"Quando eu namorava sabia onde ficava cada coisa na casa do meu namorado."
"Saiba que não sou o tipo de sogra que proíbe namorados de dormirem no mesmo quarto."
"Vocês vão precisar do cantinho de vocês."
Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados. Namorados.
As coisas ditas pela mãe de Azriel rondam minha cabeça como uma moto em um globo da morte. Perigoso. Fatal. Por que ela pensaria isso? Por que achar que eu sou namorada do filho dela? Se tivesse ideia do quanto faltou bem pouco para um de nós matar o outro nos últimos anos repensaria tudo. Se soubesse quantas vezes eu planejei acabar com a vida dele e jogar o corpo em um local que ninguém acharia, ela me tiraria desse apartamento a pontapés.
Eu e Azriel levamos um ao outro ao limite. Fora as competições que ajudavam no desenvolvimento e melhora da empresa, nossas competições eram mortais. Ela não iria me querer como nora. E eu não iria querer Azriel como namorado. Muito menos, ele iria me querer como namorada. Não combinamos, não nos gostamos, nós apenas convivemos um com o outro.
Azriel me lançava olhares cuidadosos, como se eu fosse uma bomba prestes a explodir e bom... eu me sentia assim. Fiquei apoiada no balcão da cozinha em silêncio enquanto ele terminava de lavar a louça que eu estava tremendo demais para conseguir.
Por que isso está enevoando minha mente? Na verdade, mais importante: por que ela estava tão radiante ao me conhecer? Por que seus olhos brilharam tanto? E eu vi lágrimas?
Perguntas.
Perguntas sem respostas rondavam minha cabeça e eu me via desesperada pela solução delas.
Azriel se virou e recostou na pia, secando as mãos com um pano. Quando me olhou, senti meu estômago pesar. Seus olhos transmitiam a mensagem de que entendia o motivo de eu estar surtando e eu pude me sentir um pouco mais calma ao vê-lo com a mesma expressão.
— Quer que eu te leve para casa? — perguntou.
Agradeci à Mãe mentalmente pelo cara na minha frente. Eu não havia dito que não queria falar sobre isso, mas por algum motivo, ele sabia.
Apenas assenti.
Azriel respirou fundo e acenou diversas vezes com a cabeça baixa, o segui até a sala.
— Mãe, vou deixar Gwyneth em casa. — avisou.
Sua mãe estampou uma expressão de tristeza e meu coração se apertou. Por algum motivo muito muito interno eu não queria decepcioná-la. Odiava decepcionar as pessoas e principalmente decepcionar alguém que sem dúvidas era especial de alguma forma. E também tinha o motivo Don.
— Oh, sinto muito por ter te deixado desconfortável, querida. — respondeu sua mãe.
Mais uma respiração profunda de Azriel e então ele se vira para mim. Relances de tristeza também estavam presentes em seus olhos.
— Eu fico. — afirmo antes de perder a coragem.
— Que maravilha! — a senhora Illyrian sorriu largamente.
Azriel apenas continuava me encarando impassível, mas pareceu soltar um fôlego.
— Podemos conversar? — pergunta ele. Concordo e ele aponta para uma porta e eu sigo a direção.
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we are rivals | AU GWYNRIEL
FanfictionAquele em que Gwyneth é funcionária de uma firma de arquitetura e odeia seu colega de trabalho. Eles são como ying e yang, totalmente opostos, mas uma oportunidade irrecusável surge e ambos precisam tocar um projeto juntos. Ideias vêm e vão. Gwyn e...