Capítulo 9

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Minerva point of view


Cheryl me pegou de surpresa com aquela pergunta, eu realmente achei que ela tinha esquecido e não queria falar mais sobre o assunto, o sexo sempre ajudava para evitar aquele tipo de situações incomodas, mas pelo visto agora não iria ser tão fácil me safar.

Respondi a Cheryl o que me lembrava daquela noite, não mais, nem menos informação da que eu podia dar. O lance das bebidas, e do bolo. Eu sabia que o bolo do Fangs iria me salvar desta vez, a maconha sempre salva nas situações menos esperadas. Vocês devem se perguntar como eu sabia do bolo e da maconha nele, simples, Fangs era meu amigo, nada que um amigo não consiga fazer para sua melhor amiga né. Eu devia continuar firme e forte nas minhas declarações para Cheryl não suspeitar nada, ela é esperta demais e qualquer palavra dita agora, poderia com certeza ser usada contra mim. Era obvio, Cheryl nem suspeitava de Fangs ser meu melhor amigo, eu conseguia fingir bem demais.

Cheryl aceitou minhas desculpas, mas ainda tinha um pouco de receio, era obvio, e eu compreendia totalmente, não qualquer um aceita um ménage entre a melhor amiga, a namorada e a noiva da melhor amiga. É uma loucura, eu sei, mas é preciso fazer de tudo para atingir nossas metas.

Cheryl ficou mais calma, mas ela ainda tinha que conversar com Veronica. E era isso que ela faria agora. Eu ainda tinha que falar com uma pessoa.


Cheryl point of view


Parece que estava vivendo numa tempestade de sentimentos. Por um lado era nítido que tinha sentimentos por Toni, mas tinha que fazer até o impossível para evitar ela, reencontrar-me com ela e ter beijado ela, obviamente, tinha mexido com meus sentimentos, também me encontrava confusa sobre o ocorrido com Minerva e todo aquele lance, eu disse que estava tudo certo, mas no fundo do meu coração era logico que tinha certa desconfiança mas eu estava noiva com ela, e devia continuar minha vida, esquecer a Toni e qualquer tipo de distração com respeito a ela, era o melhor que poderia fazer, o melhor para mim e para ela, que aliás, tenho certeza que ela não sente nada por mim além do carinho obvio de algum dia sermos namoradas. Segundo eu, estava tudo sob controle até o fatídico dia do ensaio fotográfico, supostamente minha fotografa seria outra pessoa, juro que preferia qualquer um no lugar de Toni, sim, pois era ela mesma quem faria o ensaio, ao parecer ela me ignorou completamente. Para minha sorte, seria um ensaio normal, nada de roupas sensuais.

No momento de chegar ao estúdio de Toni, ela se encontrava conversando divertida com Fangs, aquele vagabundo sem graça. Eu não sabia até hoje esconder quando alguma coisa não é do meu agrado, meu olhar disse tudo sem sequer abrir a boca. Toni, olhou para mim no mesmo instante e deu um sorriso de canto, - olha quem chegou, senhorita Blossom, por favor passe na minha sala para trocar suas roupas e começar o ensaio – ela falou graciosamente quase convidativa.

Eu estava convencida a ser forte, por mim, meu relacionamento e logicamente não queria me confundir mais. Fui até o escritório de Toni, passo firme e arrogante como sempre, meus saltos ecoavam na sala, atraindo alguns olhares curiosos dos assistentes de maquiagem, cabelereiros que ali trabalhavam. Fizeram meu cabelo, meu vestuário era lindo, as marcas realmente sabiam o que faziam ao me contratar para esse tipo de publicidade, eu sabia que muitas pessoas iriam escolher aquela marca só pelo fato de eu usa-la. Estava observando meu reflexo no espelho, dando os últimos retoques no meu labial, quando vi a Toni apoiada na porta da salinha do vestiário olhando para mim.


Toni point of view


Fiquei me deleitando uns minutos olhando a Cheryl pela porta, ela continuava linda, mas ela podia ser ainda mais linda a cada dia que passa, e a cada ano ela sem dúvidas fica mais gostosa, tipo o vinho... quando ela percebeu que eu estava olhando-a, simplesmente ignorou e continuou a se arrumar. Eu entrei na salinha, essa mulher tinha alguma espécie de ima que por mais que eu quisesse evitar não conseguia de jeito nenhum. Eu disse que queria jogar com fogo, mas sabia que iria terminar me queimando, não só eu, ela também, se tão só ela deixasse. Me aproximei lentamente, e como por passe de mágica ela virou-se para mim e ficou me encarando, fez um movimento delicado com sua mão para mexer seu cabelo e consegui cheirar o perfume que emanava do seu corpo. Se era arriscado demais, era, mas eu havia perdido total controle de mim, estava segurando isto por muito tempo e queria sem mais delongas concretizar. Peguei ela da cintura e a coloquei contra a mesinha que estavam os labiais e demais artigos de beleza, ela tentou me puxar para me afastar, me encarando com um olhar quase indecifrável, mas apesar do tempo separadas eu sabia que isso era um convite para eu não me deter no que eu tinha começado a fazer.

- Merda Cheryl, você me deixa louca – sem deixar de nos encarar rosnei entre dentes. Logo desses minutos de absurda agonia de quem seria a primeira em tomar a iniciativa num movimento rápido me aventurei em tomar ela da cintura e coloca-la contra a parede do lado da mesinha, eu estava ignorando os sinais de perigo que significava estar na salinha do vestiário do meu trabalho tendo um remembre com minha ex, mas não estava dando a mínima, essa mulher o valia... Coloquei meus lábios contra os dela, foi um leve toque no começo, mas não consegui segurar a fome que eles me provocavam, mordi de leve o seu lábio inferior, senti ela suspirar tentando segurar alguma frase que morreu ao me dar passo para continuar o beijo, foi lento, delicado. Suavemente fui subindo minhas mãos da sua cintura até altura dos seios, ela me separou por uns segundos me olhando intensamente, suas pupilas estavam dilatadas, sua respiração ofegante, passou a língua pelo seu lábio superior e se afastou até a porta entreaberta a qual fechou com seguro e se apoiou nela, com sua mão direita fez um gesto convidativo chamando-me. Ela como eu, queria muito aquele reencontro, aquele momento, e desde aquele dia na minha casa ainda ela bêbada, eu sabia disso, percebi a saudade que eu estava daquela ruiva.
Eu queria me queimar, queria sumir naquele corpo maravilhoso, mergulhar em cada canto do seu corpo, não tinha nada a perder, eu sabia que era errado, mas juro que não conseguia tirar a Cheryl da minha cabeça desde aquele beijo torpe e bêbado na minha casa. Já tinha decidido que desta vez iria fazer o possível para não deixar as coisas serem do jeito dela, iria me posicionar, eu sei, sete anos depois e ainda com um filho, não e viver no passado não, mas ela era e ainda é o amor da minha vida. Não queria que Cheryl ficasse como alguém que fodi alguma vez. Queria que ela fosse minha junto com o Ethan, estou viajando eu sei... Será que deveria continuar com isto, será que deveria abrir meus sentimentos a ela agora. Chega de boa intenção.

Fui ao encontro dela, pegando sua cara com minhas duas mãos de um jeito não muito delicado, mordi seu lábio inferior e logo enfiei minha língua na sua boca, ela cedeu na hora, começamos um beijo raivoso, cheio de luxuria, nossas línguas se encontravam numa batalha pelo controle, ato seguido ela me envolveu com seus braços na altura do meu pescoço. Desci minha mão direita até seu abdômen passando por cima da blusa que ela usava para o ensaio fotográfico, cheguei até o fecho da sua calça branca e apertada, tirei o botão e desci o zíper da calça para logo deslizar minha mão por cima da calcinha de renda passando as pontas dos meus dedos pelo clitóris coberto daquela tela. Senti um gemido tímido sair da sua garganta, ri de canto e continuei a torturante massagem no local, eu iria esperar ela me pedir por mais contato. Desta vez eu teria o controle. A porta soo atrás de nós, uns golpes desesperados e uma voz masculina bem conhecida exigia para abrir a porta. Fangs estava do outro lado da porta apresando a Cheryl para começar o ensaio.

Não acredito na minha sorte. Mas era de se esperar acontecer algum imprevisto, pois estou no trabalho e Cheryl também.

Suspirei e tirei minha mão da calcinha dela, dei um selinho nos seus lábios e logo passei minha mão direita que estava na sua calcinha e coloquei dois dos meus dedos na minha boca lambendo os mesmos sem deixar de encarar ela, que me olhava com frustração enquanto sua respiração ofegante tentava se recompor.

Ela respondeu a Fangs irritada e sem abrir a porta. Enquanto arrumava sua calça e seu cabelo. Eu respirei fundo e saí primeiro da salinha sem falar palavra alguma, não era necessário, ambas sabíamos que isso iria acabar em outro momento e outro lugar.

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Sabemos quem é o empata foda do rolê né.    

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