ME APAIXONEI

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Caminhei pela floricultura e escolhi um lindo buquê de lírios amarelos, escrevi um cartão e o enviei para a CatCo.

— Será que ela vai gostar? — falei enquanto caminhava o carro da mamãe que estava a minha espera próxima a floricultura.

— Você ainda não me falou para quem são as flores. — comentou quando eu entrei no carro para seguirmos para L-Corp.

— Eu falo o nome dela, se a senhora me contar o que aconteceu na noite passada que fez a minha irmã perder a fé de ter nossas mães como um casal.

Mamãe suspirou e ficou em silêncio com o olhar voltado para a paisagem da cidade através da janela do carro. E quando eu pensei que o assunto havia sido encerrado, ela finalmente decidiu falar.

— Lins perguntou a Kara se ela sente algo por mim além de amizade. Kara, respondeu que ama o Mon-El e que em nem um momento da vida dela pensou em mim que não fosse como amiga. Também deixou claro que lamenta que você e sua irmã não possam mais voltar a está com suas mães verdadeiras.

— Ela não nos vê como filhos e nunca vai ver. Apesar dessa linha do tempo ela não estar casada com o Mon-El, ela está bem mais envolvida romanticamente com ele. 

— Eu sinto muito por vocês não ter as duas mães ao lado.

— Está tudo bem, mãe. O importante é que temos a senhora em nossa vida, Lins e eu, não somos os únicos filhos no mundo a ser rejeitados pela mãe. Ainda estamos em vantagem, temos uma das mães ao nosso lado.

— Agora me fala o nome da garota que vai receber as flores.

O carro parou em frente a L-Corp, e deixamos o veículo em direção ao prédio.

— Nia Nal. — mamãe parou de caminhar, o que chamou a minha atenção. — Tudo bem, mãe?

— Nia? 

— Linda não é? Acho que estou apaixonado. — suspirei. — Não conta pra Lins.

— Por que?

— Porque a Nia é a madrinha dela, e eu mesmo quero contar pra ela que me apaixonei pela Nia. 

— Não irei contar.

Me despedir no elevador da mamãe e seguir para o laboratório, enquanto ela seguiu para sua sala.

***

Enquanto eu estava trabalhando no laboratório da L-Corp, Lins aproveitou que estava sozinha e usou sua super-velocidade para ir ao encontro da Ruby em uma lanchonete próxima onde a Srta Arias mora.

— Não acredito que você está aqui. — Ruby falou assim que se soltou de um abraço apertado na Lins. —  Estou tão feliz. Espero que sua presença não te coloque em encrenca com a tia Lena.

— Somente se ela descobrir. Eu pretendo estar em casa antes dela voltar da L-Corp. 

Pediram um lanche e iniciaram uma conversa descontraída até o momento que Ruby viu algo que estava com Lins. O tocou e o observou atentamente.

— Lins, essa gargantilha é a minha? — enquanto Ruby tocava a gargantilha, ela desapareceu diante dos olhos das duas. — Sumiu?

— É um único objeto, Ruby. E nessa linha do tempo você ainda está com o seu, eu já esperava pelo momento que ele iria desaparecer e sabia que isso somente iria acontecer quando você o veria comigo.

— Isso significa que éramos amigas no futuro?

— Sim. Em qualquer tempo que nos encontramos nos tornamos amigas, Ruby.

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