Um empurrãozinho de Steve

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  – Eu juro que não consigo entender como um garoto como você consegue passar mais que dez minutos na companhia de Wade. Aquele pervertido sanguinário pode te matar a qualquer momento, o que vai me obrigar a descobrir um meio de matá-lo também! – Ralhou Tony bebendo sua segunda dose de whisky.

Peter se jogou no sofá ouvindo mais um sermão do pai, mas só ouvindo mesmo, sua mente estava vagando com lembranças recentes de um certo falastrão anti-herói. Steve chegou. Ele soube que os dois estavam brigando assim que abriu a porta.

– Não são nem dez da manhã e o quanto você já bebeu, Antony? – Perguntou beijando o rosto do marido e retirando o copo da sua mão.

Steve era o único ser vivo que chamava Tony pelo nome completo e ele deixava. Os dois estavam juntos há anos, decidiram adotar Peter quando o garoto tinha três anos. Tony se apaixonou pela mente criativa e tendenciosa a amar química da criança, enquanto Steve só queria ter uma família.

Peter desenvolveu seus poderes após um acidente com aranhas radioativas que em contato com seu sangue, especificamente, o fez ter superpoderes. Ele lidou bem com poderes, adorava treinar com Steve e criar armas e equipamentos com Tony.

– Pai, por favor! Wade é um cara legal, ele tem um bom coração... Ele me protege. Wade salvou a minha vida muitas vezes e ele não é mais um mercenário. – Defendeu.

– Ah não? E o que o fez mudar? Peter, você tem 17 anos! Deveria estar criando alguma coisa genial, estudando e não dando bola pra um monstro retalhado.

– Não fala assim dele! É feio e preconceituoso. Wade foi vítima de um experimento, gente mal fez aquilo com ele e ele só tava tentando se curar de um câncer. – Peter gritou com lágrimas nos olhos. – Eu amo você, mas vou te deixar falar assim dele.

– Meus amores, podemos nos acalmar? Tony. – Steve o encarou e os dois tiveram uma conversa silenciosa.

Tony com certeza soltaria alguma ironia, mas parou ao olhar para Steve e ver Peter chorando.

– Vem aqui, filho. – Peter foi relutante e sentou ao lado do pai militar. Steve o abraçou e secou as suas lágrimas. – Wade é especial para você?

Tony revirou os olhos pegando seu whisky de volta.

– Wade é... Sim, ele é muito especial... Importante pra mim.

– Ele é um boca suja, pervertido e imoral. Você não tem nada saudável a aprender com ele. – Toney disse recebendo outro olhar de advertência de Steve.

– Ele é mesmo boca suja, pervertido e imoral. É falastrão, imortal e cruel com pessoas más. Mas ele não se resume a isso. Ele é atencioso comigo, carinhoso, protetor e amável.

– Você está apaixonado por ele, Pete? – Steve perguntou sorrindo, cúmplice.

Peter corou e engoliu em seco. Ele tentou encarar o rosto do pai, mas estava envergonhado.

– Eu-e-eu... me sinto diferente com ele.

– Diferente como?

– Ele cuida de mim e eu quero muito ser cuidado por ele. – Sorriu. – Ele faz muitas piadas sexuais, é irritante, mas me faz rir toda hora, me abraça quando eu to com frio e diz coisas fofas. Ele me chama de Petey. – O garoto riu. – Wade confia em mim, me conta seus segredos e me protege toda vez que estamos em batalha. Eu sinto meu coração calmo perto dele.

– Sabe que muitas dessas coisas eu sinto pelo seu pai e olha como estamos hoje. – Disse Steve. – Ele sabe?

– Não! Eu não tenho coragem de falar.

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