Eu percorro o escritório de um lado a outro passando as mãos pelo cabelo. Eu paro e pergunto: — Por que Antoinette? – Eu ando de um lado para o outro de novo.
— Você deveria ter me dito que você era virgem! – Eu digo chegando diante dela.
— Bem, eu sinto muito Srta. Blossom. – Ela me repreende.
— Não tenho por costume ir falando por aí sobre a minha vida sexual. O assunto de alguma forma nunca veio à tona. Por que eu deveria mencionar em primeiro lugar? Ou como isso deveria ter acontecido? Eu mal a conheço. O que você queria que eu dissesse? “Olá Srta. Blossom. Prazer em conhecê-la. Meu nome é Antoinette Topaz, a virgem!”. – Diz ela exasperada, decepcionada e chateada ao mesmo tempo, baixando o olhar.
Ela pergunta-me em voz baixa, culpada e carregada.
— Por que você está com raiva de mim, afinal?
— Porque você sabe tanto sobre mim agora. E eu estou com raiva de mim mesmo, não de você. Eu sabia que você era inexperiente, mas uma virgem! – Oh Deus! Eu me sinto envergonhada. Eu abro a minha boca, e fecho-a. Abro-a novamente sentindo a perda das palavras. Isso acontece muito quando estou com ela.
— Eu acabei de mostrar... – Apontando para cima.
— Oh Meu Deus! Que Ele me perdoe! Diga-me, você até já beijou uma pessoa além de mim?Eu sou o seu primeiro beijo também?
Ela parece ofendida.
— É claro que sim! – Ela me repreende.
— Mas, você é uma mulher muito bonita! Nenhum rapaz ou moça fez com que se apaixonasse? – Peço exasperada.
— Eu nunca conheci alguém que eu gostasse bastante... Nunca tive o meu conto de fadas... – Ela murmura olhando para as pequenas mãos de novo.
— Por que você continua gritando comigo Cheryl? – Ela pergunta com seus inocentes olhos castanhos abertos, machucada.
— Eu não estou. – Eu digo baixinho.
— Eu pensei que... – De repente eu tenho essa sensação de esmagamento.
Ela pode escorregar por entre meus dedos. Eu não quero tirar vantagem dela. Ela é mais inocente do que eu pensava.
— Você quer ir embora? – Eu pergunto.
Ela balança a cabeça.
— Na verdade Não. Claro, se você não me quer, eu não quero gastar a minha “bem-vinda”... – Ela parece machucada. Eu suspiro. Eu não quero que ela vá. Nunca.
— Eu... – Eu enfatizo.
— Não quero que você vá. Eu gosto de você aqui. E você esta mordendo o lábio.
— Desculpe.
— Você não precisa se desculpar Antoinette. Eu quero morder esse lábio... Com força... Desde a primeira vez eu notei isso. – Eu digo com vontade.
Ela suspira com desejo. Eu estou em suas mãos. Eu ofereço a minha mão para ela e ela distraidamente aceita.
— Vem comigo. – Eu digo.
— Nós estamos indo consertar a sua situação. – Ela olha intrigada.
— Qual situação?
— Sua virgindade. Eu vou fazer amor com você agora Antoinette. – Eu digo a ela com o desejo em meus olhos e em minha voz.
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Cinquenta tons de vermelho - Aos olhos de Cheryl
FanfictionNarração aos olhos de Cheryl. Cheryl Blossom controla tudo e todos a seu redor: seu mundo é organizado, disciplinado e terrivelmente vazio - até o dia em que Antoinette Topaz surge em seu escritório, uma armadilha de pernas torneadas e longos cabelo...