Capítulo 6 - Sabor baunilha

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Eu percorro o escritório de um lado a outro passando as mãos pelo cabelo. Eu paro e pergunto: — Por que Antoinette? – Eu ando de um lado para o outro de novo. 

— Você deveria ter me dito que você era virgem! – Eu digo chegando diante dela.  

— Bem, eu sinto muito Srta. Blossom. – Ela me repreende. 

— Não tenho por costume ir falando por aí sobre a minha vida sexual. O assunto de alguma forma nunca veio à tona. Por que eu deveria mencionar em primeiro lugar? Ou como isso deveria ter acontecido?  Eu  mal  a  conheço.  O  que  você  queria  que  eu  dissesse?  “Olá  Srta.  Blossom. Prazer em conhecê-la.  Meu  nome  é  Antoinette  Topaz,  a  virgem!”.  – Diz ela exasperada, decepcionada e chateada ao mesmo tempo, baixando o olhar. 

Ela pergunta-me em voz baixa, culpada e carregada.  

— Por que você está com raiva de mim, afinal?

— Porque você sabe tanto sobre mim agora. E eu estou com raiva de mim mesmo, não de você. Eu sabia que você era inexperiente, mas uma virgem! – Oh Deus! Eu me sinto envergonhada. Eu abro a minha boca, e fecho-a. Abro-a novamente sentindo a perda das palavras. Isso acontece muito quando estou com ela. 

— Eu acabei de mostrar... – Apontando para cima. 

— Oh Meu Deus! Que Ele me perdoe! Diga-me, você até já beijou uma pessoa além de mim?Eu sou o seu primeiro beijo também?

Ela parece ofendida. 

— É claro que sim! – Ela me repreende.

— Mas, você é uma mulher muito bonita! Nenhum rapaz ou moça fez com que se apaixonasse? – Peço exasperada.

— Eu nunca conheci alguém que eu gostasse bastante... Nunca tive o meu conto de fadas... – Ela murmura olhando para as pequenas mãos de novo. 

— Por que você continua gritando comigo Cheryl? – Ela pergunta com seus inocentes olhos castanhos abertos, machucada.

— Eu não estou. – Eu digo baixinho. 

— Eu pensei que... – De repente eu tenho essa sensação de esmagamento. 

Ela pode escorregar por entre meus dedos. Eu não quero tirar vantagem dela. Ela é mais inocente do que eu pensava. 

— Você quer ir embora? – Eu pergunto.

Ela balança a cabeça.

— Na verdade Não. Claro, se você não me quer, eu não quero  gastar  a  minha  “bem-vinda”...    – Ela parece machucada. Eu suspiro. Eu não quero que ela vá. Nunca.

— Eu... – Eu enfatizo. 

— Não quero que você vá. Eu gosto de você aqui. E você esta mordendo o lábio.

— Desculpe.

— Você não precisa se desculpar Antoinette. Eu quero morder esse lábio... Com força... Desde a primeira vez eu notei isso. – Eu digo com vontade. 

Ela suspira com desejo. Eu estou em suas mãos. Eu ofereço a minha mão para ela e ela distraidamente aceita. 

— Vem comigo. – Eu digo. 

— Nós estamos indo consertar a sua situação. – Ela olha intrigada.

— Qual situação?

— Sua virgindade. Eu vou fazer amor com você agora Antoinette. – Eu digo a ela com o desejo em meus olhos e em minha voz.

Cinquenta tons de vermelho - Aos olhos de Cheryl Onde histórias criam vida. Descubra agora