Camadas reprimidas

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IVARSEN


Quaisquer sombras que tiveram suas camadas reprimidas de Keisa durante o passar dos anos estavam se desmascarando mais à cada passo que ela dava para perto de mim, cada escolha irrevogável me surpreendia inteiramente. O fato dela ter colocado as palavras sobre mim como mil facas naquele quarto, a maneira em que chegou até mim por vontade própria procurando qualquer coisa mais física tornavam-me tão vulnerável na mesma proporção que tornavam-me poderoso.

Toda curiosidade que vertia daqueles olhos grandes de boneca, o cheiro dela tão perto enquanto suas coxas abraçavam minha cintura me deixavam extasiado para caralho. Eu tinha certeza que se Keisa subisse mais iria me sentir duro em baixo dela, mas ela não o faria, estava concentrada demais imaginando as vantagens e desvantagens de nosso jogo.

Não conseguia parar de pensar em como seria suas próximas ações voluntárias, não importava quais fossem eu a deixaria prosseguir.

Merda, eu estava fodido.

Claro que aquele jogo poderia ser considerado uma perda de tempo quando ambas recompensas levavam para o mesmo lugar, mas eu não iria perder a oportunidade de aumentar seu sistema de vulnerabilidade.

— Tudo bem, se ganhar você me terá como quiser.

A boca redonda pintada com a cor do pecado se torceu em um sorriso sapeca, parecendo quase infantil.

— Mas e você, — ela disse quando o sorriso bonito abandonou seu rosto. — o que vai querer?

Apertei o volume das suas coxas quando minhas mãos adentraram o tecido da manta que cobria a região que ficou exposta quando seu vestido subiu enrolando no quadril mais delgado. Não existia nenhum sutiã em baixo da camada fina do vestido, o que me permitiu a visão inteira dos mamilos pequenos rígidos.

— Não sei como você vai me querer, — eu disse levando as mãos na direção do lugar que a fazia estremecer. — mas eu vou querer você assim.

O cabelo de Keisa era sempre muito armado e selvagem em todas as situações, mas daquela vez estava bem mais cheio e salpicado do sereno terrível do frio que pairava em sua cabeça. Pensei que fosse a mulher mais bonita que já sentara no meu colo com um olhar inocente, mas eu não iria julgá-la quando aquele era o único olhar que ela conhecia. Ela provavelmente poderia me matar quando descobrisse outras formas letais de olhar.

— Vai me querer sem roupas?

Balancei minha cabeça confirmando e incapaz de me manter longe toquei sua testa com a minha. O cheiro dela estava mais perto dessa vez, tudo o que senti foi medo de perder o controle no momento em que minhas mãos tremeram um pouco.

Eu queria ela sem roupas, com roupas e com tudo o que ela era.

Fui incapaz de cobrir a satisfação quando seu corpo reagiu ao toque do meu polegar nela. Movi devagar fazendo pressão no clitóris da garota com a certeza que eu poderia masturbar ela a todo momento e por muito tempo se ela permitisse.

Keisa agia como se nunca tivesse sido tocada com o intuito de sentir prazer, e aquela merda me deixava frustado pra caralho quando tudo o que uma garota podia querer eram orgasmos intensos.

Com a outra mão segurei em seu quadril e trouxe ele em minha direção guiando seus movimentos contra meu dedo, os olhos de Keisa se fecharam na tentativa de se concentrar na sensação que aumentava mais na percepção da sua lubrificação melando meus dedos como fizera anteriormente.

— Quero te comer. Merda, como eu quero. — sussurrei contra seus lábios. Sem beija-la.

— Terá que esperar até ganhar o jogo, — Keisa sorriu de olhos fechados. — isso se você ganhar...

Hunting - Ivarsen Torrance Onde histórias criam vida. Descubra agora