[23]

5 2 0
                                    

          Passaram boa parte do dia indo de stand em stand, conversando com o pessoal que fazia parte da equipe de onde estavam parados no momento, aproveitaram para comer em um stand onde vendiam apenas comidas que apareciam em animes, mangás e até alguns jogos.

— Sempre quis provar o omelete da Rin. — Yumi falou de forma animada, olhando para as coisas que estavam chegando na mesa aos poucos.

— Ele tem jeito de ser diferente dos que a gente costuma comer em casa. — Hayato observou o omelete que estava diante de seus olhos.

— Ele é mais alto e parece ser mais fofinho. — A garota também encarava o omelete no prato. — Nunca vamos saber como é se não provarmos...

— O máximo que vai acontecer é a gente deixar de lado. — Ele encolheu de leve seus ombros, rindo baixinho antes de agradecer pela comida e comer um pedaço, grande o suficiente para pegar o recheio junto, então arregalando os olhos. — Nossa, mas que coisa boa, prova!

— Confio em você, Nifuji! — Encarou o garoto, também agradecendo pela comida e então provando um pedaço tão grande quanto o dele, murmurando em satisfação ao sentir o gosto. — Realmente, isso é muito bom, nossa.

— Eu disse!

— Acho que a gente deveria aprender a fazer essas coisas pra comer em casa porque isso aqui dá tranquilamente uma janta universitária. — Acabou por soltar uma gargalhada ao ver o rapaz bater na própria testa enquanto negava com a cabeça. — O quê?

— Universitário não tem tempo de fazer uma coisa dessas, senpai. — Acompanhou a risada da garota, era tudo muito corrido e caótico.

— Pior que é verdade, eles sugam nosso tempo até o último. — Estalou a língua no céu da boca, negando com a cabeça também.

          Hayato apenas afirmou com a cabeça de forma breve, não demorou muito para que eles saíssem dali e fossem em direção aos stands que ainda sobravam, tudo corria bem até Yumi puxar a manga do terno do rapaz, praticamente o arrastando até o local onde estavam tirando fotos das pessoas.

— Temos que guardar pelo menos uma de recordação.

— Eu não gosto muito de câmeras... — Ele sorriu de forma forçada, concordava que precisavam de uma recordação mas não queria sair estranho na foto.

— É só fingir que ela não 'tá ali, Nifuji. — Piscou para ele, fazendo com que o rapaz a olhasse ao invés de prestar atenção na câmera, então repetiu o movimento que havia feito naquela manhã ao vê-lo com as lentes azuis.

— Fácil falar... — Cruzou os braços como se estivesse chateado com ela, rindo em seguida quando a viu o encarar, então erguendo ambas as mãos como se estivesse se rendendo a ela. — Não 'tá mais aqui quem falou, não se preocupe.

— Você nem percebeu... — Yumi soltou uma risadinha, pegando as fotos que o pessoal havia tirado dos dois, então mostrando-as para o rapaz. — Olha...

— Você realmente soube como me distrair, eu jamais conseguiria me sentir bem em frente a uma câmera se não fosse por você. — Hayato abriu um sorriso repleto de gratidão, realmente se sentia esquisito quando tirava fotos e saber que Yumi havia conseguido fazer com que suas fotos saíssem super espontâneas foi algo de extremo valor para ele.

— Bem, a gente tenta ajudar como pode. — A garota afirmou de leve com a cabeça, acabando por comprar todas elas, era impossível escolher só uma.

— Posso ficar com uma delas?

— Claro, só não com essa. — Pegou uma de suas favoritas, aquela onde ela imitava a mesma cena do anime, havia ficado adorável demais para que conseguisse se livrar dela.

          Hayato apenas afirmou com a cabeça, soltando uma risadinha e então os dois saíram dali, terminando de ver mais alguns stands para então voltarem ao campus.

— A gente pode marcar mais uma saída dessas... — Falou enquanto observava o mais alto, tê-lo ao seu lado era algo que gostava bastante.

— A gente vê.

          Yumi fez um pequeno gesto com a cabeça, então depositando um breve beijo na bochecha dele, antes de sair praticamente correndo dali por estar com vergonha do que havia feito.
          O rapaz por sua vez ficou parado ali, tentando entender o que havia acabado de acontecer e assim que a ficha caiu, acertou um tapa em sua própria bochecha. "Eu nunca mais lavo essa bochecha." pensou, não fazia ideia que aquela ali não seria a última vez que receberia um beijo de despedida da garota por quem era apaixonado desde o primeiro ano do ensino médio.

[...]

Ah, meu primeiro amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora