Escuridão

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                               KEISA

Precisei de um tempo sozinha para não cair em lágrimas diante de todas as mulheres da minha família. Eu estava prestes à fechar o grande ciclo da minha vida ao me casar com Ivarsen.

A família inteira estava reunida na casa de verão, a primavera estava se iniciando encantadora e nenhum de nós dois quis esperar mais. Vivíamos vidas em conjunto por muito tempo, não havia motivos para adiar algo que queríamos agarrar com as duas mãos.

Embora eu não quisesse todo esse glamour que Winter insistiu para que tivesse no casamento do seu primeiro filho, eu estava lutando contra todas as emoções.

Quando todas as mulheres saíram do andar reservado para meus preparativos pessoais, eu precisei pousar um lenço por baixo dos meu olhos para que a maquiagem não borrasse pelo pouco que deixei escapar pelas minhas bochechas. Deixei o quarto e segui na direção do banheiro, com o cabelo e a maquiagem pronta mas vestindo um roupão felpudo demais para ser considerado aconchegante

Ao colocar os pés no tapete macio do corredor o energia inteira caiu, meu corpo entrou em alerta de forma instantânea. A noite já devorava o cenário e nenhum som era ouvido, além do meu coração batendo freneticamente. Lembrei dos meus inimigos, lembrei das pessoas ruins e das coisas ruins que faziam sem remorso.

Estava prestes à descer andares abaixo com desespero quando alguém me levantou para cima, abafando meus gritos vibrantes com a palma grande em minha boca. Me sentindo completamente desesperada antes de sentir o cheiro predominante do meu homem me envolver.

— O que você está fazendo aqui?! — praticamente gritei virando-me para Ivarsen.

— Eu estava com saudade. — disse no escuro, suas mãos prendendo a carne da minha cintura e a boca perto da lateral do meu rosto descendo traiçoeiramente até meu pescoço.

— Você não pode ver o vestido!

— Não estou vendo o vestido, — moveu a cabeça para os lados em movimentos rápidos — estou vendo você.

— Se você desligou a energia da casa inteira para me ver sem ter que ver meu vestido, você é um idiota de verdade.

— Fechei o andar também. — senti quando sua bochecha esticou com um sorriso.

— Como? — eu estava incrédula com o atrevimento do meu futuro marido.

— Deixei Sturk no começo da escada, ninguém vai subir.

— Você realmente não tem limites, Ivarsen Torrance. — eu estava segurando o sorriso para não mostrar que estava gostando da sua ideia idiota.

— Quando se trata de você, nenhum. — seu nariz estava encostado no meu, sua respiração se alimentando da minha — Qual forte é o seu batom?

— Ainda não estou usando um.

— Ótimo.

Ele avançou em mim, a boca devorando cada centímetro da minha em lascívia calorosa, seus dedos apertaram minha cintura me erguendo para cima do seu corpo enquanto nossas línguas lutavam por vantagem sobre nossas bocas. Fazia uma semana que não o beijava desse jeito, uma semana que estava afastada do meu oxigênio contaminado de obsessão e disfunções.

Quando abracei seu pescoço foi o momento que percebi que estava sem camisa, com algumas goticolas de água filtrando em sua pele forte. Ivarsen me ergueu, minhas pernas se apertaram em torno da sua cintura e ele continuou me beijando enquanto caminhava no escuro.

Fui depositada no sofá próximo, seu corpo avançou perigosamente sobre mim, uma perna entre as minhas e a outra no chão mantendo seu peso. Ivarsen estava quente e necessitado de nós.

Hunting - Ivarsen Torrance Onde histórias criam vida. Descubra agora