Juntos

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Peter estava tomando banho na casa de Wade, os dois eram amigos há alguns meses e depois que a tia May também se foi, Peter fazia de tudo para não ficar muito tempo sozinho no apartamento. Ele não tinha mais ninguém no mundo, perdeu a todos que amava e a amizade com Wade chegou como um presente. Um presente estranho, lunático, pervertido e boca suja, mas, ainda assim, confiável e protetor.

     – Petey, você não quer ajuda? – A voz de Wade soou abafada do outro lado da porta.

     – Não, sai fora. Eu posso tomar b anho sozinho.

     – Qual é, Baby boy... – Peter ouviu Wade se afastar pisando duro e reclamando alto.

     Ele odiava as investidas de Wade no início, até quebrou seu nariz algumas vezes, mas agora já estava acostumado. Que ninguém o ouça dizer, mas até gostava. Era bom sentir-se desejado depois de tanto tempo. Quando Gwen se foi Peter não quis mais ninguém, ainda sentia-se culpado pela morte da garota.

     Três anos depois ele conhece Wade, já não era mais nenhum garotinho, tinha 20 anos, porém como Wade tinha uns 150 anos Peter ainda era um "Baby boy".

     Ele terminou o banho e se secou, amarrou a toalha em volta da cintura e saiu do banheiro entrando no quarto e dando de cara com Wade na cama, numa pose extremamente engraçada pra um cara de 1.90m. O ex-mercenário parecia hipnotizado por Peter.

     – Tudo bem com você?

     – Você não deve ser desse mundo, Petey. – Disse o mais velho fazendo Peter corar e desviar o olhar.

     – Você adora me deixar constrangido. – Ele caminhou até a cama e pegou sua muda de roupa. – E pode dar o fora, eu vou me vestir.

     – Deixa eu ver, Baby boy. Não vou fazer nada, só olhar. 

     – Não, para de ser pervertido.

     – Petey, por favor. Você já me mostrou seu rosto o que custa mostrar a bunda? Por favor, Baby boy. 

     – Você é muito tarado, Wade. – Peter não conseguia acreditar que estava considerando a ideia.

     Todos os esses anos de convívio com Wade despertaram sentimentos e desejos em Peter, há meses não evitava mais os toques do maior, há meses não brigava com ele por tentar beijá-lo ou pelas piadas com sua bunda. Daria uma chance a Wade porque não conseguia mais resistir a vontade de tocá-lo.

     – Isso é um sim?

     – Isso é um cala a boca antes que eu desista.

     Wade soltou um gritinho ridiculamente fino e estridente sentando na cama. Peter estava com vergonha, mas também estava com tesão, só Wade conseguia causar essas sensações o mais novo.

     Peter desenrolou a toalha e a deixou cair em seus pés, nesse momento Wade se jogou da cama e ficou de joelho, hipnotizado. O Homem-Aranha engoliu em seco e pegou a cueca vestindo-a em seguida, 

     Wade engatinhou até estar quase entre as pernas de Peter. O mais novo pegou a calça moletom e a vestiu empinando a bunda bem na cara de Wade que permanecia no chão.

     – Satisfeito? – Perguntou sentindo o rosto arder.

     – Petey, eu sou louco pela sua bunda, é sério. Eu preciso dela. De você, eu preciso de você. – O mais velho ficou de pé, ele estava tão perto que podia sentir a respiração de Peter ficar mais pesada.

     – E-eu... 

     – Se você disser que não sente nada eu juro que não insisto mais, se você disser que nada é recíproco eu vou até embora da cidade... Mas se você sentir alguma coisa, por favor, me fala porque eu não posso mais viver nessa loucura de desejo e amor.

     Peter encarou os olhos brilhantes de Wade e lembrou do dia em que ele finalmente revelou o seu rosto, foi um longo processo de confiança e aceitação até que ele retirou a máscara e deixou Peter tocá-lo no rosto.   

     O garoto pensou em todo esse tempo e todas as aventuras malucas que viveram juntos, em todas as vezes que Wade o salvara e em todas as vezes que cuidou dele e o ouviu chorar de saudade da família. Ele tinha se tornado bem mais que um amigo e não fazia sentido esconder os sentimentos.

     Peter sorriu.

     – Você só quer a minha bunda. – Brincou. – Sorte sua que eu estou apaixonado.

     – Eu quero mesmo, mas não só... O que você disse? – Ele se interrompeu.

     Peter pôs os braços em volta do pescoço de Wade, inclinou a cabeça dando um pequeno sorriso e repetiu.

     – Estou apaixonado por você. Não sei quando aconteceu, não sei explicar como, mas eu não quero que fique longe de mim ou que vá embora da cidade. Não quero perder você, Wade. Você me fez redescobrir a felicidade.

     Wade o abraçou pela cintura e tragou o cheiro de sabonete que exalava da pele macia e recém-banhada do garoto.

     – Então isso quer dizer que eu posso te beijar?

     – Você pode.

     – Posso beijar sua bunda também?

     – Wade!

     – Isso foi um grito de "sim".

     – Isso foi um grito de "cala a boca e me beija".

     – Essa é antiga, Baby boy e você nem era nascido na época do Orkut. – Brincou. 

     – Quer saber...

     Peter ficou na ponta dos pés e beijou Wade, decidiu calá-lo de vez antes que outras pornografia saísse de sua boca suja. A falta de filtro enter o cérebro e a boca torna Wade terrivelmente tagarela.

     O ex-mercenário retribuiu o beijo com muito desejo, mas para a surpresa de Peter ele foi carinhoso e calmo. Segurou firme na cintura do mais novo e foi gentil.

     – Que boca gostosa, Baby boy. Você é tão perfeito. Esse beijo me deixou tão duro que meu pau tá doendo dentro da cueca.

     – Wade ainda não, por favor. Podemos dormir? – Pediu acariciando a nuca do mais velho.

     – Podemos, Petey, claro que podemos. 

     Os dois deitaram juntos na cama de casal e Peter automaticamente buscou abrigo no peitoral de Wade. Deadpool o abraçou deixando-o confortável e beijou sua testa.

     – Eu pareço louco, mas não vou forçar você a nada. Posso esperar até estar pronto.

     – Obrigado, amor.

     Wade sentiu o coração falhar uma batida.

     – Puta que pariu, Baby boy, isso é jogo baixo! E eu vou querer fuder você! – Brincou fazendo Peter rir.

     – Boa noite, meu amor. 

     – Boa noite Petey.

Aventuras de SpideypoolOnde histórias criam vida. Descubra agora