Pedindo permissão

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  Peter estava encarando Wade Wilson há horas, o garoto mais velho estava jogando basquete após a última aula. Peter já deveria estar em casa, seu motorista estava esperando pacientemente, mas ele tinha uma quedinha pelo aluno do terceiro ano e ele pre-ci-sa-va vê-lo por mais um tempo.

Wade fez mais uma cesta de três pontos e aponto para Petey, na arquibancada.

– Mais uma cesta pra você, Baby boy.

Peter se derreteu mais um pouco com a declaração do mais velho. Os dois se tornaram amigos quando Wade ganhou a bolsa, no ano passado. Ele era imigrante, órfão e tinha uma história de vida complicada, mas nada disso importava. Wade salvou Peter de alguns agressores e desde então se tornaram amigos. Bom, há um mês eles eram mais que só amigos. Wade beijou Peter numa tarde chuvosa, quando os dois ficaram trancados no laboratório de química, após o horário letivo.

Era bem verdade que Peter estava apaixonado, mas ainda se achava insuficiente para Wade. Atrapalhando seus pensamentos autodepreciativos, o celular de Peter tocou.

Alô?

– Peter, você já deveria ter chegado, filho. – Era Steve.

– Desculpa, papai, acabei ficando e me distraí.

– Está com Wade?

Seu tom de voz não mudou, mas Peter notou a preocupação.

– Sim, ele está na quadra.

– Esteja em casa em, no máximo, uma hora. Seu pai está chegando e você sabe que ele não gosta que você se atrase para o jantar.

– Papai?

– Sim.

– Posso convidar Wade?

– Tony vai questioná-lo, se vocês estão preparados para isso, então sim.

– Obrigado papai.

Tony Stark era muito protetor com seu filho, e, no seu ponto de vista, Wade não era bom o suficiente para Peter. Ele tinha medo que Wade brincasse com os sentimentos do garoto e partisse seu coração sendo um miserável aproveitador de garotinhos inocentes. Era ciúme de pai.

Wade correu até onde Peter estava com um sorriso no rosto, ele estava tão apaixonado pelo garoto que não conseguia controlar seus desejos.

– Oi, Amor.

– Oi, Baby boy, vem aqui, rapidinho...

Wade segurou o rosto do garoto com carinho e o beijou rapidamente, isso foi o suficiente para Peter derreter feito picolé no verão.

– Você não deveria estar em casa a essa hora? – Ele abraçou Peter pela cintura o mantendo perto.

– Deveria. Acabei de falar com papai... Eu tenho que ir agora, ma estava pensando se você gostaria de ir jantar comigo.

Wade sorriu e o beijou novamente.

– Está preparado para isso?

– Sim. Não vai ser tão ruim, ele só é ciumento.

– Você quer mesmo ser meu namorado, Baby boy?

– É o que eu mais quero.

Os dois voltaram a se beijar com Wade acariciando a bochecha do mais novo. Se afastaram minimamente e o leve roçar de lábios os fizeram sorrir juntos.

– Vou tomar um banho rápido e podemos ir. Quero torná-lo oficialmente meu, sr. Rogers-Stark.

Wade nunca tinha namorado antes, Peter era o seu primeiro amor. O garoto tinha perfeita noção da enorme diferença entre os dois, sabia que os pais de Peter estavam preocupado com o fato dele ser de uma classe social inferior, mas nada disso importava realmente.

Aventuras de SpideypoolOnde histórias criam vida. Descubra agora