Oxytocin

Capítulo 18

Toni pov

Como era possível uma coisa dessas, eu queria isso e mais junto a Cheryl, não era só físico, não era só um reencontro de milhões, estou sentindo coisas além do que deveria numa semana só.

O beijo que acabamos de nos dar, tinha outro significado, pude sentir. Tenho medo, estou assustada pelo que estou sentindo, meu coração está pulando num surto de felicidade e desespero. Ficamos nos olhando por uns segundos, Cheryl estava exausta logo do orgasmo que teve, mas eu sabia que isso não ia detê-la do que estava pensando em fazer; minha vez.

Cheryl suspirou fundo e olhou para mim da forma mais doce, como faz muitos anos atrás no nosso primeiro encontro numa cafeteria, quando ela por fim se abriu comigo. Havia algo aí. Beijou minha bochecha delicadamente enquanto acariciava meus cabelos, cheirou meu perfume natural e deu um pequeno sorriso. Eu me senti apaixonada novamente, me levou anos atrás no começo da nossa história.

- Topaz, preparada para o que está por vir? – sua postura mudou, agora seus olhos castanhos emanavam um calor cheio de desejo, o contrário que demonstrou minutos atrás, eu amava isso nela...

Nada falei, só dei meu mais safado sorriso. Eu estava pronta para o que ela quisesse fazer de mim.

Cheryl se levantou do sofá e pegou o que parecia ser uns panos pretos de dentro de um dos moveis da sala e foi tranquilamente até meu lado, eu ainda estava recostada no sofá e ela se ajoelhou entre meu quadril, tomou meus pulsos e os prendeu bem com um daqueles panos, não conseguia me desatar nessa posição, achei ousado da parte dela, me lembro da primeira vez que tentamos uma coisa dessas no "casino" da Veronica... um sorriso malicioso se formou na minha boca, ela me olhou divertida, acredito que também lembrou do mesmo, só que desta vez seria diferente, eu era quem estava prendida. Por se fosse pouco, logo de atar meus pulsos ela enfaixou meus olhos. Ela era vingativa nesse sentido, se eu não a permiti me tocar, ela faria pior, eu não poderia tocar nela, e nem olhar. Desta forma eu estava completamente entregue. Santa Beyonce. É demais dizer que estou me sentindo uma adolescente com borboletas no estômago?

Cheryl começou a beijar meu pescoço delicadamente, logo foi até minha mandíbula onde lambeu à vontade, roçou seus lábios com os meus, para logo depositar um beijinho fofo na ponta do meu nariz enquanto eu esboçava um sorriso que fez ela suspirar por algum motivo. Ela foi acariciando meus ombros, minha clavícula, tudo lentamente com as pontas dos seus dedos, ela estava amando meu corpo literalmente, tudo era totalmente sensitivo. Não me beijou, posso adivinhar que ela estava em alguma espécie de trance, pois acariciava cada centímetro do meu corpo com total delicadeza que até senti vontade de chorar do amor que ela traspassava. Tentei falar seu nome, mas ela colocou seu dedo indicador em meus lábios e logo me beijou, correspondi o beijo cheio de amor, desejo, saudade. Logo o beijo foi se tornando mais profundo, mais selvagem, mais quente, nossas línguas desataram num turbilhão, sugava minha língua em busca de mais contato, ela estava me devorando e eu queria sentir seu corpo, mas não conseguia tocar nela, era ela quem tinha o controle total e eu amava.

Eu sabia que Cheryl era safada por natureza, a cor vermelha sempre a definiu, o fogo em seus olhos quando queria alguma coisa, seu temperamento, sua confiança, eu amava isso nela, acho que ainda amo.

Do nada, Cheryl se levantou do meu colo, demorou um pouco em chegar perto novamente e sentou, para logo mandar a sentar sobre seu quadril, não conseguia ver, mas tinha uma ideia do que viria a continuação. Com sua ajuda sentei como ela ordenou, mas dessa vez senti uma coisa diferente no lugar, ela colocou meus braços ao redor do seu pescoço, de forma que pudesse me segurar logo sussurrou no meu ouvido com a voz rouca e sensual

- Você sabe que quero muito isto com você Toni, se me permite...-

Ela tinha suas mãos segurando na minha cintura, a qual levantou um pouco para se acomodar e logo encaixar o strap-on em mim. Não era novidade eu sabia que ela iria fazer isso, mas confesso que me surpreendeu e eu amei. Se tivesse que enumerar nossas melhores transas, essa com aqueles brinquedinhos, era uma das especialidades da Cheryl, ela sabia usá-los perfeitamente bem, até parecia que fosse uma extensão do seu corpo... o que me fazia ter os pensamentos mais do tipo pornô da minha vida. Devo confessar que eu amava sentar nela desse jeito e parece que agora que estou desprovida de visão e movimentos mais excitada me deixava, pois, meus sentidos estavam muito mais agudizados. Soltei um gemido ao sentir o brinquedo escorregar na entrada da minha buceta, que por sinal já estava molhada só com as sensações que Cheryl tinha me proporcionado antes, então o pênis de borracha entrou sem maior esforço em mim, me acomodei sentindo Cheryl ofegante, eu sabia que isso a enlouquecia de prazer, ela gostava de ver como saia e entrava de mim, era uma total pervertida.