Capítulo 19 - Oh,que emaranhada teia nós tecemos.

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Ela olha para mim. Thabita quebra o nosso brilho com uma pergunta. 

— Onde você conheceu a Toni? - Ela pede. 

— Ela me entrevistou para a revista estudantil WSU. - Eu respondo. 

— Que Ronnie edita. - Acrescenta Antoinette. Thabita sorri para Ronnie, que está sentada em frente a Elizabeth e a conversa vai na direção da revista estudantil. 

— Vinho, Toni? - Pergunta o meu pai. 

— Sim, por favor. - Ela responde sorrindo. 

Meu pai enche o resto dos copos. Antoinette me espia, eu viro para olhar para ela, com minha cabeça inclinada para um lado. Eu ainda estou irritada com a revelação anterior. 

— O que? - Eu peço. 

— Por favor, não fique brava comigo. - Ela sussurra. 

— Eu não estou brava com você. - Eu digo, mas isso não é verdade. 

Eu estou louca. Fervendo... Ela sabe disso, e ela olha para mim. Ela lê-me bem. 

Eu suspiro. 

— Sim, estou louca com você. - Eu fecho meus olhos por um instante para acalmar minha raiva. 

— Louca a ponto de dar palmadas? - Ela pede, nervosa com uma voz sussurrada.  

— O que vocês duas estão cochichando? - Verônica a trituradora de bolas pede, enfiando o nariz onde ela não foi chamada. Antoinette cora e eu olho para Verônica como que dizendo “tire  o  seu  rabo  fora  do  caminho Lodge”.  Estou  cuidando  da  minha  vida  e  ela deveria fazer o mesmo. 

— Só sobre a minha viagem para a Geórgia. - Antoinette responde docemente tentando difundir o aumento da tensão entre nós. 

Verônica sorri, e algum pensamento perverso está cruzando sua mente. Eu pergunto o que a bruxinha ainda tem na manga. 

— Como foi com Jughead quando você foi para o bar com ele na sexta-feira? 

Que porra é essa? 

Ela saiu com o fotógrafo quando ela deveria sair comigo? Eu estou sendo traída? Eu não saio com mais ninguém, por que ela está saindo com o fotógrafo sabendo como me sinto sobre isso? Sabendo quanta inveja eu tenho daquele filho da puta... Como ela pôde fazer isso comigo? Quanto mais eu posso aguentar esta noite? Será que ela vai me dar uma estaca no coração, e mandar-me para a minha sepultura cedo? Estou louca para lhe dar umas palmadas! E pensar que eu tenho que ouvir este bit de informação da trituradora de bolas e não de Antoinette! 

Porra! 

Minha raiva é como uma panela de pressão. Eu vou explodir se eu não deixar sair algum vapor! 

— Ele estava bem. - Murmura Antoinette que confirma minhas suspeitas. 

Ela saiu com ele! Eu me inclino para ela, e sussurro.  

— Louca a ponto de dar palmadas. - Eu digo com mal contido vulcão de emoções. Especialmente agora. - Eu digo em um tom calmo e mortal. 

Ela se contorce em seu assento. 

Minha mãe reaparece carregando dois pratos com Gladys atrás dela com bandejas. O telefone toca, meu pai se desculpa e vai atender ao telefone. Minha mãe pede a Gladys para deixar a bandeja no console. Enquanto isso, os olhos de Antoinette observam com curiosidade e ciúme. Então ela franze a testa e finalmente olha para suas mãos em seu colo. Meu pai retorna para a sala de jantar. 

— Chamada para você, querida. É do hospital. - Diz para minha mãe. 

— Por favor, comecem todos. - Minha mãe convida os hóspedes e sorri quando ela deixa a sala. 

Cinquenta tons de vermelho - Aos olhos de Cheryl Onde histórias criam vida. Descubra agora