Capitulo 09

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—Xamã—

Termino mais uma entrega, desbloqueio o celular para ver aonde é pra pegar a próxima, e chegam notificações.

Cathe❤️‍🔥: Oieee
Cathe❤️‍🔥:A Bela decidiu fazer algo na casa dela mais tarde
Cathe❤️‍🔥Não tá afim de ir?

Respiro fundo e um leve sorriso surge em meu rosto, mesmo me negando, estava aliviado e feliz por ela ter me chamado.

Me: Fala morenaaa❤️
Me: Aindaa
Me: Que horas?

Cathe❤️‍🔥:Te espero lá então
Cathe❤️‍🔥: Se quiser levar o Rd ou qualquer
amigo teu, fica a vontade!!
Cathe❤️‍🔥: Umas 20:00

Me: Fechouuu gatinha

Olho no relógio e já marcam 18:00, faço as últimas entregas e resolvo ir para a casa me arrumar.

—Catherine—

Saio do quarto e vou até a cozinha para preparar algo antes de ir pra casa da Bela. Sinto um cheiro gostoso ao me aproximar.

—Divinhaaa, que cheiro delícia, que isso?.—digo me aproximando dela que está mexendo algo no fogão.
—Strogonoff de carne que você ama.—ela vira para mim.
—Mentiraaaaaaaa, você é perfeita mulher.—abraço ela.
—Se você quiser comer já, eu ia guardar pra ti na vasilha, você janta tarde.— ela sorri.
—Vou comer agora sim, porque eu vou sair, falando nisso, você viu meu pai?.— digo mais baixo.
—Ele não te avisou? A viagem foi adiada, ele e seu irmão saíram daqui faz umas 2 horas, já devem tá quase chegando em Brasília.—ela arqueia a sobrancelha.
—Não ele não me avisou, não sei porque você ainda se impressiona com isso.—digo negando com a cabeça e encostando na bancada.
—Mas você estava em casa, o que que custava ir no seu quarto e avisar? Seu pai é um homem difícil.—ela diz ainda em negação.
—Melhor assim, posso sair sem ele nem saber.—digo dando de ombros e pegando um prato.
—Caca Caca cuidado.
—Divinha sabe de uma coisa? Por que você não vai pra casa? Curte esse final de semana com seus filhos, vai pra praia, pega uma folga.— digo colocando o arroz.
—Tá maluca menina, seu pai não me deu folga, disse pra eu ficar aqui o final de semana todo, pra ficar com você.—ela coloca a mão na cintura.
—Ele jamais vai saber, e eu sei me virar, por favor?.—digo fazendo bico.
—Caca isso não vai dar certo, melhor não minha filha.— ela cruza os braços.
—Eu juro que ele não vai descobrir, a gente já fez isso outras vezes e ele nunca nem sonhou.— tento convencer ela.
—Ele não pode nem sonhar mesmo, se não já era meu emprego.
—Ele não é nem maluco de te demitir, você é mais minha família do que ele mesmo.— resmungo.
—Você não faz nem ideia do que ele é capaz, vou arrumar minhas coisinhas então.—ela diz saindo em rumo ao quarto dela.

Termino de comer, vou para o quarto me arrumar. Diva vem poucos minutos depois se despedir de mim.

—Qualquer coisa me liga que eu venho correndo, já sabe né? Te amo minha filhinha, se cuida e juízo viu.— ela me dá um beijo na testa e sai.

Alguns minutos depois, pego minhas coisas, desligo as câmeras, tranco a casa e desço para a garagem. Vou até o apartamento da Bela, subo e me deparo com tudo limpo e arrumado, confesso que fazia muito tempo que não via esse apartamento tão organizado.

—Tá em choque? Eu também, agora olha issoo.— ela diz abrindo a geladeira de bebidas que está lotada.
—Você é maluca juro, ce tá lembrando que amanhã você tem facul, eu também e o resto do mundo né?.
—A vida é só uma.—ela ri.
—Eu tô bonita? Gostou da roupa?Acha que deixo o cabelo solto ou preso?.—digo olhando no espelho pela décima vez.
—Sério, faz anos que não te vejo assim, o que que esse rapperzinho fez contigo?.— ela ri negando com a cabeça.
—Não tem nada a ver com ele ué, só quero tá bonita, não posso?
—Se fosse verdade simm, mas eu sei que não é, você passou a semana toda stalkeando o menino.
—Eu só fui atrás das músicas dele, você acredita que ele também faz slam e poesia? Tipo tem umas músicas dele que tão batendo 30 mil visualizações, e eu fico tão feliz, ele parece batalhar muito pra isso.
—Você tá se escutando? Tá muito apaixonadinha, e agora faz muito sentido, ele é exatamente o que você mais ama, escritor, compositor, cantor...
—Não tô apaixonadinha, só curti muito o trabalho dele.
—E ele.— ela da dois tapinhas no meu ombro.

O interfone toca e ela atende.

—Dona Isabela?
—Oie Francisco
—Tem umas 10 pessoas aqui pra subir, pode liberar? Um tal de Vinicius, Laura...
—Pode liberar sim, inclusive todo mundo que chegar aí hoje pedindo pra subir, pode liberar!.—corto antes que ele termine os nomes.
—Sim senhora.—ele desliga.

Ela coloca o interfone no gancho e sorri pra mim.

—Let's go.—ela vai andando até a porta.
—10 pessoas? Quem são esses? Quem você chamou?.—digo rindo.
—Uma galera da faculdade, uma galera do nosso ensino médio...
—Ensino médio? Meu Deus você foi longe.—ela da play na música.
—Que? Não escutei?.—se faz de sonsa e abre a porta do ap.
—Eu te odeiooo.—grito.

As pessoas começam a entrar e subimos para a cobertura.

—Cathe?.—um moreno do cabelo baixinho quase raspado se aproxima.
—Lucca? Quanto tempo, meu Deus você mudou muitooo.—sorrio e abraço o mesmo.

Mudou muito quer dizer que tá um puta gostoso.

—Uma desilusão amorosa e academia, resolvem muita coisa.— ele ri.
—E ai, o que anda fazendo?.
—Tô terminando a faculdade de química, e você?
—Tô terminando medicina, as notas boas em química queriam dizer algo então né?.—sorrio.
—Uau medicina, sempre achei que você fosse fazer artes ou algo do tipo.—ele diz e eu sorrio sem graça.
—Você conhece meu pai né, impossível, mas tô feliz em medicina.
—Achei que ele ia melhorar durante o tempo, mas coé você e o Rodrigo?.—ele pergunta inocente.
—Não não estamos mais juntos.—sorrio novamente sem graça.
—Ainda bem, você era minha melhor amiga na época então não podia dizer isso, mas pelo amor de Deus que moleque insuportável.—ele ri, me fazendo rir.

A campainha lá embaixo toca, tento achar a Bela, mas ela tá jogando beer pong.

—Preciso ir atender, já volto, fica a vontade.— vou em direção as escadas.

Abro a porta e me dou de cara com Cabelinho, Xamã, Rd, Pk, Chris e Knust.

—Os mais bonitos chegaram.—Cabelinho diz abrindo um sorriso.
—Quem foi que te iludiu? A mamãe?.— sorrio e o abraço.
—Sua amiga.—ele debocha.
—Aiiiii calica.—Chris grita.

Comprimento todos eles.

—Entrem, fiquem a vontade, vamos subir.— digo guiando eles até a escada.
—Caralho isso é uma mansão mane.— cabelinho diz impressionado olhando para os lados.
—Papo reto não sabia nem que existia um apartamento tão grande assim.—Knust reafirma.

Subimos e eles começam a cumprimentar todos, vou até a geladeira em busca de algo para beber.

Era uma vez // Xamã Onde histórias criam vida. Descubra agora