Minha rainha

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KEISA

Nenhuma de todas as palavras existentes teriam potenciação decisiva para descrever o turbilhão de coisas que eu estava sentindo. Após ter Ivarsen admitindo culpa com palavras bem eleboradas por me colocar em algumas situações indesejáveis, após ter transado intensamente nos bancos de trás de seu carro, eu estava me perdendo no meu próprio personagem.

— Você está nervosa. — não era uma pergunta.

Ivarsen ficava bonito enquanto dirigia, com uma expressão mais leve do que a que se prendia em seu rosto antes de transarmos mostrando que ele estava satisfeito com tudo o que fizemos. Eu não estava diferente, mas ainda queria erguer a guarda.

— Tenho o direito de estar nervosa, você tentou me matar uma vez. — olhei pela janela quando a cidade começou a ficar mais distante conforme avançamos para cima de uma colina rochosa e feia, no entanto a vista da cidade como pequenas bolas de luzes flutuantes era agradável.

— Você já confiou em mim.

— Vai ter que lutar para recuperar minha confiança de volta... — sugeri.

— Se me conhecesse bem, saberia que eu nunca fujo de uma boa luta.

Eu tive preguiça de rebater e ele não interferiu. Não até estacionar em frente à um terreno mais plano onde um enorme depósito de portas enormes estava trancado por um cadeado. Ivarsen estava sem camisa após tê-la tirado para limpar o esperma que ele deixou vazando pelas minhas coxas, aquela pele pálida quase brilhava com a luz cinza do luar enfeitando o crucifixo dourado em seu pescoço como um amuleto que algemava minha alma.

Ivarsen poderia fazer o que quisesse e ninguém me ouviria gritar.

— Vamos entrar, está frio aqui fora.

— Essa é sua nova casa? — perguntei zombando. Meu humor estava ácido, não tinha como negar.

— Sim.

Juntei as sobrancelhas tentando captar algum tipo de brincadeira na tonalidade da sua voz, mas nada surgiu. Ele estava realmente falando sério.

Ivarsen abriu as portas duplas, e empurrou com força suficiente para fazer seus músculos dos braços e costas formarem um desenho bonito em sua pele.

Meu queixo caiu quando a visão enorme do lugar expandiu diante dos meus olhos, acendendo uma luz após a outra conforme Ivarsen digitava no painel do lado interior e o ambiente começou e se aquecer. Fileiras intermináveis de motos e carros posicionavam-se como um tapete magnífico em tons de preto, uma plataforma revestida com grades na lateral se erguia mais à frente mostrando que havia mais sobre um segundo andar.

— Isso... — busquei palavras. — é lindo.

— Eu durmo, cozinho e tomo banho lá em cima. — apontou.

— E aqui em baixo guarda todos os seus carros?

— Quase isso. — disse segurando minha mão gentilmente — Vem comigo.

Seguimos para dentro quando o barulho das portas se fechando sozinhas pela tecnologia que emanava por dentro quando Iva usou o painel, atravessando entre uma fileira de carros esportivos e outros que impregnavam de um desenho mais bruto com rodas maiores e espaços mais altos comparando com aqueles que só se usam em guerras armadas.

— Você poderia guardar um helicóptero aqui dentro... — brinquei com um sorriso sapeca daqueles que só surgem no rosto de uma criança diante de seus brinquedos novos.

— O helicóptero fica nos fundos do depósito.

— Você está brincando?

— Não, não estou. — sorriu tão apolíneo que arrancou todo meu fôlego.

Hunting - Ivarsen Torrance Onde histórias criam vida. Descubra agora