Quando Surge um Desejo

Capítulo 35

— Mãe! — Sakura estava cercada por mulheres, a costureira ajudava com a barra do longo vestido, a ajudante dava os últimos ajustes no caimento geral da peça e a cabeleireira, prendia o véu no coque baixo e um pouco frouxo que adereçava sua cabeça. Tsunade se aproximou assim que Sakura chamou por ela.

— Ai, Sakura... você está ficando maravilhosa, simplesmente ma-ra-vi-lho-sa! — Os olhos dela brilhavam emocionados ao vislumbrar toda a composição que a filha ostentava.

— Mãe, me ajuda, preciso da sua opinião, acha mesmo que devo ficar com os cabelos presos? — perguntou, de costas para Tsunade, olhando-a por cima do ombro.

— Sim, filha! Está muito requintado, está lindo!

— Estou um pouco nervosa...

— Não fique, mocinha — falou a cabeleireira —, ou pode estragar a maquiagem.

— É verdade, Sakura, vai suar e estragar tudo, fica calma, tudo está na mais perfeita ordem. — Tsunade sorria mais do que o normal. Claro que ela estava feliz pela filha e havia concordado com o casamento, até porque, mesmo se não concordasse, Sakura se casaria do mesmo jeito, mas ela estava sobretudo radiante, depois que Madara prometeu lhe dar o apartamento onde ela morou por um tempo e havia se afeiçoado muito a ele.

Alguém bateu suavemente na porta, Tsunade foi abrir e era Hanabi.

— Posso entrar, Sakura? — perguntou docemente. A garota, com os olhos de cor diferenciada, acinzentados com um leve toque violeta, entrou segurando o buquê de flores.

— Hanabi, como você está linda — disse Sakura. Hanabi ruborizou e abaixou a cabeça encabulada.

— Imagina, eu? Você é que está lindíssima, Sakura. Uma verdadeira princesa!

Tsunade, educadamente, tirou o buquê das mãos de Hanabi e o admirou com afinco.

— Nossa! Que buquê lindo! Nunca vi nada igual! — disse com um sussurro, fascinada.

Era um buquê singelo, arredondado, tinha flores do campo brancas, botões de rosa na cor rosa claro e orquídeas em um tom rosa velho, combinava perfeitamente com o vestido de Sakura. Hanabi, se mostrava claramente emocionada ao ver a cunhada lindamente trajada em seu vestido nubente.

— Acho que está na hora, filha. — Tsunade usava um vestido azul claro que Sakura escolheu para ela. Aquele vestido foi motivo para várias discussões, já que ela não queria usar um vestido tão "discreto", queria algo mais sensual, afinal, vai que conseguia encontrar um pretendente durante a cerimônia. Mas, Sakura não concordou, e ela teve que aceitar o vestido longo e de decote fechado. - Você vai até a colina na carruagem que o louco do seu noivo fez questão de alugar.

— Eu sei mãe, eu sei.

Enquanto isso, Madara já estava em uma acomodação especialmente preparada para ele na colina, quase ao lado do altar. Os convidados estavam todos chegando, a maioria já estava lá. Havia um enorme tapete vermelho que começava a alguns metros de onde seria a cerimônia e seguia passando pelo meio das fileiras de cadeiras, todas adornadas com flores. No topo da colina estava o altar. Rústico, em madeira escura e com um voal (tecido fino, fluido e transparente) caindo sobre o local sagrado.

A recepção seria modesta, só foram convidadas cerca de cem pessoas, e isso porque Madara insistiu, se dependesse de Sakura, só a família estaria presente.

— Pai, tá tudo pronto? — Sasuke perguntou, entrando na grande tenda. Madara estava sentado em um divã, com os cotovelos apoiados nos joelhos e fumava um cigarro. Visivelmente nervoso, nem ouviu o que Sasuke perguntou. — Pai?