão dos daxamitas. 

— Isso foi verdade. 

— Mãe, podemos ir ao quarto guardar os presentes? 

— Vão lá. — seguimos para o quarto, enquanto nossa mãe era bombardeada de perguntas.

Guardamos os presentes em nossos respectivos quartos e depois voltamos para a sala a tempo de ouvirmos a mamãe contar que nossos pais não estavam mais nesse mundo, o que as visitas entenderam como mortos.

— Como eles se acostumaram a chamar você de mãe tão cedo?

— Eles que me escolheram como mãe, eu só os aceitei de braços abertos. E vocês não imaginam o quão feliz os dois estão me fazendo. Eles estão preenchendo o vazio que eu sequer havia notado que precisava ser preenchido.

— E o James, Lena. Como ele reagiu à adoção?

— Quem é James? — claro que eu sabia quem era James, mas resolvi fazer o desentendido. — Mãe? — me sentei ao lado da minha dinda que não era mais minha dinda.

Minha pergunta deixou um clima estranho no ar, que foi quebrado pela Samantha.

— Você não falou das crianças para o James e nem do James para os seus filhos?

— Eu… Nossa, eu me esqueci completamente do James. Os últimos dias foram tão corridos, que eu sequer me lembrei dele.

— Interessante isso, Luthor. — Alex falou, e foi sentar ao lado da Lins. — Sabe Lins, eu sou uma ótima tia, mas acho que eu seria uma ótima dinda.

— Não acredito, Alex. Como você se oferece para ser madrinha, sendo que eu sou a melhor amiga da Lena?

— Eu conheci a Lena primeiro, vamos deixar bem claro.

— Vocês sabem que não sou religiosa, mas quanto a dar madrinhas aos meus filhos. Eles mesmos podem escolher.

— Podemos?

— Se vocês não tiverem, é claro. 

— Podemos escolher, não podemos, Lins?

— Claro! Eu escolho a Alex.