Capítulo 12

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Madara sentou-se em seu quarto. Ele estava irritado, mais do que antes. Era uma irritação consigo mesmo, não gostou do que seu inconsciente alertou fortemente na hora em que ele beijava Sakura. Não! Aquilo tinha sido um alerta imaginário de sua mente, ele tinha que parar, mas por que? Ficou inquieto e emburrado, parecia uma criança mimada que tinha tido um desejo negado, mas foi ele mesmo quem se negou a continuar o que finalmente tinha conseguido: aquele beijo.

Sua mente estava indisposta demais para conjecturar qualquer coisa naquele momento. Os pensamentos continuavam insistentes na cabeça: Sakura, uma menina incrível, menina não, uma mulher quase perfeita. Seria perfeita se não estivesse envolvida com Sasuke.

"O que eu estou fazendo? Tendo crises de consciência?"

Aquilo era um verdadeiro martírio.

"Estou desejando a mulher do meu filho!"

Desejando só não, estava querendo tudo com ela, estava sentindo coisas que iam muito além de um simples desejo. Tentou afastar a imagem dela da cabeça, tentou pensar em outra coisa, mas em que ele pensaria senão naquela boca, naquele corpo quente, naqueles olhos e naquela voz?

Fez um esforço, foi até o banheiro da suíte, olhou no espelho e seu rosto era quase de desespero, as sobrancelhas baixas, lábios tensos e um suor fora de hora na testa.

Ligou o chuveiro.

Água fria.

Entrou, apoiou os cotovelos e antebraços na parede e ficou recebendo os jatos fortes de água gelada nas costas, chegou a bater os dentes de tão frio que estava. Saiu sentindo choques nos músculos. Se enxugou rapidamente, colocou uma calça e foi para a cama.

Deitou-se decidido a dormir. Madara não costumava dormir àquela hora, ainda era cedo, mas queria entrar no mundo dos sonhos e esquecer da menina de cabelos rosas que agora povoava o seu pensamento. Sentiu-se travando uma batalha e, definitivamente, estava perdendo, os pensamentos estavam ganhando e tomaram um rumo diferente, um caminho mais pervertido. Imaginou Sakura se despindo para ele, passando as pequenas mãos pelos seios com aréolas rosadas como seus cabelos. Imaginou ela gemendo com aquela voz doce, apertando os lábios contra os seus com todo aquele calor. Seu corpo reagiu instantaneamente, nenhum banho gelado daria conta disso, ficou completamente duro.

Encostou as costas na cabeceira da cama e abaixou a calça, segurou firme em seu membro e começou a subir e descer a mão direita. Respirou fundo e, agarrado à sua ereção, fechou os olhos e viu Sakura surgir claramente em sua frente, com aquela boquinha, tomando sorvete com aquela língua deliciosa... Ah, como ele desejava aquela mulher, a melhor visão que ele teve. Aumentou a velocidade da mão ao imaginar-se entrando dentro da garota com toda a vontade que estava presa no seu íntimo. O tesão era tão grande que sentiu que gozaria rápido.

— Hm, caralho... Sakura — Soltou um murmúrio abafado entre os dentes e se derramou em um prazer enorme. Largou-se na cama e demorou um pouco para recuperar a normalidade. Depois levantou para se limpar e voltou ainda mais desanimado, mas sentindo a cabeça mais livre daqueles pensamentos, conseguiu dormir.

A secretária de Madara viu ele chegar mais cedo do que de costume na empresa.

— Liga pro Obito e pede pra vir aqui! — Ordenou enquanto passava a passos duros pela mesa da funcionária.

Dentro de meia hora, Obito chegou e viu Madara em sua mesa com um olhar demoníaco, estava possesso.

— Você já soube? — perguntou Obito, assim que enfiou o corpo para dentro da sala.

— Obito! Onde está a nossa segurança?! Como acontece uma coisa assim?! — Esbravejava, batendo as mãos no tampo da mesa. — Eu já tenho problemas o suficiente!

Quando Surge um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora