Morando juntos

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Wade não esperava que Peter abrisse a porta, mas bateu mesmo assim. Poderia entrar pela janela, mas não o faria, queria que Peter abrisse pra ele. Queria que Peter quisesse vê-lo, conversar e resolver as coisas.

    – Petey, me perdoa. Eu sei que você está aí, me deixa falar com você. – Deadpool pediu escorando a cabeça na porta.

    Peter estava com raiva porque viu mensagens de Vanessa no celular de Wade e o conteúdo da mensagem era marcando um encontro que Wade respondeu que iria. Peter e Wade estavam juntos há três meses, depois de muita insistência do mais velho e de estar completamente apaixonado, Peter cedeu.

    O garoto ainda tinha suas limitações, inseguranças e medo. Wade era mais velho, experiente, gostoso e tinha muitas mulheres e homens ao seu dispor. 

    – Eu não quero falar com você, Wade. Me deixa em paz! – O garoto disse do outro lado da porta. – Você tá muito bem sem mim.

    Wade bufou irritado, queria pelo menos uma chance de se explicar. Ele amava Peter e jamais o trairia. Deixou tudo pelo garoto, abandonou a vida de mercenário, se tornou alguém melhor por ele. Não perderia tudo que conquistou.

    – Baby boy, você não está sendo justo. Leu as mensagens e saiu, sequer conversou.

    (Verdade, nem te deixou explicar.)

    [Perdeu a gostosa da Vanessa e o fofo do Peter, vai bater punheta eternamente]

    – Calem a porra da boca! – Wade berrou com as vozes.

    (Ele não vai voltar, você é um merda)

    [Vai matar alguém que passa, Wade]

    – Me deixem em paz... – Wade sussurrou.

    Peter abriu a porta.

    – Você está bem?

    Wade não respondeu. Ele abriu a porta o suficiente para entrar e bateu atrás de si, fechando-a. Pegou Peter nos braços e tentou beijá-lo. O Homem-Aranha tentou se esquivar e se soltar do aperto de Wade, mas ele o conteve. Ele beijou o pescoço de Peter e arfou quase gemendo enquanto distribuía beijos, até que roçou seus lábios nos de Peter e o beijou de verdade.

    Peter cedeu ao beijo e aos braços de Wade, se derreteu e se deixou ser levado até o sofá.

    – Você sabe que não se resolve tudo com sexo, certo? – Peter perguntou se afastando rapidamente para conversar.

    – Quem disse? Se eu foder você esqueço toda essa briga besta e fico de boa. – Brincou.

    – Wade... 

    Wade segurou o rosto de Peter, que estava sentando em suas pernas numa posição favorável.

    – Baby boy, eu amo você. Ninguém pode mudar isso. A Vanessa me pediu ajuda, ela está numa situação ruim e grávida. Em nome de tudo que vivemos e do quanto eu a amei, eu fui ajudá-la. Eu não falei nada para evitar ciúmes e briga, mas... 

    – Desculpa, eu fui imaturo. É que vocês tiveram toda uma história e...

    – Está no passado. Você está aqui comigo, você é meu presente, meu futuro e eu adoraria que fosse o meu eternamente. – Havia tanta honestidade e dor nas palavras de Wade que Peter se sentiu mal por tudo.

    – Desculpa, amor.

    – Nunca mais vai embora daquele jeito, não posso perder você.

    – Eu não vou. Eu não conseguiria mais viver longe dessa sua boca suja, dessa mente depravada ou da linguagem obscena. Eu jamais conseguiria dizer adeus ao nosso sexo matinal, ou em qualquer hora do dia. – Peter riu e Wade também. – Eu não conseguiria mais dormir sem ter você me abraçando. O que seria de mim sem as panquecas queimadas e os farelos de biscoito no sofá. Eu te amo, Wade Wilson.

    – Vem morar comigo? – Wade pediu deixando Peter surpreso. – Aquele apartamento é enorme sem você, sem as teias por todo lado ou o seu uniforme manchando tudo. Arruma as malas e vem morar comigo, Baby boy.

    Peter tinha um sorriso enorme no rosto quando disse sim.

    – Eu vou, amor. É claro que eu vou.

    – Sexo de despedida no ex-sofá do Petey. – Wade sorriu ladino de um jeito muito safado que sempre faz Peter querer se jogar em cima dele.

    Wade puxou Peter fazendo seus lábios colarem, os corpos estavam em perfeita sincronia e tudo era quente e prazeroso. Peter removeu a sua camisa rapidamente e Wade aproveitou para provocar os mamilos do garoto, com tesão Peter rebolava sentindo a ereção e Wade roçando na sua.

    – Petey... Tira a calça... 

    Desfazendo as posições eles removeram as peças de roupas e voltaram para o sofá. Mergulhados no prazer surreal da reconciliação gozaram juntos minutos depois.

    – Caralho Baby boy, a gente precisa brigar mais vezes. Eu gozei tão forte que mal sinto minhas pernas. – Wade disse.

    – Sem brigas e mais sexo, por favor.

    – Você tá ficando tão safado, Petey. –Wade disse beijando a testa suada de Peter. Os dois permaneceram pelados e abraçados no sofá.

    – É a sua péssima influência na minha vida, te odeio. – Wade riu e Peter riu ao sentir o peito do maior tremer pelo riso alegre.

    – O que acha de irmos até a rua Onze, no carrinho do Sr. Omar comprar tacos, chimichangas e pipocas e ir para casa assistir a um filme?

    – Ir para casa? – Peter perguntou encarando os olhos azuis do mais velho.

    – Para a nossa casa. – Wade repetiu.

    – Ahhhhhh! – Peter deu um gritinho e se jogou em Wade. – Vamos! Amanha eu volto para buscar minhas coisas.

    – Agora você é meu, Petey. – Wade o abraçou com força como se segurasse o mundo inteiro em seus braços e no fim era isso mesmo.

Aventuras de SpideypoolOnde histórias criam vida. Descubra agora